Glomerulonefrites membranoproliferativas: nova classificação, achados clínicos e desfechos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9405742 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61286 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) corresponde a aproximadamente 7-10% de todos os casos de glomerulonefrites biopsiadas. Anteriormente, era classificada em três categorias de acordo com o local dos depósitos imunes visualizados na microscopia eletrônica. Mais recentemente, propôs se uma nova classificação baseada na presença ou ausência de imunocomplexos e complemento na imunofluorescência (IF). Essa nova classificação visa a mostrar as diferentes facetas dessa doença. Sabemos que a sua apresentação clínica é bastante variável podendo ser desde uma doença de curso lento e progressivo até uma glomerulonefrite rapidamente progressiva. Portanto, estabelecer características que revelem mais sobre o prognóstico e evolução dessa doença pode ser um meio para contribuir na definição de investigação e tratamento. OBJETIVOS: Os objetivos primários do estudo foram: determinar as características clínicas, laboratoriais e histopatológicas dos pacientes com diagnóstico de GNMP primárias e reclassificá-las com base nos achados da IF. Os objetivos secundários foram: comparar características laboratoriais e sobrevida renal nos pacientes com diagnóstico histológico de GNMP primária e secundária; avaliar a resposta ao tratamento das GNMP primárias. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo analítico do tipo coorte histórica, realizado em centro único, baseado no levantamento de dados de prontuários de pacientes seguidos no Ambulatório de Nefrites da UNIFESP-EPM, no período de 1996 a 2019. RESULTADOS: Dos 53 casos de GNMP, 36 (67,9%) foram classificadas como primárias e 17 (32,1%) como secundárias. A idade média dos pacientes no início do acompanhamento foi de 38,8 anos. A maioria dos pacientes era hipertensa (84,9%), apresentava edema (88,7%) e anemia (84,9%); 33 (91,7%) das GNMP primárias foram classificadas como associadas a imunocomplexos e 3 (8,3%) como associadas a complemento. O grupo de GNMP secundária apresentou mais frequentemente hematúria (p<0,001) e maior prevalência de depósitos de IgG (p=0,019) e C1q (p=0,003) na IF quando comparado ao grupo de GNMP primária. Com relação aos desfechos, albumina sérica final<3g/dL e P24h final>3,5g/24h foram fatores de pior resposta. CONCLUSÕES: Pela nova classificação baseada na IF, a grande maioria dos pacientes com GNMP apresentava deposição de imunocomplexos, não havendo número adequado para compor outros xvi grupos para comparação. Foram poucas as diferenças entre as GNMP primárias e secundárias em relação a suas características clínicas e laboratoriais, ressaltando-se maior hematúria e maior prevalência de IgG e C1q nos depósitos pela IF no grupo das secundárias, corroborando a importância da classificação por meio da IF na distinção entre os dois grupos. |
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Glomerulonefrites membranoproliferativas: nova classificação, achados clínicos e desfechosMembranoproliferative glomerulonephritis: current histopathological classification, clinical profile and renal outcomes.Glomerulonefrite membranoproliferativaSíndrome nefróticaBiopsia renalImunoflorescênciaInsuficiência renalComplementoINTRODUÇÃO: A glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) corresponde a aproximadamente 7-10% de todos os casos de glomerulonefrites biopsiadas. Anteriormente, era classificada em três categorias de acordo com o local dos depósitos imunes visualizados na microscopia eletrônica. Mais recentemente, propôs se uma nova classificação baseada na presença ou ausência de imunocomplexos e complemento na imunofluorescência (IF). Essa nova classificação visa a mostrar as diferentes facetas dessa doença. Sabemos que a sua apresentação clínica é bastante variável podendo ser desde uma doença de curso lento e progressivo até uma glomerulonefrite rapidamente progressiva. Portanto, estabelecer características que revelem mais sobre o prognóstico e evolução dessa doença pode ser um meio para contribuir na definição de investigação e tratamento. OBJETIVOS: Os objetivos primários do estudo foram: determinar as características clínicas, laboratoriais e histopatológicas dos pacientes com diagnóstico de GNMP primárias e reclassificá-las com base nos achados da IF. Os objetivos secundários foram: comparar características laboratoriais e sobrevida renal nos pacientes com diagnóstico histológico de GNMP primária e secundária; avaliar a resposta ao tratamento das GNMP primárias. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo analítico do tipo coorte histórica, realizado em centro único, baseado no levantamento de dados de prontuários de pacientes seguidos no Ambulatório de Nefrites da UNIFESP-EPM, no período de 1996 a 2019. RESULTADOS: Dos 53 casos de GNMP, 36 (67,9%) foram classificadas como primárias e 17 (32,1%) como secundárias. A idade média dos pacientes no início do acompanhamento foi de 38,8 anos. A maioria dos pacientes era hipertensa (84,9%), apresentava edema (88,7%) e anemia (84,9%); 33 (91,7%) das GNMP primárias foram classificadas como associadas a imunocomplexos e 3 (8,3%) como associadas a complemento. O grupo de GNMP secundária apresentou mais frequentemente hematúria (p<0,001) e maior prevalência de depósitos de IgG (p=0,019) e C1q (p=0,003) na IF quando comparado ao grupo de GNMP primária. Com relação aos desfechos, albumina sérica final<3g/dL e P24h final>3,5g/24h foram fatores de pior resposta. CONCLUSÕES: Pela nova classificação baseada na IF, a grande maioria dos pacientes com GNMP apresentava deposição de imunocomplexos, não havendo número adequado para compor outros xvi grupos para comparação. Foram poucas as diferenças entre as GNMP primárias e secundárias em relação a suas características clínicas e laboratoriais, ressaltando-se maior hematúria e maior prevalência de IgG e C1q nos depósitos pela IF no grupo das secundárias, corroborando a importância da classificação por meio da IF na distinção entre os dois grupos.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)133688/2019-4Universidade Federal de São PauloKirsztajn, Gianna [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/5744106277657588http://lattes.cnpq.br/0591225080041874Universidade Federal de São Paulo - UNIFESPBernardes, Thaiza2021-07-21T15:05:37Z2021-07-21T15:05:37Z2020-06-19info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion52 p.application/pdfhttps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9405742BERNARDES,T P. Glomerulonefrites membranoproliferativas: nova classificação, achados clínicos e desfechos. São Paulo, 2020. 52 p. Tese (Mestrado em Nefrologia) – Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. São Paulo, 2020.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61286porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-11T17:09:31Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/61286Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-11T17:09:31Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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