Dependentes de amor e sexo: um estudo aproximativo

• Autor(a) principal: Oliveira, Paulo José [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58839
• topic: Dependência; Sexo; Amor; Serviço Social; Dependence; Sex; Love; Social Work

Desenvolver um trabalho de monografia envolvendo um tema de inexplicável densidade como a dependência de amor e sexo, trazendo à luz do conhecimento a inquestionável relevância do tema e a emergência da promoção de sua discussão, reflexão e debates, não constituiu uma tarefa nada fácil, ficando a incerteza de qual o melhor caminho para construir esse chamamento. Portanto a metodologia aplicada foi a da busca de literatura que dialogasse e promovesse uma aproximação com o tema, num processo de construção de pensamento empírico e cognitivo sobre os textos de referência utilizados. Houve que extrair destes a indicação do melhor caminho a ser percorrido, num ambiente de total anonimato e sigilo, envolvido numa bruma espessa, sem referências específicas, o que indica na própria construção do saber, que os dependentes de amor e sexo, contam com eles próprios, ou em ação conjunta por entre iguais, pressupõe-se ser um número ínfimo de pessoas que cheguem aos grupos de apoio, até por se colocarem numa condição de total invisibilidade por motivos aparentemente evidentes, o silêncio imposto ao sexo e a sexualidade, e que é apontado neste trabalho. O agir dos dependentes de amor e sexo são uma expressão desta condição. Precisam juntar forças sós, seguir abatidos pelos desgastes emocionais intermináveis e também pelos ininterruptos enfrentamentos consigo mesmo e com sua “consciência”. Outro desafio permanente é sensível construção do convívio e das relações sociais que precisam estabelecer, frente a dependência que possuem; faz-se imprescindível estabelecer o controle de suas inquietações, impulsos e rompantes ao máximo. E nesta perspectiva ficarem isolados e sós buscarem meios de atenderem seus chamamentos, sua “autoajuda”, buscarem por si os meios de cuidados e assistências que requerem as suas demandas específicas, sem de modo algum deixar transparecer a natureza de tais. E alguns, contando com a sorte; num ato desesperado, por serem mais articulados e/ou impetuosos, busquem ajuda alheia, com a esperança de encontrarem pessoas sensíveis e abnegadas, que estejam dispostas a dar escuta, e mais, possam e queiram empaticamente estenderem suas mãos, para tentar próximos aos dependentes, encontrar meios para a atenção das situações-problema e demandas apresentadas, por que as soluções, estas até onde esta pesquisa pode alcançar, não as terão.