Expressão gênica de células da córnea submetidas à infecção por acanthamoeba Spp

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sant'Ana, Viviane Peracini [UNIFESP]
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6743041
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52869
Resumo: Objetivo: O presente projeto de pesquisa se propôs: 1) Analisar a degradação proteolítica dos principais substratos presentes na córnea (colágeno, fibronectina, laminin e tubulina) com o exoproteoma de Acanthamoeba spp; 2) Analisar a citotoxicidade do exoproteoma de Acanthamoeba spp em células HUVEC em 11 isolados clínicos assim como identificar seu principal mecanismo de indução de morte celular; 3) Identificar o exoproteoma Acanthamoeba spp através da purificação com benzamidinesepharose da classe de serino protease; 4) Caracterizar o exoproteoma de Acanthamoeba spp em diferentes pHs e temperaturas; 5) Analisar a susceptibilidade do exoproteoma de Acanthamoeba spp às diamidinas aos inibidores enzimáticos. Métodos: Foram obtidas culturas primárias de trofozoítos por meio do raspado de córnea de pacientes com ceratite por Acanthamoeba spp. A análise do exoproteoma de Acanthamoeba spp foi realizada por método de zimografia (SDSPAGEgelatina), o gel de poliacrilamida com 0,01 % de gelatina foi preparado de acordo com as subunidades de seus substratos: Fibronectina, Laminina e Tubulina. As células HUVECs foram cultivadas em estufa úmida na temperatura de 37°C a 5% CO2, no meio de cultura RPMI com suplemento de 10% de soro fetal bovino. O ensaio de proteólise da molécula de colágeno tipo I, foi obtido pela hidrólise do colágeno tipo I, na concentração de uso de 0.4 mg/ ml, previamente dialisado em tampão específico (TrisHCl 50 mM, pH 7.5, NaCl 150 mM). Para a análise da caracterização do exoproteoma de Acanthamoeba spp em diferentes tampões de pHs e em diferentes temperaturas cada isolado clínico foi retirado do gel e colocado em diferentes pHs (pHs 2.0 – 12.0). As diamidinas utilizadas foram Brolene 0,1% e Désomédine 0,1%. Também foram utilizados inibidores enzimáticos PMSF 0,1 M e Trasylol 215 μM. Resultados: O perfil proteolítico do exoproteoma de Acanthamoeba spp está associado com gravidade da infecção observada no paciente. A degradação de colágeno tipo I pelo exoproteoma de Acanthamoeba spp os resultados laboratoriais corroboram com o aspecto clínico observado nos pacientes portadores de ceratite amebiana moderada e grave. No ensaio de citotoxicidade, o presente estudo (in vitro do exoproteoma de Acanthamoeba spp com HUVEC) mostrou a independência de contato do trofozoíto na indução da morte celular por apoptose. Os ensaios protéicos in vitro, cujos resultados prospectam aos mecanismos de expressão gênica em linhagens celulares da córnea, demonstraram o aspecto funcional dos diferentes exoproteomas amebianos associado à cicatrização e regeneração, cujos processos são mediados principalmente via sinalização celular no hospedeiro. A cromatografia de afinidade demonstrou a prevalência de enzimas proteolíticas da classe das serinoproteases contidas no exoproteoma do protozoário. Nos ensaios de proteólise do exoproteoma de Acanthamoeba spp em diferentes condições de pH e diferentes temperaturas observouse forte resistência do composto proteico a diferentes condições de pHs e temperaturas onde foram avaliados no período de 4 e 16 horas, onde a temperatura ótima foi de 35°C e 37°C no pH 7.0 condições apropriadas para a patofisiologia da ceratite amebiana. Quanto ao experimento com as diamidinas, verificouse, ao contrário da propamidina, a hexamidina não foi capaz de inibir totalmente a atividade enzimática do exoproteoma. Conclusões: O presente estudo indica que o exoproteoma produzido por trofozoítos de Acanthamoeba spp consiste de grande diversidade de enzimas, com ênfase às enzimas pertencentes à classe das serinoproteases. A atividade enzimática contida nos diferentes exoproteomas amebianos sugere influência relevante sobre os mecanismos de expressão gênica, com ênfase à produção de compostos de matriz extracelular pelas células da córnea. Os exoproteomas apresentou padrão de resistência física e química associado à atividade enzimática. Os constituintes enzimáticos de diferentes exoproteomas amebianos expressam proteínas capazes de degradar as principais glicoproteínas e colágeno tipo I presentes na córnea, além de induzir a morte celular por apoptose, independente de contato direto do trofozoíto. O isolamento laboratorial seguido da análise do exoproteoma amebiano demonstra a importância da pesquisa translacional associada ao presente estudo, uma vez que os constituintes enzimáticos secretados pelo protozoário podem induzir à morte celular e interferir na síntese de compostos de matriz extracelular vinculados aos processos de cicatrização e regeneração tecidual. Consequentemente, mecanismos associados à expressão gênica em células epiteliais e ceratócitos podem ser inativados, prospectando piora no quadro clínico do paciente.
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Métodos: Foram obtidas culturas primárias de trofozoítos por meio do raspado de córnea de pacientes com ceratite por Acanthamoeba spp. A análise do exoproteoma de Acanthamoeba spp foi realizada por método de zimografia (SDSPAGEgelatina), o gel de poliacrilamida com 0,01 % de gelatina foi preparado de acordo com as subunidades de seus substratos: Fibronectina, Laminina e Tubulina. As células HUVECs foram cultivadas em estufa úmida na temperatura de 37°C a 5% CO2, no meio de cultura RPMI com suplemento de 10% de soro fetal bovino. O ensaio de proteólise da molécula de colágeno tipo I, foi obtido pela hidrólise do colágeno tipo I, na concentração de uso de 0.4 mg/ ml, previamente dialisado em tampão específico (TrisHCl 50 mM, pH 7.5, NaCl 150 mM). Para a análise da caracterização do exoproteoma de Acanthamoeba spp em diferentes tampões de pHs e em diferentes temperaturas cada isolado clínico foi retirado do gel e colocado em diferentes pHs (pHs 2.0 – 12.0). As diamidinas utilizadas foram Brolene 0,1% e Désomédine 0,1%. Também foram utilizados inibidores enzimáticos PMSF 0,1 M e Trasylol 215 μM. Resultados: O perfil proteolítico do exoproteoma de Acanthamoeba spp está associado com gravidade da infecção observada no paciente. A degradação de colágeno tipo I pelo exoproteoma de Acanthamoeba spp os resultados laboratoriais corroboram com o aspecto clínico observado nos pacientes portadores de ceratite amebiana moderada e grave. No ensaio de citotoxicidade, o presente estudo (in vitro do exoproteoma de Acanthamoeba spp com HUVEC) mostrou a independência de contato do trofozoíto na indução da morte celular por apoptose. Os ensaios protéicos in vitro, cujos resultados prospectam aos mecanismos de expressão gênica em linhagens celulares da córnea, demonstraram o aspecto funcional dos diferentes exoproteomas amebianos associado à cicatrização e regeneração, cujos processos são mediados principalmente via sinalização celular no hospedeiro. A cromatografia de afinidade demonstrou a prevalência de enzimas proteolíticas da classe das serinoproteases contidas no exoproteoma do protozoário. Nos ensaios de proteólise do exoproteoma de Acanthamoeba spp em diferentes condições de pH e diferentes temperaturas observouse forte resistência do composto proteico a diferentes condições de pHs e temperaturas onde foram avaliados no período de 4 e 16 horas, onde a temperatura ótima foi de 35°C e 37°C no pH 7.0 condições apropriadas para a patofisiologia da ceratite amebiana. Quanto ao experimento com as diamidinas, verificouse, ao contrário da propamidina, a hexamidina não foi capaz de inibir totalmente a atividade enzimática do exoproteoma. Conclusões: O presente estudo indica que o exoproteoma produzido por trofozoítos de Acanthamoeba spp consiste de grande diversidade de enzimas, com ênfase às enzimas pertencentes à classe das serinoproteases. A atividade enzimática contida nos diferentes exoproteomas amebianos sugere influência relevante sobre os mecanismos de expressão gênica, com ênfase à produção de compostos de matriz extracelular pelas células da córnea. Os exoproteomas apresentou padrão de resistência física e química associado à atividade enzimática. Os constituintes enzimáticos de diferentes exoproteomas amebianos expressam proteínas capazes de degradar as principais glicoproteínas e colágeno tipo I presentes na córnea, além de induzir a morte celular por apoptose, independente de contato direto do trofozoíto. O isolamento laboratorial seguido da análise do exoproteoma amebiano demonstra a importância da pesquisa translacional associada ao presente estudo, uma vez que os constituintes enzimáticos secretados pelo protozoário podem induzir à morte celular e interferir na síntese de compostos de matriz extracelular vinculados aos processos de cicatrização e regeneração tecidual. Consequentemente, mecanismos associados à expressão gênica em células epiteliais e ceratócitos podem ser inativados, prospectando piora no quadro clínico do paciente.Objective: The present research project proposes: 1) to analyze the proteolytic degradation of the main substrates present in the cornea (collagen, fibronectin, laminin and tubulin) with the Acanthamoeba exoproteome; 2) to analyze the cytotoxicity of the Acanthamoeba exoproteome of in HUVEC cells in 11 clinical isolates and which its main mechanism of induction of cell death; 3) to identify by benzamidinesepharose purification of the serine protease class; 4) to characterize the Acanthamoeba exoproteome at different pHs and temperatures; 5) to analyze the susceptibility of the Acanthamoeba exoproteome with diamidines and enzymatic inhibitors. Methods: Primary cultures of trophozoites were obtained by corneal scraping of patients with Acanthamoeba spp. Analysis of the Acanthamoeba exoproteome was performed by zymography (SDSPAGEgelatin), 0.01% gelatin polyacrylamide gel was prepared according to the subunits of its substrates: Fibronectin, Laminin and Tubulin. The HUVECs were cultured in a humid oven at 37 ° C to 5% CO2 in RPMI culture medium supplemented with 10% fetal bovine serum. The proteolysis assay of type I collagen was carried out by the hydrolysis of type I collagen, at a concentration of 0.4 mg / ml, previously dialyzed in specific buffer (50 mM TrisHCl, pH 7.5, 150 mM NaCl). In the analysis of the characterization of the Acanthamoeba exoproteome in different buffers of pHs and at different temperatures where each clinical isolate was removed from the gel and placed at different pHs (pHs 2.0 12.0). The diamidines used were 0.1% Brolene and 0.1% Désomédine, also 0.1 mM PMSF and 215 μM Trasylol enzyme inhibitors were used. Results: The proteolytic profile of Acanthamoeba exoproteome is associated with severity of infection observed in the patient. The degradation of type I collagen by the Acanthamoeba exoproteome the laboratory results corroborate with the clinical aspect observed in patients with moderate and severe amoebic keratitis. In the cytotoxicity assay, in vitro results from the Acanthamoeba exoproteome with HUVEC suggest the contact independence of trophozoite to induce cell death by apoptosis. We were able to demonstrate by in vitro protein assays, whose results prospect the mechanisms of gene expression in corneal cells, the functional aspects of different amoebic exoproteomes associated with healing and regeneration, whose processes are mainly mediated via cellular signaling in the host. Affinity chromatography demonstrated the prevalence of proteolytic enzymes of the class of serine proteases contained in the protozoan exoproteome. In the proteolysis assays of the Acanthamoeba exoproteome at different pH conditions and at different temperatures, it showed strong resistance to different pH and temperature conditions where they were evaluated in the period of 4 and 16 hours, where the optimum temperature was 35 ° C and 37 ° C in pH 7.0 appropriate conditions for the pathophysiology of amoebic keratitis. In the experiment with the diamidines, we noticed that unlike propamidine, hexamidine was not able to totally inhibit the enzymatic activity of the exoproteome. Conclusions: Exoproteome produced by Acanthamoeba spp trophozoites consists of a large diversity of enzymes, with emphasis on the enzymes belonging to the class of serine proteases. The enzymatic activity contained in the different amoebic exoproteomes suggests an important influence on the mechanisms of gene expression, with emphasis on the production of extracellular matrix compounds by corneal cells. The exoproteomes may present a pattern of physical and chemical resistance associated with enzymatic activity. The enzymatic constituents of different amoebic exoproteomes express proteins capable of degrading the main type I collagen and glycoproteins present in the cornea, besides inducing cell death by contact independent apoptosis. Laboratory isolation followed by amoebic exoproteome analysis demonstrates the importance of translational research associated with the present study, since the enzymatic constituents secreted by the protozoan can induce cell death and interferes in the synthesis of extracellular matrix compounds linked to the healing and regeneration processes tissue. Consequently, mechanisms associated with gene expression in epithelial cells and keratocytes can be inactivated, prospecting worsening in the clinical pattern of the patient.Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2018)104 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)AcanthamoebaCeratiteExoproteomaAcanthamoebaExoproteomeKeratitisExpressão gênica de células da córnea submetidas à infecção por acanthamoeba SppGene expression of corneal cells cubmitted to "acanthamoeba" infeccioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaOftalmologia e Ciências VisuaisCiências da SaúdeBiologia Molecular Aplicada a Identificação De Microrganismos Patogênicos do Segmento Anterior do Olho.ORIGINALViviane Peracini SantAna - A.pdfViviane Peracini SantAna - A.pdfTese de doutoradoapplication/pdf2940913${dspace.ui.url}/bitstream/11600/52869/1/Viviane%20Peracini%20SantAna%20-%20A.pdffd48def7d4cda03b2f4a2761007b08f4MD51open access11600/528692023-06-30 14:34:30.564open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/52869Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-30T17:34:30Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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