Avaliação da dosagem do paratormônio 1-84 no diagnóstico de hiperparatireoidismo primário e utilização dos marcadores de remodelação óssea como preditores do ganho de massa óssea pós paratireoidectomia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonanséa, Teresa Cristina Piscitelli [UNIFESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5078314
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50748
Resumo: Introdução: O Hiperparatireoidismo primário (HPP) é uma desordem hipercalcêmica causada por aumento da secreção do paratormônio (PTH) por uma ou mais glândulas paratireoideanas. Na circulação, existem inúmeras formas fragmentadas do PTH, tornando sua dosagem um desafio. A redução da densidade mineral óssea (DMO) é comum nos pacientes com HPP e os marcadores de remodelação óssea podem ser utilizados como ferramentas para o acesso do status metabólico do osso. Objetivos: Avaliar a contribuição dos ensaios de PTH biointacto (Bio-PTH) no aprimoramento do diagnóstico do HPP e correlacionar as dosagens de propeptídeo aminoterminal do procolágeno tipo 1 (P1NP) e telopeptídeo carboxiterminal do colágeno tipo 1 (CTX), com as mudanças da DMO após um ano de paratireoidectomia (PTX). Métodos: 46 pacientes portadores de HPP foram triados em nosso centro. Desse grupo, 41 pacientes tiveram a dosagem de PTH realizada pelos ensaios de PTH intacto (I-PTH) e Bio-PTH. Destes, 31 pacientes foram seguidos desde o diagnóstico até 12-18 meses pós PTX. Foram avaliados os marcadores de remodelação óssea e a DMO na coluna lombar, femur proximal e rádio distal. Resultados: Os valores de PTH ao diagnóstico, variaram de 67 a 553 pg/mL (mediana: 168 pg/mL) utilizando o ensaio I-PTH e de 55 a 328 pg/mL (mediana: 111pg/mL) quando utilizado o Bio-PTH. A comparação entre os ensaios mostrou alta correlação (r= 0,952, p <0,0001). Um ano após PTX, a DMO aumentou 8.6%, 5.5%, 5.5% e 2.2% na coluna lombar(L1-L4), colo femoral, fêmur total e rádio distal, respectivamente. Houve uma correlação positiva entre a porcentagem de ganho na DMO um ano após PTX e os níveis de marcadores de turnover ósseo antes da PTX. Conclusão: Os resultados de PTH se correlacionam bem quando realizados por ambos ensaios. Um ano após a PTX, há um aumento significativo da DMO em coluna lombar e fêmur proximal em pacientes com HPP, além de uma correlação significativa entre os níveis dos marcadores de turnover ósseo pré-operatórios e o ganho de massa óssea nesses sítios um ano após a PTX.
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spelling http://lattes.cnpq.br/0981279527581118http://lattes.cnpq.br/3960356411666309Bonanséa, Teresa Cristina Piscitelli [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/0787135413925267Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Vieira, José Gilberto Henriques [UNIFESP]Ohe, Monique Nakayama [UNIFESP]São Paulo2019-06-19T14:58:21Z2019-06-19T14:58:21Z2017-10-26Introdução: O Hiperparatireoidismo primário (HPP) é uma desordem hipercalcêmica causada por aumento da secreção do paratormônio (PTH) por uma ou mais glândulas paratireoideanas. Na circulação, existem inúmeras formas fragmentadas do PTH, tornando sua dosagem um desafio. A redução da densidade mineral óssea (DMO) é comum nos pacientes com HPP e os marcadores de remodelação óssea podem ser utilizados como ferramentas para o acesso do status metabólico do osso. Objetivos: Avaliar a contribuição dos ensaios de PTH biointacto (Bio-PTH) no aprimoramento do diagnóstico do HPP e correlacionar as dosagens de propeptídeo aminoterminal do procolágeno tipo 1 (P1NP) e telopeptídeo carboxiterminal do colágeno tipo 1 (CTX), com as mudanças da DMO após um ano de paratireoidectomia (PTX). Métodos: 46 pacientes portadores de HPP foram triados em nosso centro. Desse grupo, 41 pacientes tiveram a dosagem de PTH realizada pelos ensaios de PTH intacto (I-PTH) e Bio-PTH. Destes, 31 pacientes foram seguidos desde o diagnóstico até 12-18 meses pós PTX. Foram avaliados os marcadores de remodelação óssea e a DMO na coluna lombar, femur proximal e rádio distal. Resultados: Os valores de PTH ao diagnóstico, variaram de 67 a 553 pg/mL (mediana: 168 pg/mL) utilizando o ensaio I-PTH e de 55 a 328 pg/mL (mediana: 111pg/mL) quando utilizado o Bio-PTH. A comparação entre os ensaios mostrou alta correlação (r= 0,952, p <0,0001). Um ano após PTX, a DMO aumentou 8.6%, 5.5%, 5.5% e 2.2% na coluna lombar(L1-L4), colo femoral, fêmur total e rádio distal, respectivamente. Houve uma correlação positiva entre a porcentagem de ganho na DMO um ano após PTX e os níveis de marcadores de turnover ósseo antes da PTX. Conclusão: Os resultados de PTH se correlacionam bem quando realizados por ambos ensaios. Um ano após a PTX, há um aumento significativo da DMO em coluna lombar e fêmur proximal em pacientes com HPP, além de uma correlação significativa entre os níveis dos marcadores de turnover ósseo pré-operatórios e o ganho de massa óssea nesses sítios um ano após a PTX.Introduction: Primary hyperparathyroidism (PHPT) is a hypercalcemic disease due to increased secretion of parathyroid hormone (PTH) by one or more parathyroid glands. PTH in circulation is quite heterogeneous and this observation translates in real challenges in its laboratory measurement. Reduced bone mineral density (BMD) may be present in several patients; thus, bone markers (BTM) could provide information on bone metabolic status in these subjects. Purposes: To evaluate the usefulness of a biointact PTH assay (Bio-PTH) in the diagnosis of PHPT and measure serum amino-terminal propeptide of type 1 procollagen (P1NP) and cross-linked C-terminal telopeptide of type I collagen (CTX) before parathyroidectomy, correlating these measurements with BMD changes after 1 year. Patients and Methods: Forty-six PHPT patients were selected. Of these, 41 patients were studied and had PTH levels measured with two different methods using the same immunochemiluminescent assay plataform (Elecsys 2010 System, Roche). We compared an intact PTH assay (I-PTH) with a biointact PTH assay (Bio-PTH). In parallel, 31 of the patients were followed up from diagnosis up to 12-18 months after surgery. Serum levels of BTM and BMD were measured before and 1 year after surgery. Results: PTH values ranged from 67 to 553 pg/mL (median: 168 pg/mL) using the I-PTH assay and from 55 to 328 pg/mL (median: 111pg/mL) using the Bio-PTH assay. I-PTH and Bio-PTH levels showed a highly significant correlation (r= 0.952, p <0.0001). One year after the parathyroidectomy, the mean BMD increased by 8.6%, 5.5%, 5.5%, and 2.2% in the lumbar spine (L1-L4), femoral neck, total hip, and distal third of the nondominant radius, respectively. There was a significantly positive correlation between the percentage BMD change 1 year after the parathyroidectomy and the preoperative biomarker levels. Conclusion: Both assays are strongly correlated in PHPT patients. Patients with PHPT presented a significantly positive correlation between increased preoperative levels of bone turnover markers and BMD improvement one year after parathyroidectomy.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017)78 f.https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5078314http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50748porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Hiperparatireoidismo primárioEnsaios de PTHDXAPTHMarcadores de remodelação ósseaBiomarcadoresPrimary hyperparathyroidismPTH assaysDXAPTHBone remodelingBiomarkersAvaliação da dosagem do paratormônio 1-84 no diagnóstico de hiperparatireoidismo primário e utilização dos marcadores de remodelação óssea como preditores do ganho de massa óssea pós paratireoidectomiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Medicina (Endocrinologia Clínica)Metabolismo do cálcioMetabolismo Osteo-Mineral: Fisiologia e FisiopatologiaORIGINALTERESA CRISTINA PISCITELLI BONANSÉA PDF A.pdfTERESA CRISTINA PISCITELLI BONANSÉA PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf1280073https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/fe77fb7a-6aa9-4f19-ac9f-cb99ce318022/downloadb65249ec27ea23018f570f40625b6377MD5111600/507482024-02-21 09:15:47.242oai:repositorio.unifesp.br/:11600/50748https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652024-02-21T09:15:47Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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