Indicadores Morfológicos de Dimorfismo Sexual em Crânios Humanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galdames, Iván Claudio Suazo [UNIFESP]
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9739
Resumo: Objetivo: O propósito deste estudo é avaliar a qualidade, como prova diagnóstica, dos principais indicadores morfológicos de dimorfismo sexual em crânios humanos secos da Coleção do Museu de Crânios da Universidade Federal de São Paulo, através da antropometria direta e utilizando ferramentas da bioestatística e da epidemiologia clínica. Material e Método: Utilizaram-se 284 crânios de indivíduos adultos, brasileiros, dos quais 187 eram homens e 97 mulheres. Realizou-se um estudo de corte transversal de avaliação da prova diagnóstica. Para isso, realizou-se uma abordagem qualitativa, com base no exame visual de 16 indicadores morfológicos tradicionais de dimorfismo sexual, determinando-se para cada um deles o nível de exatidão, de sensibilidade, valores prognósticos, likelihood ratios e odds ratios. Resultados e Conclusões: Todos os indicadores estudados apresentaram altos níveis de exatidão (84.75-72.89%). Os melhores indicadores em termos de exatidão geral, erro intraobservador e valores odds ratios encontraram-se em traços cuja formação se relaciona com a inserção e ação de importantes grupos musculares. A menor exatidão de todos os indicadores morfológicos utilizados como provas diagnósticas neste estudo foi obtida com aqueles baseados na observação da forma. Em 14 dos 16 indicadores o erro intraobservador foi <10%. Os melhores indicadores morfológicos de dimorfismo sexual com base no ranking combinado de exatidão geral, confiabilidade e odds ratios foram: o processo mastóide, o osso zigomático, a mandíbula e as rugosidades do osso occipital. Os indicadores com menor rendimento geral foram: a forma do palato, do mento e da órbita. As ferramentas de estatística epidemiológica contribuíram para complementar e tornar mais consistentes as análises, especialmente ao se analisar em conjunto a sensibilidade dos indicadores e os valores de likelihood ratios. Concluiu-se que os indicadores morfológicos de dimorfismo apresentam um adequado rendimento como provas diagnósticas, mas os valores de exatidão e sensibilidade devem ser complementados com indicadores mais consistentes, que sejam independentes da distribuição da amostra e que incorporem os erros diagnósticos (falsos positivos e negativos), como os valores likelihood ratios, odds ratios e valores prognósticos positivos.
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Para isso, realizou-se uma abordagem qualitativa, com base no exame visual de 16 indicadores morfológicos tradicionais de dimorfismo sexual, determinando-se para cada um deles o nível de exatidão, de sensibilidade, valores prognósticos, likelihood ratios e odds ratios. Resultados e Conclusões: Todos os indicadores estudados apresentaram altos níveis de exatidão (84.75-72.89%). Os melhores indicadores em termos de exatidão geral, erro intraobservador e valores odds ratios encontraram-se em traços cuja formação se relaciona com a inserção e ação de importantes grupos musculares. A menor exatidão de todos os indicadores morfológicos utilizados como provas diagnósticas neste estudo foi obtida com aqueles baseados na observação da forma. Em 14 dos 16 indicadores o erro intraobservador foi <10%. Os melhores indicadores morfológicos de dimorfismo sexual com base no ranking combinado de exatidão geral, confiabilidade e odds ratios foram: o processo mastóide, o osso zigomático, a mandíbula e as rugosidades do osso occipital. Os indicadores com menor rendimento geral foram: a forma do palato, do mento e da órbita. As ferramentas de estatística epidemiológica contribuíram para complementar e tornar mais consistentes as análises, especialmente ao se analisar em conjunto a sensibilidade dos indicadores e os valores de likelihood ratios. Concluiu-se que os indicadores morfológicos de dimorfismo apresentam um adequado rendimento como provas diagnósticas, mas os valores de exatidão e sensibilidade devem ser complementados com indicadores mais consistentes, que sejam independentes da distribuição da amostra e que incorporem os erros diagnósticos (falsos positivos e negativos), como os valores likelihood ratios, odds ratios e valores prognósticos positivos.Objetive: The purpose of this study is to assess the quality, as a diagnostic test, of the main indicators of morphological sexual dimorphism in dry human skulls from the skull Museum Collection of the Universidade Federal de São Paulo, through direct anthropometry and using biostatistics tools and clinical epidemiology. Methodology: We used 284 skulls of adult Brazilians, of whom 187 were male and 97 female. A study of cross-evaluation of diagnostic test, for it was a qualitative approach based on visual examination of 16 traditional indicators of morphological sexual dimorphism, determined for each level of accuracy, sensitivity, predictive values, likelihood ratios and Odds ratios. Results and Conclusions: All indicators studied had high levels of accuracy (84.75- 72.89%). The best indicators in terms of overall accuracy, intraobserver error and odds ratios values were found in traits whose formation is related to insertion and action of major muscle groups. The lower accuracy of all the morphological indicators assumed as diagnostic tests in this study was obtained in those based on the observation of the way. In 14 of the 16 indicators intraobserver error was <10%. The best indicators of morphological sexual dimorphism based on the combined ranking of the general accuracy, reliability, and Odds Ratios were: the mastoid process, the zygomatic bone, the mandible and the roughness of the occipital bone. The indicators with the lowest overall performance were the shape of the palate, chin and orbit. The tools of statistical epidemiological contributed to complement and make more robust analysis, especially when considering the overall sensitivity of the indicators and values of likelihood ratios. We concluded that morphological dimorphism indicators presents an adequate performance as diagnostic tests, but the values of accuracy and sensitivity must be matched with more robust indicators that are independent of the distribution of the sample and integrate the diagnostic errors (false positives and negatives ) as the likelihood ratios, odds ratios and positive predictive values.TEDEporUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)CrâniosDimorfismo sexualAntropologia forenseIdentificação humanaAntropologia físicaIndicadores Morfológicos de Dimorfismo Sexual em Crânios HumanosMorphological Traits of the Sexual Dimorphism in Human Skullsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão PauloSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Morfologia e GenéticaORIGINALPublico-014.pdfapplication/pdf1786018${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9739/1/Publico-014.pdf86d1a8947bfcaa7a3aecf928e6fcec4bMD51open accessTEXTPublico-014.pdf.txtPublico-014.pdf.txtExtracted texttext/plain329451${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9739/2/Publico-014.pdf.txt5f2da808b2153ddc279201cfc765dd2dMD52open access11600/97392022-10-21 11:17:21.353open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/9739Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-10-21T14:17:21Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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