Perspectiva histórica das relações entre Estados Unidos e Coreia do Sul sob o prisma do antiamericanismo.

• Autor(a) principal: Coelho, Bruna Basso [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60595
• topic: Antiamericanismo; Estados Unidos; Coreia do Sul; Guerra da Coreia; Atentados de 11 de setembro de 2001; Relações Bilaterais

O presente artigo discute os padrões de relacionamento entre Estados Unidos e Coreia do Sul nos períodos da Guerra Fria – mais especificamente dos eventos da Guerra da Coreia (1950-1953) e traços dos anos 1960 a 1980 –, e do pós-Guerra Fria e pós-atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e busca compreender por que se discute o surgimento de um movimento antiamericano na península coreana, principalmente após o 11 de setembro de 2001. Questiona-se, também, como as políticas adotadas pelo governo Bush (2001-2009) reverteram uma expectativa de reaproximação das Coreias durante o governo sul-coreano de Kim Dae-Jung (1998-2003). A bibliografia analisada contempla majoritariamente artigos publicados por autores coreanos, mas também abarca a perspectiva norte-americana para retratar a história e os movimentos de aproximação e distanciamento entre os dois países. Os resultados apontam a crescente diversificação e complexidade das fontes do antiamericanismo na Coreia do Sul. Durante a administração de Clinton (1993-2001), o sentimento negativo atrelado aos norte-americanos havia sido amenizado. O fenômeno, no entanto, volta a ganhar força na península como consequência às políticas adotadas pelo governo Bush (2001-2009) após os atentados de 11 de setembro de 2001. A imagem negativa da política norte-americana na mídia sul-coreana e as mudanças demográficas na península estão entre os fatores que explicam o fortalecimento do antiamericanismo nos anos 2000.