Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda [UNIFESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5248810
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50797
Resumo: A estenose do canal vertebral lombar foi descrita pela primeira vez por Antoine Portal em 1803. Porém, a primeira associação entre as alterações do diâmetro do canal vertebral e sua relação com o quadro clínico e a claudicação neurogênica foi feita por Verbiest. Neste estudo, avaliamos 63 pacientes com estenose de canal lombar, sendo eles de ambos os gêneros e idade entre 50 e 75 anos. Do total, 31 foram submetidos à cirurgia mais fisioterapia e 32 a fisioterapia isolada. Todos passaram por cinco análises, feitas por um avaliador cego, e realizaram um programa de exercícios duas vezes semanais pelo período de três meses. Como instrumento de avaliação, utilizamos o teste de caminhada de seis minutos; os questionários Roland-Morris, SF-36 e Oswestry; além de uma escala Likert. A média de idade dos pacientes operados foi de 60,7 anos e dos não operados, de 60,2 anos. Na divisão por gêneros, 8 homens e 23 mulheres foram submetidos a cirurgia e 8 homens e 24 mulheres pertenceram ao grupo controle. A hipertensão arterial sistêmica foi a doença crônico-degenerativa de maior incidência nos pacientes do estudo. Observamos que, exceto pelo questionário Oswestry, que avalia a capacidade funcional, e pela escala Likert, que apresentaram resultados estatisticamente significativos, não encontramos diferenças significativas entre os grupos. A capacidade de marcha não mudou após a cirurgia. A qualidade de vida dos pacientes, quando analisada pelo SF-36, não mostrou diferença estatisticamente significativa, mas, após um ano de seguimento, os pacientes operados estavam mais satisfeitos que os demais. A fisioterapia isolada não mostrou melhora da condição dos pacientes. Concluímos que a cirurgia mais fisioterapia ou fisioterapia isolada não modifica de maneira estatisticamente significante a qualidade de vida dos pacientes, além de nenhuma das terapêuticas avaliadas melhorarem efetivamente a distância que o paciente consegue deambular. Os operados têm uma percepção de melhora estatisticamente significante em relação ao grupo controle e apresentam uma melhora da capacidade funcional global após a cirurgia. Em nosso estudo, a cirurgia se mostrou segura, não tendo observado nenhuma complicação, ou necessidade de reabordagem cirúrgica no grupo intervenção.
id UFSP_8bd3813a1345763b391da99e314001a7
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/50797
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)http://lattes.cnpq.br/2912549647475760http://lattes.cnpq.br/4969546467649519Natour, Jamil [UNIFESP]São Paulo2019-06-19T14:58:25Z2019-06-19T14:58:25Z2017-12-20https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5248810https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50797A estenose do canal vertebral lombar foi descrita pela primeira vez por Antoine Portal em 1803. Porém, a primeira associação entre as alterações do diâmetro do canal vertebral e sua relação com o quadro clínico e a claudicação neurogênica foi feita por Verbiest. Neste estudo, avaliamos 63 pacientes com estenose de canal lombar, sendo eles de ambos os gêneros e idade entre 50 e 75 anos. Do total, 31 foram submetidos à cirurgia mais fisioterapia e 32 a fisioterapia isolada. Todos passaram por cinco análises, feitas por um avaliador cego, e realizaram um programa de exercícios duas vezes semanais pelo período de três meses. Como instrumento de avaliação, utilizamos o teste de caminhada de seis minutos; os questionários Roland-Morris, SF-36 e Oswestry; além de uma escala Likert. A média de idade dos pacientes operados foi de 60,7 anos e dos não operados, de 60,2 anos. Na divisão por gêneros, 8 homens e 23 mulheres foram submetidos a cirurgia e 8 homens e 24 mulheres pertenceram ao grupo controle. A hipertensão arterial sistêmica foi a doença crônico-degenerativa de maior incidência nos pacientes do estudo. Observamos que, exceto pelo questionário Oswestry, que avalia a capacidade funcional, e pela escala Likert, que apresentaram resultados estatisticamente significativos, não encontramos diferenças significativas entre os grupos. A capacidade de marcha não mudou após a cirurgia. A qualidade de vida dos pacientes, quando analisada pelo SF-36, não mostrou diferença estatisticamente significativa, mas, após um ano de seguimento, os pacientes operados estavam mais satisfeitos que os demais. A fisioterapia isolada não mostrou melhora da condição dos pacientes. Concluímos que a cirurgia mais fisioterapia ou fisioterapia isolada não modifica de maneira estatisticamente significante a qualidade de vida dos pacientes, além de nenhuma das terapêuticas avaliadas melhorarem efetivamente a distância que o paciente consegue deambular. Os operados têm uma percepção de melhora estatisticamente significante em relação ao grupo controle e apresentam uma melhora da capacidade funcional global após a cirurgia. Em nosso estudo, a cirurgia se mostrou segura, não tendo observado nenhuma complicação, ou necessidade de reabordagem cirúrgica no grupo intervenção.The lumbar spinal canal stenosis was first described by Antoine Portal in 1803. However, the first association between changes in the diameter of the spinal canal and its relation to the clinical condition and the neurogenic claudication was made by Verbiest. In this study, we evaluated 63 patients with lumbar canal stenosis, of both genders and age between 50 and 75 years. Of all, 31 were submitted to surgery and physiotherapy and 32 only to physiotherapy. All of them passed through five analyzes, made by a blinded evaluator, and performed a twice weekly exercise program for three months. As an evaluation tool, we used the six-minute walk test; the Roland-Morris, SF-36 and Oswestry questionnaires; and a Likert scale. The mean age of the operated patients was 60.7 years and, among the non-operated, 60.2 years. In the gender division, 8 men and 23 women underwent surgery and 8 men and 24 women belonged to the control group. Systemic arterial hypertension was the chronic-degenerative disease with a higher incidence in the study patients. We observed that, except for Oswestry questionnaire, which evaluated functional capacity, and for the Likert scale, which presented statistically significant results, we did not find significant differences between the groups. The gait capacity did not change after the surgery. Their quality of life, when analyzed by SF-36, did not confer a statistically significant difference, but after one year of follow-up, the operated patients were more satisfied than the others. Isolated physiotherapy did not show improvement in the patients’ condition. We concluded that the surgery with physiotherapy or isolated physiotherapy does not modify, in a statistically significant way, the patient’s quality of life, nor do any of the therapies evaluated effectively improve the distance that they manage to wander. Operated patients have a statistically significant improvement perception in relation to the control group and also presented an improvement in overall functional capacity after surgery. In our study, the surgery proved to be safe, having observed no complication or need for reoperation in the intervention group.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017)80 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)PrognósticoResultado do tratamentoNão operatórioEstenose espinalModalidades de fisioterapiaEnsaio clínico controladoSpinal stenosisRandomized trialSurgeryNon-operativePhysioterapyOutcomesPrognosisPhysical therapy modalitiesEstudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticosA controlled prospective study, comparing physiotherapy with physiotherapy and decompression in patients with symptomatic lumbar canal stenosisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Medicina TranslacionalEpidemiologia e Avaliação de Novas Tecnologias em SaúdeAvaliação Baseada em Evidências de Novas Tecnologias em SaúdeORIGINALLUIZ CLAUDIO LACERDA RODRIGUES PDF A.pdfLUIZ CLAUDIO LACERDA RODRIGUES PDF A.pdfTese de doutoradoapplication/pdf9790758${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50797/2/LUIZ%20CLAUDIO%20LACERDA%20RODRIGUES%20PDF%20A.pdf4af0f300ff4df2e52d1befb9a6b30ed5MD52open access11600/507972023-09-29 11:29:53.955open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/50797Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-09-29T14:29:53Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
dc.title.alternative.en.fl_str_mv A controlled prospective study, comparing physiotherapy with physiotherapy and decompression in patients with symptomatic lumbar canal stenosis
title Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
spellingShingle Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda [UNIFESP]
Prognóstico
Resultado do tratamento
Não operatório
Estenose espinal
Modalidades de fisioterapia
Ensaio clínico controlado
Spinal stenosis
Randomized trial
Surgery
Non-operative
Physioterapy
Outcomes
Prognosis
Physical therapy modalities
title_short Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
title_full Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
title_fullStr Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
title_full_unstemmed Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
title_sort Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
author Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda [UNIFESP]
author_facet Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.institution.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.authorLattes.none.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2912549647475760
dc.contributor.advisorLattes.none.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4969546467649519
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Natour, Jamil [UNIFESP]
contributor_str_mv Natour, Jamil [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Prognóstico
Resultado do tratamento
Não operatório
Estenose espinal
Modalidades de fisioterapia
Ensaio clínico controlado
topic Prognóstico
Resultado do tratamento
Não operatório
Estenose espinal
Modalidades de fisioterapia
Ensaio clínico controlado
Spinal stenosis
Randomized trial
Surgery
Non-operative
Physioterapy
Outcomes
Prognosis
Physical therapy modalities
dc.subject.eng.fl_str_mv Spinal stenosis
Randomized trial
Surgery
Non-operative
Physioterapy
Outcomes
Prognosis
Physical therapy modalities
description A estenose do canal vertebral lombar foi descrita pela primeira vez por Antoine Portal em 1803. Porém, a primeira associação entre as alterações do diâmetro do canal vertebral e sua relação com o quadro clínico e a claudicação neurogênica foi feita por Verbiest. Neste estudo, avaliamos 63 pacientes com estenose de canal lombar, sendo eles de ambos os gêneros e idade entre 50 e 75 anos. Do total, 31 foram submetidos à cirurgia mais fisioterapia e 32 a fisioterapia isolada. Todos passaram por cinco análises, feitas por um avaliador cego, e realizaram um programa de exercícios duas vezes semanais pelo período de três meses. Como instrumento de avaliação, utilizamos o teste de caminhada de seis minutos; os questionários Roland-Morris, SF-36 e Oswestry; além de uma escala Likert. A média de idade dos pacientes operados foi de 60,7 anos e dos não operados, de 60,2 anos. Na divisão por gêneros, 8 homens e 23 mulheres foram submetidos a cirurgia e 8 homens e 24 mulheres pertenceram ao grupo controle. A hipertensão arterial sistêmica foi a doença crônico-degenerativa de maior incidência nos pacientes do estudo. Observamos que, exceto pelo questionário Oswestry, que avalia a capacidade funcional, e pela escala Likert, que apresentaram resultados estatisticamente significativos, não encontramos diferenças significativas entre os grupos. A capacidade de marcha não mudou após a cirurgia. A qualidade de vida dos pacientes, quando analisada pelo SF-36, não mostrou diferença estatisticamente significativa, mas, após um ano de seguimento, os pacientes operados estavam mais satisfeitos que os demais. A fisioterapia isolada não mostrou melhora da condição dos pacientes. Concluímos que a cirurgia mais fisioterapia ou fisioterapia isolada não modifica de maneira estatisticamente significante a qualidade de vida dos pacientes, além de nenhuma das terapêuticas avaliadas melhorarem efetivamente a distância que o paciente consegue deambular. Os operados têm uma percepção de melhora estatisticamente significante em relação ao grupo controle e apresentam uma melhora da capacidade funcional global após a cirurgia. Em nosso estudo, a cirurgia se mostrou segura, não tendo observado nenhuma complicação, ou necessidade de reabordagem cirúrgica no grupo intervenção.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-12-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-06-19T14:58:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-06-19T14:58:25Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5248810
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50797
url https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5248810
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50797
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 80 f.
dc.coverage.spatial.none.fl_str_mv São Paulo
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50797/2/LUIZ%20CLAUDIO%20LACERDA%20RODRIGUES%20PDF%20A.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 4af0f300ff4df2e52d1befb9a6b30ed5
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764118533341184