Biocompatibilidade in vitro da hidroxiapatita extraída de resíduo de peixe (Micropogonias furnieri)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11600/62825 |
Resumo: | O osso é um tecido conjuntivo especializado no qual a matriz orgânica colagênica é mineralizada, uma vez que é permeada por cristais de hidroxiapatita (HAP), um mineral que contribui para as suas propriedades mecânicas. Em casos de fraturas ósseas, a HAP, de diferentes origens, pode ser usada como um biomaterial implantável. Quando extraída de resíduo de peixe, pode constituir uma alternativa econômica e ecologicamente mais viável do que a HAP sintética, visto que este biomaterial natural seria descartado e poderia constituir um problema ambiental. Com base neste cenário, este trabalho teve como objetivo avaliar a citotoxicidade da hidroxiapatita (HAP) extraída de resíduos de peixes (Micropogonias furnieri), bem como a proliferação in vitro e a expressão gênica de células pré-osteoblásticas MC3T3-E1 expostas a um meio condicionado com esse biomaterial natural. A HAP foi extraída de resíduo de peixe e as células pré-osteoblásticas MC3T3-E1 foram cultivadas em meio enriquecido com o biomaterial (HAP) ou em meio de cultura padrão (controle). Após 1, 3 e 6 dias de cultura, foram realizados os teste de alamarBlue, quantificação de DNA (PicoGreen) e RT-PCR, para quantificar a expressão dos genes osteogênicos BPM4 e Runx2. Na avaliação, os estudos de viabilidade celular alamarBlue não indicaram diferenças estatísticas entre os grupos. Por outro lado, após 3 e 6 dias de exposição, a taxa de redução do alamarBlue foi maior nas amostras de HAP indicando maior viabilidade celular. O resultado da quantificação de DNA sugeriu uma menor quantidade de células nos poços contendo meio enriquecido com HAP quando comparadas ao grupo controle. No entanto, como houve maior redução da resazurina em resorufin no teste de alarme Blue, sugerindo maior atividade metabólica das células cultivadas em meio enriquecido com HAP. Não houve diferença significativa na expressão dos genes BPM4 e Runx2. Os resultados indicam que a HAP extraída de carcaça de peixe, um material reaproveitado de resíduos, não apresenta citotoxicidade e pode ter um efeito positivo no metabolismo celular, indicando seu potencial para sua aplicação como biomaterial na engenharia de tecidos. |
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Biocompatibilidade in vitro da hidroxiapatita extraída de resíduo de peixe (Micropogonias furnieri)In vitro biocompatibility of hydroxyapatite extracted from fish waste (Micropogonias furnieri)HidroxiapatitaBiomaterialResíduo orgânicoCitotoxicidadeOssoHydroxyapatiteBiomaterialOrganic wasteCytotoxicityBoneO osso é um tecido conjuntivo especializado no qual a matriz orgânica colagênica é mineralizada, uma vez que é permeada por cristais de hidroxiapatita (HAP), um mineral que contribui para as suas propriedades mecânicas. Em casos de fraturas ósseas, a HAP, de diferentes origens, pode ser usada como um biomaterial implantável. Quando extraída de resíduo de peixe, pode constituir uma alternativa econômica e ecologicamente mais viável do que a HAP sintética, visto que este biomaterial natural seria descartado e poderia constituir um problema ambiental. Com base neste cenário, este trabalho teve como objetivo avaliar a citotoxicidade da hidroxiapatita (HAP) extraída de resíduos de peixes (Micropogonias furnieri), bem como a proliferação in vitro e a expressão gênica de células pré-osteoblásticas MC3T3-E1 expostas a um meio condicionado com esse biomaterial natural. A HAP foi extraída de resíduo de peixe e as células pré-osteoblásticas MC3T3-E1 foram cultivadas em meio enriquecido com o biomaterial (HAP) ou em meio de cultura padrão (controle). Após 1, 3 e 6 dias de cultura, foram realizados os teste de alamarBlue, quantificação de DNA (PicoGreen) e RT-PCR, para quantificar a expressão dos genes osteogênicos BPM4 e Runx2. Na avaliação, os estudos de viabilidade celular alamarBlue não indicaram diferenças estatísticas entre os grupos. Por outro lado, após 3 e 6 dias de exposição, a taxa de redução do alamarBlue foi maior nas amostras de HAP indicando maior viabilidade celular. O resultado da quantificação de DNA sugeriu uma menor quantidade de células nos poços contendo meio enriquecido com HAP quando comparadas ao grupo controle. No entanto, como houve maior redução da resazurina em resorufin no teste de alarme Blue, sugerindo maior atividade metabólica das células cultivadas em meio enriquecido com HAP. Não houve diferença significativa na expressão dos genes BPM4 e Runx2. Os resultados indicam que a HAP extraída de carcaça de peixe, um material reaproveitado de resíduos, não apresenta citotoxicidade e pode ter um efeito positivo no metabolismo celular, indicando seu potencial para sua aplicação como biomaterial na engenharia de tecidos.Bone tissue is a specialized connective tissue in which the collagenous organic matrix is mineralized and permeated by crystals of hydroxyapatite (HAP), a mineral that contributes to its mechanical properties. In cases of bone fractures, HAP, from different origins, can be used as an implantable biomaterial. When extracted from fish waste, it can be an economically and ecologically alternative from synthetic HAP, since this natural biomaterial would be discarded and could constitute an environmental problem. Based on this scenario, this work aimed to evaluate the cytotoxicity of hydroxyapatite (HAP) extracted from fish residues (Micropogonias furnieri), as well as the in vitro proliferation and gene expression of MC3T3-E1 pre-osteoblastic cells exposed to a medium conditioned with this natural biomaterial. HAP was extracted from fish residue and pre-osteoblastic MC3T3-E1 cells were cultured in medium enriched with the biomaterial (HAP) or in standard culture medium (control). After 1, 3 and 6 days of culture, the alamarBlue test, DNA quantification (PicoGreen) and RT-PCR were performed to quantify the expression of osteogenic genes BPM4 and Runx2. In the evaluation, the alamarBlue cell viability studies did not indicate statistical differences between the groups. On the other hand, after 3 and 6 days of exposure, the alamarBlue reduction rate was higher in the HAP samples, indicating greater cell viability. The result of DNA quantification suggested a smaller amount of cells in the wells containing medium enriched with HAP when compared to the control group. However, there was a greater reduction of resazurin in resorufin in the Blue alarm test, suggesting greater metabolic activity of cells grown in medium enriched with HAP. There was no significant difference in the expression of the BPM4 and Runx2 genes. The results indicate that HAP extracted from fish carcass, a material reused from waste, does not present cytotoxicity and may have a positive effect on cellular metabolism, indicating its potential for its application as a biomaterial in tissue engineering.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Federal de São PauloGranito, Renata Neves [UNIFESP]Prado, João Paulo dos Santos [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/1803025633941465http://lattes.cnpq.br/1941145984734628http://lattes.cnpq.br/3609399669096247Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Pires, Larissa Mariano [UNIFESP]2022-02-14T16:52:05Z2022-02-14T16:52:05Z2022-01-24info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion23 f.application/pdfPIRES, Larissa Mariano. Biocompatibilidade in vitro da hidroxiapatita extraída de resíduo de peixe (Micropogonias furnieri). 2022. 23 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Fisioterapia) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.https://hdl.handle.net/11600/62825porISSinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-26T14:48:57Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/62825Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-26T14:48:57Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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