As Políticas Monárquicas de Relações Familiares nas áreas Otomanas: Bulgária, Grécia, Montenegro, Romênia e Sérvia entre 1830 e 1914

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pausini, Adel Igor dos Santos Cangueiro Romanov [UNIFESP]
Data de Publicação: 1905
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/67663
Resumo: Ao longo do século XIX, as possessões do então Império Otomano começaram a se emancipar deste, promovendo uma fragmentação do império, assistida não passivamente pelas potências europeias, que se alternaram na manutenção e, portanto, proteção deste, e ora no incentivo da fragmentação de seus territórios em consequente emancipação. Em cenário de intensa profusão étnica e cultural, profundamente distinta das demais regiões do império, fosse em sua porção asiática ou africana, diante a centralidade do poder das oligarquias muçulmanas sediadas em Constantinopla e após a profusão do ideal nacionalista, inúmeras insurgências, rebeliões e campanhas separatistas começarem a eclodir, não apenas no Império Otomano, mas também neste, sobretudo na porção europeia de seu território, majoritariamente cristã, a chamada região dos Bálcãs, sob seu domínio, em linhas gerais, desde o século XIV. A porção territorial europeia do Império Otomano começou a se emancipar em meio a campanhas nacionalistas de cunho monárquico e republicano, distanciando-se dos turco-otomanos e aproximando-se das grandes potências da Europa no período. Diante o apoio de tais potências, todas monarquias , no processo de emancipação dos Bálcãs, implantaram-se governos também monárquicos na região, sendo empossados na Grécia, Bulgária e Romênia príncipes europeus, e na Sérvia e Montenegro, nobres locais que foram elevados ao status de realeza. A relação bilateral de aproximação da Europa, de distanciamento do Império Otomano, bem como as campanhas e processos de emancipação e manutenção da soberania nacional, ainda que necessariamente com o apoio das potências europeias, em um ambiente de delicada busca pelo equilíbrio internacional de forças e influências entre as potências, é o cenário que se apresenta neste trabalho pela perspectiva das relações entre tais grupos de países [potências europeias e Bálcãs], que se teceram por meio dos matrimônios, uma vez que ambos os grupos gozavam do sistema monárquico. Estes foram tecidos não apenas para garantir a emancipação de tais regiões e, consequentemente, o apoio europeu, mas também a manutenção da soberania destas ao longo do século XIX até a Primeira Grande Guerra Mundial.
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Em cenário de intensa profusão étnica e cultural, profundamente distinta das demais regiões do império, fosse em sua porção asiática ou africana, diante a centralidade do poder das oligarquias muçulmanas sediadas em Constantinopla e após a profusão do ideal nacionalista, inúmeras insurgências, rebeliões e campanhas separatistas começarem a eclodir, não apenas no Império Otomano, mas também neste, sobretudo na porção europeia de seu território, majoritariamente cristã, a chamada região dos Bálcãs, sob seu domínio, em linhas gerais, desde o século XIV. A porção territorial europeia do Império Otomano começou a se emancipar em meio a campanhas nacionalistas de cunho monárquico e republicano, distanciando-se dos turco-otomanos e aproximando-se das grandes potências da Europa no período. Diante o apoio de tais potências, todas monarquias , no processo de emancipação dos Bálcãs, implantaram-se governos também monárquicos na região, sendo empossados na Grécia, Bulgária e Romênia príncipes europeus, e na Sérvia e Montenegro, nobres locais que foram elevados ao status de realeza. A relação bilateral de aproximação da Europa, de distanciamento do Império Otomano, bem como as campanhas e processos de emancipação e manutenção da soberania nacional, ainda que necessariamente com o apoio das potências europeias, em um ambiente de delicada busca pelo equilíbrio internacional de forças e influências entre as potências, é o cenário que se apresenta neste trabalho pela perspectiva das relações entre tais grupos de países [potências europeias e Bálcãs], que se teceram por meio dos matrimônios, uma vez que ambos os grupos gozavam do sistema monárquico. Estes foram tecidos não apenas para garantir a emancipação de tais regiões e, consequentemente, o apoio europeu, mas também a manutenção da soberania destas ao longo do século XIX até a Primeira Grande Guerra Mundial.Throughout the 19th century, the possessions so far of the Ottoman Empire began to emancipate from it, fostering a fragmentation of the Empire, not passively assisted by the European Powers, who alternated in the maintenance and, therefore, its protection, and sometimes encouraging the fragmentation of their territories resulting in emancipation. In such intense profusion of ethnic and cultural scenario, profoundly unlike the other regions of the Empire, whether in their Asian or African portion, toward the centrality of Muslim oligarchy headquartered in Constantinople and after the profusion of Nationalist ideal, countless insurgencies, rebellions and separatist campaign began to emerge, not only in the Ottoman Empire, but also in it, especially in the European portion of its territory, mostly Christian, called region of Balkans, under its domain, all in all, since the 14th century. The European territorial portion of the Ottoman Empire began to emancipate amid nationalist campaigns of monarchic and republican nature, keeping away from the Ottoman-Turkish and getting close to the biggest European Powers in the period. Toward the support from those Powers, all of them monarchies - aside from France in some periods -, in the Balkans emancipation process, it was also deployed monarchic governments in the region, being European princes sworn in Greece, Bulgaria and Romania, and in Serbia and Montenegro, native nobles who were risen to the status of royalty. The bilateral relation of approach of Europe, of detachment from the Ottoman Empire, likewise the campaigns and processes of emancipation and maintenance of national sovereignty, even if unavoidably with the support from the European Powers, in an environment in delicate pursuit of the international balance of forces and influences among the Powers, it is the scenario of this paper by the perspective of the relations among those groups of countries [European Powers and Balkans], that were arranged through the marriages, since both groups enjoyed the monarchic system. Those were arranged not only to ensure the emancipation of those regions and, consequently, the European support, but also the maintenance of those sovereignty throughout the 19th century to the First World War.120 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)BálcãsPotências EuropeiasImpério OtomanoNacionalismosCulturasMatrimônioBalkansEuropean PowersOttoman EmpireNationalismsCulturesMarriageAs Políticas Monárquicas de Relações Familiares nas áreas Otomanas: Bulgária, Grécia, Montenegro, Romênia e Sérvia entre 1830 e 1914The Monarchical Policies of Family Relations in the Ottoman Areas: Bulgaria, Greece, Montenegro, Romania and Serbia between 1830 and 1914info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)História11600/676632023-06-07 09:52:32.461metadata only accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/67663Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-07T12:52:32Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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