Polimorfismo do gene RHD em indivíduos com fenótipo RhD (RH1) negativo e portadores de aloanticorpo anti-D

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martin, Fábio de Oliveira [UNIFESP]
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9941
Resumo: O fenótipo RhD negativo é decorrente da deleção total do gene RHD na quase totalidade dos caucasianos, por volta de 20% dos africanos e em 70% dos asiáticos. Em africanos, o RHDΨ caracterizado por uma inserção de 37 pb no exon 4 é um dos principais responsáveis pelo fenótipo RhD negativo. Em asiáticos, o DEL é uma importante causa de RhD negativo. Nós investigamos os polimorfismos do gene RHD numa amostra populacional miscigenada brasileira. Objetivo: Determinar a frequência de polimorfismos do gene RHD em uma amostra populacional miscigenada caracterizada pelo fenótipo D negativo portadora de aloanticorpo anti-D. Casuística: Foram estudados 130 indivíduos pré-selecionados através de registros imunohematológicos no Hemocentro do Hospital São Paulo- UNIFESP e no Hemocentro da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Métodos: Os polimorfismos foram estudados através da técnica sorológica e da técnica molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) seguido de sequenciamento gênico. Os dados clínicos foram obtidos através de um questionário feito previamente à coleta das amostras. Resultados: Nosso estudo determinou que 118/130 indivíduos (90,76%) apresentavam a deleção total do gene RHD, enquanto 12/130 (9,24%) mostraram polimorfismos do gene RHD. O RHDΨ foi encontrado em 10 (7,70%) indivíduos que apresentavam a inserção de 37 pb entre o final do exon 3 e exon 4 e as mutações 609 G>A, 654 G>C, 667 T>G, 674C>T, 807 T>G. Um indíviduo (0,77%) RHD-CE-Ds /RHDΨ híbrido, e um indíviduo (0,77%) D Fraco tipo 4.2 foram caracterizadas por apresentarem as mutações 186 G>T, 410 C>T, 455 A>C, 1025 T>C / 609 G>A, 654 G >C, 667 T>G, 674C>T, 807 T>G mais a inserção de 37pb e 602 C>G, 667 T>G, 957 G>A, 1025 T>C, respectivamente. Conclusão: Os resultados mostraram que o gene RHD estava presente em 9,24% indivíduos brasileiros miscigenados que produziram aloanticorpo anti-D que geralmente é clinicamente significante. Portanto, este estudo sugere que o uso da genotipagem em populações com alta taxa de miscigenação pode aumentar a segurança na medicina transfusional.
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Objetivo: Determinar a frequência de polimorfismos do gene RHD em uma amostra populacional miscigenada caracterizada pelo fenótipo D negativo portadora de aloanticorpo anti-D. Casuística: Foram estudados 130 indivíduos pré-selecionados através de registros imunohematológicos no Hemocentro do Hospital São Paulo- UNIFESP e no Hemocentro da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Métodos: Os polimorfismos foram estudados através da técnica sorológica e da técnica molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) seguido de sequenciamento gênico. Os dados clínicos foram obtidos através de um questionário feito previamente à coleta das amostras. Resultados: Nosso estudo determinou que 118/130 indivíduos (90,76%) apresentavam a deleção total do gene RHD, enquanto 12/130 (9,24%) mostraram polimorfismos do gene RHD. O RHDΨ foi encontrado em 10 (7,70%) indivíduos que apresentavam a inserção de 37 pb entre o final do exon 3 e exon 4 e as mutações 609 G>A, 654 G>C, 667 T>G, 674C>T, 807 T>G. Um indíviduo (0,77%) RHD-CE-Ds /RHDΨ híbrido, e um indíviduo (0,77%) D Fraco tipo 4.2 foram caracterizadas por apresentarem as mutações 186 G>T, 410 C>T, 455 A>C, 1025 T>C / 609 G>A, 654 G >C, 667 T>G, 674C>T, 807 T>G mais a inserção de 37pb e 602 C>G, 667 T>G, 957 G>A, 1025 T>C, respectivamente. Conclusão: Os resultados mostraram que o gene RHD estava presente em 9,24% indivíduos brasileiros miscigenados que produziram aloanticorpo anti-D que geralmente é clinicamente significante. Portanto, este estudo sugere que o uso da genotipagem em populações com alta taxa de miscigenação pode aumentar a segurança na medicina transfusional.Background- The D-negative phenotype is the result of the total RHD gene deletion in almost all Caucasians, but it accounts for only about 20% in Africans and 70% in Asians. In Africans the RHDΨ that is an insertion of 37bp in exon 4 is one of the most important causes of the D-negative phenotype. We investigated the RHD polymorphisms in D-negative phenotype mixed Brazilians who developed anti-D alloantibody. Study design and Methods: One hundred and thirty individuals RhD negative associated to anti-D alloantibody were studied for polymorphisms by performing PCR and RHD sequencing . Results: We found that 118/130 (90.76%) of D-negative tested individuals had total RHD gene deletion, while 12/130 (9.24%) showed RHD gene polymorphisms. The RHDΨ was found in 10 (7.70%) individuals who had the insertion of 37pb between the end of intron 3 and exon 4 and the mutations 609 G>A, 654 G >C, 667 T>G, 674C>T, 807 T>G. One sample (0.77%) hybrid RHD-CE-Ds /RHDΨ, and another (0.77%) weak D type 4.2 were characterized due to mutations 186 G>T, 410 C>T, 455 A>C, 1025 T>C / 609 G>A, 654 G >C, 667 T>G, 674C>T, 807 T>G + the insertion of 37pb and 602 C>G, 667 T>G, 957 G>A, 1025 T>C, respectively. Conclusion: The results showed that the RHD gene was present in 9.24% of racially mixed Brazilians who produced clinically significant anti-D alloantibodies. Therefore, the data showed that careful attention is necessary for clinicians in applying RhD genotyping to transfusion medicine in populations with high rate of racial admixture.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 05/55237-9TEDEBV UNIFESP: Teses e dissertações101 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)AloimunizaçãoFenótipo RhD (RH1) negativoPolimorfismos gene RHDPolimorfismo genéticoReações antígeno-anticorpo/imunologiaFenótipoPolimorfismo do gene RHD em indivíduos com fenótipo RhD (RH1) negativo e portadores de aloanticorpo anti-DRHD gene polymorphisms in alloimmunized RhD negative individualsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Hematologia - EPMORIGINALTese-12010.pdfTese-12010.pdfapplication/pdf1506101${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9941/1/Tese-12010.pdfc88d8e18df94c61503915c9d8440a976MD51open accessTEXTTese-12010.pdf.txtTese-12010.pdf.txtExtracted texttext/plain129354${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9941/26/Tese-12010.pdf.txt90d0dcc053e1fc92119bc3ba7fadc8deMD526open accessTHUMBNAILTese-12010.pdf.jpgTese-12010.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3836${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9941/28/Tese-12010.pdf.jpg765cb1d55d168052c111a5ae4a537dd9MD528open access11600/99412023-06-03 01:37:58.045open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/9941Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-03T04:37:58Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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