Efeitos do estiramento mecânico na síntese de matriz extracelular de células musculares lisas vasculares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4998313 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50511 |
Resumo: | O estresse mecânico é capaz de alterar o fenótipo e a morfologia celulares, através de um processo chamado mecanotransdução, que é a promoção de respostas celulares decorrentes de estímulos físicos. O músculo liso vascular está sujeito a deformações mecânicas decorrentes da passagem do sangue pelos vasos sanguíneos, modulando processos como proliferação, migração e apoptose celulares. Deformações mecânicas ânormais/patológicas estão envolvidas em doenças cardiovasculares, uma vez que modulam negativamente o fenótipo de células musculares lisas vasculares. No presente trabalho foi realizada uma investigação da expressão de glicosaminoglicanos sulfatados e outras moléculas da matriz extracelular e de superfície celular em células musculares lisas vasculares em cultura submetidas ao estiramento celular, avaliando seus efeitos em condições fisiológicas e patológicas. Foi utilizado o equipamento Flexcell FX- 5000™ que é capaz de promover deformação biaxial controlada resultando em um estiramento mecânico das células musculares, avaliando seus efeitos em 5% de estiramento (condição fisiológica) e 15% de estiramento (condição patológica) por 4 ou 24 horas. Após estes estímulos mecânicos, as células foram submetidas a ensaios como imunofluorescência, PCR quantitativo, análise dos glicosaminoglicanos sulfatados e ensaios de comportamento ..'- celular. A exposição de células musculares lisas vasculares às forças mecânicas influencia no remodelamento da matriz extracelular e nas interações célula-matriz e célula-célula. As células musculares alteram sua morfologia quando submetidas a estiramento, adquirindo um direcionamento e se tornando alongadas, e têm sua viabilidade aumentada após estimulação mecânica, neste trabalho não se verificaram diferenças na migração celular após estiramentos mecânicos. A síntese de glicosaminoglicanos sulfatados também é influenciada pelas forças mecânicas, células musculares lisas submetidas a estiramentos apresentaram maior quantidade de heparam e condroitin sulfato nas frações celular e no meio de cultura. A quantidade de ácido hialurônico na fração celular e no meio de cultura das células estiradas também foi modificada pelo estiramento.As forças mecânicas modulam a expressão de de Sindecam-4, Colágeno tipo 3, Perlecam, Biglicam, Glipicam-1, TGF~1, Conexina 43, Fibronectina e FAK. O estiramento mecânico também levou à redistribuição de Biglicam, Versican e Perlecam na matriz extracelular e de Sindecam-4 na superfície celular. Tais resultados ajudam a compreender melhor como a hemostasia vascular e as moléculas de matriz extracelular e proteoglicanos são afetados pelas forças mecânicas, e como estas moléculas se comportam em doenças cardiovasculares. |
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Efeitos do estiramento mecânico na síntese de matriz extracelular de células musculares lisas vascularesEffects of cyclic stretch on vascular smooth muscle cells extracellular matrix synthesisMechanotransduction, cellularMuscles of smooth muscleProteoglycansExtracellular matrixMecanotransdução celularMiócitos de músculo lisoProteoglicanasMatriz extracelularO estresse mecânico é capaz de alterar o fenótipo e a morfologia celulares, através de um processo chamado mecanotransdução, que é a promoção de respostas celulares decorrentes de estímulos físicos. O músculo liso vascular está sujeito a deformações mecânicas decorrentes da passagem do sangue pelos vasos sanguíneos, modulando processos como proliferação, migração e apoptose celulares. Deformações mecânicas ânormais/patológicas estão envolvidas em doenças cardiovasculares, uma vez que modulam negativamente o fenótipo de células musculares lisas vasculares. No presente trabalho foi realizada uma investigação da expressão de glicosaminoglicanos sulfatados e outras moléculas da matriz extracelular e de superfície celular em células musculares lisas vasculares em cultura submetidas ao estiramento celular, avaliando seus efeitos em condições fisiológicas e patológicas. Foi utilizado o equipamento Flexcell FX- 5000™ que é capaz de promover deformação biaxial controlada resultando em um estiramento mecânico das células musculares, avaliando seus efeitos em 5% de estiramento (condição fisiológica) e 15% de estiramento (condição patológica) por 4 ou 24 horas. Após estes estímulos mecânicos, as células foram submetidas a ensaios como imunofluorescência, PCR quantitativo, análise dos glicosaminoglicanos sulfatados e ensaios de comportamento ..'- celular. A exposição de células musculares lisas vasculares às forças mecânicas influencia no remodelamento da matriz extracelular e nas interações célula-matriz e célula-célula. As células musculares alteram sua morfologia quando submetidas a estiramento, adquirindo um direcionamento e se tornando alongadas, e têm sua viabilidade aumentada após estimulação mecânica, neste trabalho não se verificaram diferenças na migração celular após estiramentos mecânicos. A síntese de glicosaminoglicanos sulfatados também é influenciada pelas forças mecânicas, células musculares lisas submetidas a estiramentos apresentaram maior quantidade de heparam e condroitin sulfato nas frações celular e no meio de cultura. A quantidade de ácido hialurônico na fração celular e no meio de cultura das células estiradas também foi modificada pelo estiramento.As forças mecânicas modulam a expressão de de Sindecam-4, Colágeno tipo 3, Perlecam, Biglicam, Glipicam-1, TGF~1, Conexina 43, Fibronectina e FAK. O estiramento mecânico também levou à redistribuição de Biglicam, Versican e Perlecam na matriz extracelular e de Sindecam-4 na superfície celular. Tais resultados ajudam a compreender melhor como a hemostasia vascular e as moléculas de matriz extracelular e proteoglicanos são afetados pelas forças mecânicas, e como estas moléculas se comportam em doenças cardiovasculares.Mechanical stress is known to change cell phenotype and morphology, by a process known as mechanotransduction, which consists in the generation of intracelular signalling due to mechanical forces. Vascular smooth muscle is subjected to mechanical deformation due to blood flow in the vessels; this deformation modelates processes such as cell proliferation, migration and apoptosis. Abnormal/pathological are involved in cardiovascular diseases, once it modulates vascular smooth muscle cell phenotype. In this study, we investigated de expression of sulfated glycosaminoglycans and other extracelular matrix proteins in vascular smooth muscle cells submitted to cyclic strain in order to investigate ir s effects in normal and pathological conditions. It was used Flexcell FX-5000 TM, which promotes biaxial deformation on cells, we applied 5% or 15% stretch during 4 or 24 hours. After mechanical stimulation, were performed immunofluorescence, q-PCR, quantification of GAGs synthesis, cell migration assay and cell viability assay. Vsmcs exposure to mechanical stretch promoted extracellular matrix remodeling and changes in cell-ECM / cellcell interactions. Muscle cells alter their morphology when they undergo stretching, becoming oriented and becoming elongated, and have their viability increased after mechanical .stimulation, in this work there were no differences in cell migration after mechanical stretching. The synthesis of sulfated glycosaminoglycans is also influenced by mechanical forces, smooth muscle cells subjected to stretching presented greater amounts of heparan and chondroitin sulfate in the cell fractions and in the culture medium. The amount of hyaluronic acid in the cell fraction and in the culture medium of the stretched cells was also modified by stretching. Mechanical forces modulate the expression of Sindecam-4, Collagen type 3, Perlecam, Biglicam, Glipicam-1, TGF!31, Connexin 43, Fibronectin and FAK. Mechanical stretching also led to the redistribution of Biglicam, Versican and Perlecam in the extracellular matrix and of Sindecam-4 on the cell surface. Such results help to better understand how vascular hemostasis and extracellular matrix and proteoglycan molecules are affected by mechanical forces, and how these molecules behave in cardiovascular diseases.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Dreyfuss, Juliana Luporini [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/2390066977030420http://lattes.cnpq.br/4589516020973403Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Ferreira, Mariana Machado Leiva [UNIFESP]2019-06-19T14:58:01Z2019-06-19T14:58:01Z2017-03-31info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion105 p.application/pdfhttps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4998313http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50511porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-02T18:01:07Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/50511Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-02T18:01:07Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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