Microemulsões como veículo de drogas para administração ocular tópica
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1723 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492003000300025 |
Resumo: | As formas farmacêuticas oftálmicas convencionais são relativamente simples: drogas solúveis em água são formuladas em solução aquosa e drogas pouco solúveis em suspensão ou pomada. Entretanto, essas formulações apresentam como inconvenientes baixa biodisponibilidade corneal, absorção sistêmica devida à drenagem nasolacrimal e reduzida eficácia no segmento posterior do olho. Assim, o desenvolvimento de novos sistemas de liberação de drogas de administração oftálmica tem sido um dos principais temas de pesquisa em tecnologia farmacêutica nos últimos anos. Entre as alternativas avaliadas, destacam-se principalmente as microemulsões. Estas formas farmacêuticas que são dispersões de água e óleo, estabilizadas por um emulsionante e por um co-emulsionante, transparentes, termodinamicamente estáveis, apresentam partículas de tamanho menor que 1,0 mm e, portanto, passíveis de serem esterilizadas por filtração. Além disso, as microemulsões apresentam baixa viscosidade, possuem grande capacidade para o transporte de drogas, demonstram comprovada propriedade promotora de absorção para as drogas veiculadas e são facilmente obtidas, sem a necessidade de utilização de equipamentos sofisticados e de componentes de custo proibitivo. O presente artigo objetiva revisão de literatura abordando o tema e os principais estudos relacionados com a utilização de microemulsões como sistemas de liberação de drogas oftálmicas. |
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Cunha Júnior, Armando Da SilvaFialho, Sílvia LigórioCarneiro, Luciana Barbosa [UNIFESP]Oréfice, FernandoUniversidade Federal de Minas Gerais Faculdade de FarmáciaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de Minas Gerais Hospital das Clínicas Serviço de UveítesUniversidade Federal de Minas Gerais2015-06-14T13:30:01Z2015-06-14T13:30:01Z2003-06-01Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 66, n. 3, p. 385-391, 2003.0004-2749http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1723http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492003000300025S0004-27492003000300025.pdfS0004-2749200300030002510.1590/S0004-27492003000300025As formas farmacêuticas oftálmicas convencionais são relativamente simples: drogas solúveis em água são formuladas em solução aquosa e drogas pouco solúveis em suspensão ou pomada. Entretanto, essas formulações apresentam como inconvenientes baixa biodisponibilidade corneal, absorção sistêmica devida à drenagem nasolacrimal e reduzida eficácia no segmento posterior do olho. Assim, o desenvolvimento de novos sistemas de liberação de drogas de administração oftálmica tem sido um dos principais temas de pesquisa em tecnologia farmacêutica nos últimos anos. Entre as alternativas avaliadas, destacam-se principalmente as microemulsões. Estas formas farmacêuticas que são dispersões de água e óleo, estabilizadas por um emulsionante e por um co-emulsionante, transparentes, termodinamicamente estáveis, apresentam partículas de tamanho menor que 1,0 mm e, portanto, passíveis de serem esterilizadas por filtração. Além disso, as microemulsões apresentam baixa viscosidade, possuem grande capacidade para o transporte de drogas, demonstram comprovada propriedade promotora de absorção para as drogas veiculadas e são facilmente obtidas, sem a necessidade de utilização de equipamentos sofisticados e de componentes de custo proibitivo. O presente artigo objetiva revisão de literatura abordando o tema e os principais estudos relacionados com a utilização de microemulsões como sistemas de liberação de drogas oftálmicas.The conventional ophthalmic dosage forms are relatively simple: usually, water-soluble drugs are delivered in aqueous solution and water-insoluble drugs are prepared as suspensions or ointments. However, these delivery systems currently used present very low corneal bioavailability, systemic exposure because of nasolacrimal drainage and lack of efficiency in the posterior segment of ocular tissue. Recent research efforts have focused on the development of new ophthalmic drug delivery systems. As a result of these efforts, microemulsions are promising dosage forms for ocular use. These delivery systems are dispersions of water and oil that require surfactant and co-surfactant agents in order to stabilize the interfacial area. The microemulsions have a transparent appearance, thermodynamic stability and small droplet size of the dispersed fase (<1,0 mm), providing them with the capacity of being sterilized by filtration. Furthermore, these systems offer additional advantages that include: low viscosity, great ability as drug delivery vehicles, widened properties as absorption promoters and easiness of preparation, which do not require much energy and the use of special equipments. In this review, we present the technology and some preliminary studies of microemulsions in relation to ocular drug delivery systems.Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de FarmáciaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de Minas Gerais Hospital das Clínicas Serviço de UveítesUniversidade Federal de Minas GeraisUNIFESP, EPM, São PauloSciELO385-391porConselho Brasileiro de OftalmologiaArquivos Brasileiros de OftalmologiaAdministração tópicaAbsorçãoComposição de medicamentosTecnologia farmacêuticaSoluções oftálmicasDisponibilidade biológicaEmulsõesFármaco-cinéticaSolubilidadeSistemas de liberação de medicamentosCórneaTopical administrationAbsorptionDrug compoundingPharmaceutical technologyOphthalmic solutionsBiological availabilityEmulsionsPharmacokineticsSolubilityDrug delivery systemsCorneaMicroemulsões como veículo de drogas para administração ocular tópicaMicroemulsions as drug delivery systems for topical ocular administrationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0004-27492003000300025.pdfapplication/pdf173975${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1723/1/S0004-27492003000300025.pdfe79962a39d0d68839b20d3409aa61184MD51open accessTEXTS0004-27492003000300025.pdf.txtS0004-27492003000300025.pdf.txtExtracted texttext/plain35312${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1723/2/S0004-27492003000300025.pdf.txt186c709c17f381e980f35585674ec81aMD52open access11600/17232022-09-27 11:31:13.266open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/1723Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-09-27T14:31:13Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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