Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Fernando Antonio De
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Konigsfeld, Henrique Pinheiro, Machado, Lígia Maria De Oliveira, Canadas, Andréa Farias, Issa, Evelyn Yuri Okumura, Giordano, Roberto Hernandes, Cadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451
http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005
Resumo: INTRODUÇÃO: Anteriormente, a alta prevalência de hipertensão arterial em alunos do Ensino Médio de Sorocaba, em São Paulo, foi descrita. Neste estudo, em nova amostra de alunos da mesma faixa etária, oriundos de escolas públicas e privadas, foi avaliado se as diferenças socioeconômicas e o modo de vida podem influenciar os valores da pressão arterial. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, inserido entre as atividades de um trabalho comunitário, em que estudantes de Medicina fazem palestras para alunos do Ensino Médio, objetivando estimular hábitos de vida saudáveis e a prevenção primária da hipertensão arterial. Em amostra aleatória de 410 alunos do segundo ano do Ensino Médio (209 de escolas públicas e 201 de escolas privadas), foram determinados o peso, a altura e a pressão arterial, e foi aplicado um questionário epidemiológico e socioeconômico. RESULTADOS: Não há diferenças estatísticas entre os alunos das escolas públicas e privadas quanto à distribuição de sexo, ao índice de massa corporal (IMC), à pressão arterial sistólica e diastólica, à prevalência de hipertensão arterial (16,3%), à porcentagem de fumantes (5,9%), à atividade física regular e aos antecedentes familiares de hipertensão arterial. Nas escolas públicas há maior porcentagem de afro-descendentes, os alunos trabalham fora de casa com maior frequência e têm menor renda familiar. Nas escolas públicas e privadas, os homens têm maior prevalência de hipertensão arterial e a média da pressão arterial é maior que nas mulheres. O IMC tem correlação positiva com a pressão arterial sistólica e diastólica. CONCLUSÕES: A hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovasculares têm início precoce e necessitam de intervenções educativas para a prevenção primária. Fatores socioeconômicos não influenciam a pressão arterial na adolescência.
id UFSP_9a86f971345f1291058c5ee0bb3ee690
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/6451
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Almeida, Fernando Antonio DeKonigsfeld, Henrique PinheiroMachado, Lígia Maria De OliveiraCanadas, Andréa FariasIssa, Evelyn Yuri OkumuraGiordano, Roberto HernandesCadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP]Cornell University Medical CollegePontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas e da SaúdeUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:43:04Z2015-06-14T13:43:04Z2011-06-01Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 33, n. 2, p. 142-149, 2011.0101-2800http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005S0101-28002011000200005.pdfS0101-2800201100020000510.1590/S0101-28002011000200005INTRODUÇÃO: Anteriormente, a alta prevalência de hipertensão arterial em alunos do Ensino Médio de Sorocaba, em São Paulo, foi descrita. Neste estudo, em nova amostra de alunos da mesma faixa etária, oriundos de escolas públicas e privadas, foi avaliado se as diferenças socioeconômicas e o modo de vida podem influenciar os valores da pressão arterial. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, inserido entre as atividades de um trabalho comunitário, em que estudantes de Medicina fazem palestras para alunos do Ensino Médio, objetivando estimular hábitos de vida saudáveis e a prevenção primária da hipertensão arterial. Em amostra aleatória de 410 alunos do segundo ano do Ensino Médio (209 de escolas públicas e 201 de escolas privadas), foram determinados o peso, a altura e a pressão arterial, e foi aplicado um questionário epidemiológico e socioeconômico. RESULTADOS: Não há diferenças estatísticas entre os alunos das escolas públicas e privadas quanto à distribuição de sexo, ao índice de massa corporal (IMC), à pressão arterial sistólica e diastólica, à prevalência de hipertensão arterial (16,3%), à porcentagem de fumantes (5,9%), à atividade física regular e aos antecedentes familiares de hipertensão arterial. Nas escolas públicas há maior porcentagem de afro-descendentes, os alunos trabalham fora de casa com maior frequência e têm menor renda familiar. Nas escolas públicas e privadas, os homens têm maior prevalência de hipertensão arterial e a média da pressão arterial é maior que nas mulheres. O IMC tem correlação positiva com a pressão arterial sistólica e diastólica. CONCLUSÕES: A hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovasculares têm início precoce e necessitam de intervenções educativas para a prevenção primária. Fatores socioeconômicos não influenciam a pressão arterial na adolescência.INTRODUCTION: The high prevalence of hypertension in high school students in Sorocaba, São Paulo, Brazil, has already been described. In this study, within a new sample of high school students from public and private schools, we evaluated if socioeconomic and lifestyle influence on blood pressure values. METHODS: This is an epidemiological study, which is part of the activities of a community-based work conducted by medical students. They give speeches to high school students aiming at stimulating a healthy lifestyle and primary prevention of hypertension. In a random sample of 410 students in junior high school (209 from public schools and 201 from private schools), we determined the weight, height, and blood pressure, furthermore, a questionnaire identifying epidemiological and socioeconomic status was applied. RESULTS: No statistical differences were found among students from public and private schools regarding the distribution of gender, body mass index (BMI), systolic and diastolic blood pressure, prevalence of hypertension (16.3%), percentage of smokers (5.9%), regular physical activity, and family history of hypertension. In public schools, there is a higher percentage of African descendents students and a higher percentage of students who also work due to low family income. Men from public and private schools have higher prevalence of hypertension, and their mean blood pressure is higher than in women. BMI has a positive correlation with systolic and diastolic blood pressure. CONCLUSIONS: Hypertension and other cardiovascular risk factors have an early beginning and require educational interventions for primary prevention. Socioeconomic factors do not affect blood pressure in adolescence.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Cornell University Medical CollegePontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas e da SaúdeUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)UNIFESPSciELO142-149porSociedade Brasileira de NefrologiaJornal Brasileiro de Nefrologiaadolescentepressão arterialhipertensãotabagismosobrepesoadolescentblood pressurehypertensionsmokingoverweightAvaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológicoAssessment of social and economic influences on blood pressure of adolescents in public and private schools: an epidemiological studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0101-28002011000200005.pdfapplication/pdf538577${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/1/S0101-28002011000200005.pdfed3eeb084ecc74415dea6b7b6406afd6MD51open accessTEXTS0101-28002011000200005.pdf.txtS0101-28002011000200005.pdf.txtExtracted texttext/plain35451${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/2/S0101-28002011000200005.pdf.txt0f8791d4d3b99fff8c1c3450eab59bd7MD52open access11600/64512022-02-18 10:14:09.941open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/6451Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:07:46.473703Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Assessment of social and economic influences on blood pressure of adolescents in public and private schools: an epidemiological study
title Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
spellingShingle Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
Almeida, Fernando Antonio De
adolescente
pressão arterial
hipertensão
tabagismo
sobrepeso
adolescent
blood pressure
hypertension
smoking
overweight
title_short Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
title_full Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
title_fullStr Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
title_full_unstemmed Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
title_sort Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
author Almeida, Fernando Antonio De
author_facet Almeida, Fernando Antonio De
Konigsfeld, Henrique Pinheiro
Machado, Lígia Maria De Oliveira
Canadas, Andréa Farias
Issa, Evelyn Yuri Okumura
Giordano, Roberto Hernandes
Cadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP]
author_role author
author2 Konigsfeld, Henrique Pinheiro
Machado, Lígia Maria De Oliveira
Canadas, Andréa Farias
Issa, Evelyn Yuri Okumura
Giordano, Roberto Hernandes
Cadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP]
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Cornell University Medical College
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Fernando Antonio De
Konigsfeld, Henrique Pinheiro
Machado, Lígia Maria De Oliveira
Canadas, Andréa Farias
Issa, Evelyn Yuri Okumura
Giordano, Roberto Hernandes
Cadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv adolescente
pressão arterial
hipertensão
tabagismo
sobrepeso
topic adolescente
pressão arterial
hipertensão
tabagismo
sobrepeso
adolescent
blood pressure
hypertension
smoking
overweight
dc.subject.eng.fl_str_mv adolescent
blood pressure
hypertension
smoking
overweight
description INTRODUÇÃO: Anteriormente, a alta prevalência de hipertensão arterial em alunos do Ensino Médio de Sorocaba, em São Paulo, foi descrita. Neste estudo, em nova amostra de alunos da mesma faixa etária, oriundos de escolas públicas e privadas, foi avaliado se as diferenças socioeconômicas e o modo de vida podem influenciar os valores da pressão arterial. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, inserido entre as atividades de um trabalho comunitário, em que estudantes de Medicina fazem palestras para alunos do Ensino Médio, objetivando estimular hábitos de vida saudáveis e a prevenção primária da hipertensão arterial. Em amostra aleatória de 410 alunos do segundo ano do Ensino Médio (209 de escolas públicas e 201 de escolas privadas), foram determinados o peso, a altura e a pressão arterial, e foi aplicado um questionário epidemiológico e socioeconômico. RESULTADOS: Não há diferenças estatísticas entre os alunos das escolas públicas e privadas quanto à distribuição de sexo, ao índice de massa corporal (IMC), à pressão arterial sistólica e diastólica, à prevalência de hipertensão arterial (16,3%), à porcentagem de fumantes (5,9%), à atividade física regular e aos antecedentes familiares de hipertensão arterial. Nas escolas públicas há maior porcentagem de afro-descendentes, os alunos trabalham fora de casa com maior frequência e têm menor renda familiar. Nas escolas públicas e privadas, os homens têm maior prevalência de hipertensão arterial e a média da pressão arterial é maior que nas mulheres. O IMC tem correlação positiva com a pressão arterial sistólica e diastólica. CONCLUSÕES: A hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovasculares têm início precoce e necessitam de intervenções educativas para a prevenção primária. Fatores socioeconômicos não influenciam a pressão arterial na adolescência.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-06-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:43:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:43:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 33, n. 2, p. 142-149, 2011.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451
http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0101-2800
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0101-28002011000200005.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0101-28002011000200005
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0101-28002011000200005
identifier_str_mv Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 33, n. 2, p. 142-149, 2011.
0101-2800
S0101-28002011000200005.pdf
S0101-28002011000200005
10.1590/S0101-28002011000200005
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451
http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Jornal Brasileiro de Nefrologia
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 142-149
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Nefrologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Nefrologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/1/S0101-28002011000200005.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/2/S0101-28002011000200005.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ed3eeb084ecc74415dea6b7b6406afd6
0f8791d4d3b99fff8c1c3450eab59bd7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460253116923904