Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451 http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Anteriormente, a alta prevalência de hipertensão arterial em alunos do Ensino Médio de Sorocaba, em São Paulo, foi descrita. Neste estudo, em nova amostra de alunos da mesma faixa etária, oriundos de escolas públicas e privadas, foi avaliado se as diferenças socioeconômicas e o modo de vida podem influenciar os valores da pressão arterial. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, inserido entre as atividades de um trabalho comunitário, em que estudantes de Medicina fazem palestras para alunos do Ensino Médio, objetivando estimular hábitos de vida saudáveis e a prevenção primária da hipertensão arterial. Em amostra aleatória de 410 alunos do segundo ano do Ensino Médio (209 de escolas públicas e 201 de escolas privadas), foram determinados o peso, a altura e a pressão arterial, e foi aplicado um questionário epidemiológico e socioeconômico. RESULTADOS: Não há diferenças estatísticas entre os alunos das escolas públicas e privadas quanto à distribuição de sexo, ao índice de massa corporal (IMC), à pressão arterial sistólica e diastólica, à prevalência de hipertensão arterial (16,3%), à porcentagem de fumantes (5,9%), à atividade física regular e aos antecedentes familiares de hipertensão arterial. Nas escolas públicas há maior porcentagem de afro-descendentes, os alunos trabalham fora de casa com maior frequência e têm menor renda familiar. Nas escolas públicas e privadas, os homens têm maior prevalência de hipertensão arterial e a média da pressão arterial é maior que nas mulheres. O IMC tem correlação positiva com a pressão arterial sistólica e diastólica. CONCLUSÕES: A hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovasculares têm início precoce e necessitam de intervenções educativas para a prevenção primária. Fatores socioeconômicos não influenciam a pressão arterial na adolescência. |
id |
UFSP_9a86f971345f1291058c5ee0bb3ee690 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/6451 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Almeida, Fernando Antonio DeKonigsfeld, Henrique PinheiroMachado, Lígia Maria De OliveiraCanadas, Andréa FariasIssa, Evelyn Yuri OkumuraGiordano, Roberto HernandesCadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP]Cornell University Medical CollegePontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas e da SaúdeUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:43:04Z2015-06-14T13:43:04Z2011-06-01Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 33, n. 2, p. 142-149, 2011.0101-2800http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005S0101-28002011000200005.pdfS0101-2800201100020000510.1590/S0101-28002011000200005INTRODUÇÃO: Anteriormente, a alta prevalência de hipertensão arterial em alunos do Ensino Médio de Sorocaba, em São Paulo, foi descrita. Neste estudo, em nova amostra de alunos da mesma faixa etária, oriundos de escolas públicas e privadas, foi avaliado se as diferenças socioeconômicas e o modo de vida podem influenciar os valores da pressão arterial. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, inserido entre as atividades de um trabalho comunitário, em que estudantes de Medicina fazem palestras para alunos do Ensino Médio, objetivando estimular hábitos de vida saudáveis e a prevenção primária da hipertensão arterial. Em amostra aleatória de 410 alunos do segundo ano do Ensino Médio (209 de escolas públicas e 201 de escolas privadas), foram determinados o peso, a altura e a pressão arterial, e foi aplicado um questionário epidemiológico e socioeconômico. RESULTADOS: Não há diferenças estatísticas entre os alunos das escolas públicas e privadas quanto à distribuição de sexo, ao índice de massa corporal (IMC), à pressão arterial sistólica e diastólica, à prevalência de hipertensão arterial (16,3%), à porcentagem de fumantes (5,9%), à atividade física regular e aos antecedentes familiares de hipertensão arterial. Nas escolas públicas há maior porcentagem de afro-descendentes, os alunos trabalham fora de casa com maior frequência e têm menor renda familiar. Nas escolas públicas e privadas, os homens têm maior prevalência de hipertensão arterial e a média da pressão arterial é maior que nas mulheres. O IMC tem correlação positiva com a pressão arterial sistólica e diastólica. CONCLUSÕES: A hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovasculares têm início precoce e necessitam de intervenções educativas para a prevenção primária. Fatores socioeconômicos não influenciam a pressão arterial na adolescência.INTRODUCTION: The high prevalence of hypertension in high school students in Sorocaba, São Paulo, Brazil, has already been described. In this study, within a new sample of high school students from public and private schools, we evaluated if socioeconomic and lifestyle influence on blood pressure values. METHODS: This is an epidemiological study, which is part of the activities of a community-based work conducted by medical students. They give speeches to high school students aiming at stimulating a healthy lifestyle and primary prevention of hypertension. In a random sample of 410 students in junior high school (209 from public schools and 201 from private schools), we determined the weight, height, and blood pressure, furthermore, a questionnaire identifying epidemiological and socioeconomic status was applied. RESULTS: No statistical differences were found among students from public and private schools regarding the distribution of gender, body mass index (BMI), systolic and diastolic blood pressure, prevalence of hypertension (16.3%), percentage of smokers (5.9%), regular physical activity, and family history of hypertension. In public schools, there is a higher percentage of African descendents students and a higher percentage of students who also work due to low family income. Men from public and private schools have higher prevalence of hypertension, and their mean blood pressure is higher than in women. BMI has a positive correlation with systolic and diastolic blood pressure. CONCLUSIONS: Hypertension and other cardiovascular risk factors have an early beginning and require educational interventions for primary prevention. Socioeconomic factors do not affect blood pressure in adolescence.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Cornell University Medical CollegePontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas e da SaúdeUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)UNIFESPSciELO142-149porSociedade Brasileira de NefrologiaJornal Brasileiro de Nefrologiaadolescentepressão arterialhipertensãotabagismosobrepesoadolescentblood pressurehypertensionsmokingoverweightAvaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológicoAssessment of social and economic influences on blood pressure of adolescents in public and private schools: an epidemiological studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0101-28002011000200005.pdfapplication/pdf538577${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/1/S0101-28002011000200005.pdfed3eeb084ecc74415dea6b7b6406afd6MD51open accessTEXTS0101-28002011000200005.pdf.txtS0101-28002011000200005.pdf.txtExtracted texttext/plain35451${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/2/S0101-28002011000200005.pdf.txt0f8791d4d3b99fff8c1c3450eab59bd7MD52open access11600/64512022-02-18 10:14:09.941open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/6451Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:07:46.473703Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Assessment of social and economic influences on blood pressure of adolescents in public and private schools: an epidemiological study |
title |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico |
spellingShingle |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico Almeida, Fernando Antonio De adolescente pressão arterial hipertensão tabagismo sobrepeso adolescent blood pressure hypertension smoking overweight |
title_short |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico |
title_full |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico |
title_fullStr |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico |
title_full_unstemmed |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico |
title_sort |
Avaliação de influências sociais e econômicas sobre a pressão arterial de adolescentes de escolas públicas e privadas: um estudo epidemiológico |
author |
Almeida, Fernando Antonio De |
author_facet |
Almeida, Fernando Antonio De Konigsfeld, Henrique Pinheiro Machado, Lígia Maria De Oliveira Canadas, Andréa Farias Issa, Evelyn Yuri Okumura Giordano, Roberto Hernandes Cadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Konigsfeld, Henrique Pinheiro Machado, Lígia Maria De Oliveira Canadas, Andréa Farias Issa, Evelyn Yuri Okumura Giordano, Roberto Hernandes Cadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP] |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Cornell University Medical College Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Almeida, Fernando Antonio De Konigsfeld, Henrique Pinheiro Machado, Lígia Maria De Oliveira Canadas, Andréa Farias Issa, Evelyn Yuri Okumura Giordano, Roberto Hernandes Cadaval, Ricardo Augusto De Miranda [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
adolescente pressão arterial hipertensão tabagismo sobrepeso |
topic |
adolescente pressão arterial hipertensão tabagismo sobrepeso adolescent blood pressure hypertension smoking overweight |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
adolescent blood pressure hypertension smoking overweight |
description |
INTRODUÇÃO: Anteriormente, a alta prevalência de hipertensão arterial em alunos do Ensino Médio de Sorocaba, em São Paulo, foi descrita. Neste estudo, em nova amostra de alunos da mesma faixa etária, oriundos de escolas públicas e privadas, foi avaliado se as diferenças socioeconômicas e o modo de vida podem influenciar os valores da pressão arterial. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, inserido entre as atividades de um trabalho comunitário, em que estudantes de Medicina fazem palestras para alunos do Ensino Médio, objetivando estimular hábitos de vida saudáveis e a prevenção primária da hipertensão arterial. Em amostra aleatória de 410 alunos do segundo ano do Ensino Médio (209 de escolas públicas e 201 de escolas privadas), foram determinados o peso, a altura e a pressão arterial, e foi aplicado um questionário epidemiológico e socioeconômico. RESULTADOS: Não há diferenças estatísticas entre os alunos das escolas públicas e privadas quanto à distribuição de sexo, ao índice de massa corporal (IMC), à pressão arterial sistólica e diastólica, à prevalência de hipertensão arterial (16,3%), à porcentagem de fumantes (5,9%), à atividade física regular e aos antecedentes familiares de hipertensão arterial. Nas escolas públicas há maior porcentagem de afro-descendentes, os alunos trabalham fora de casa com maior frequência e têm menor renda familiar. Nas escolas públicas e privadas, os homens têm maior prevalência de hipertensão arterial e a média da pressão arterial é maior que nas mulheres. O IMC tem correlação positiva com a pressão arterial sistólica e diastólica. CONCLUSÕES: A hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovasculares têm início precoce e necessitam de intervenções educativas para a prevenção primária. Fatores socioeconômicos não influenciam a pressão arterial na adolescência. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011-06-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:43:04Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:43:04Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 33, n. 2, p. 142-149, 2011. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451 http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0101-2800 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S0101-28002011000200005.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S0101-28002011000200005 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0101-28002011000200005 |
identifier_str_mv |
Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 33, n. 2, p. 142-149, 2011. 0101-2800 S0101-28002011000200005.pdf S0101-28002011000200005 10.1590/S0101-28002011000200005 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6451 http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000200005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Jornal Brasileiro de Nefrologia |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
142-149 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Nefrologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Nefrologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/1/S0101-28002011000200005.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6451/2/S0101-28002011000200005.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
ed3eeb084ecc74415dea6b7b6406afd6 0f8791d4d3b99fff8c1c3450eab59bd7 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1783460253116923904 |