Avaliação da função ventricular pelo strain sistólico por ecocardiograma bidimensional na amiloidose hereditária transtirretina em indivíduos sem sintomas cardíacos.
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67423 |
Resumo: | Introdução: A amiloidose transtirretina variante (ATTRv) é uma doença rara, de causa genética, que pode causar cardiomiopatia infiltrativa e restritiva potencialmente fatal. O gene transtirretina (TTR) está localizado no locus génico 18q12.1 com herança autossômica dominante e penetrância variável. A disponibilidade de testes genéticos permitiu identificar uma população de portadores sem manifestação de amiloidose cardíaca (AC). A ecocardiografia bidimensional com speckle tracking (2D-STE) tem sido a base do rastreamento e vigilância de diversas doenças cardíacas subclínicas. Entretanto, não há relatos da 2D-STE para a análise cardíaca em indivíduos com testes genéticos positivos sem evidências clínicas de AC. Objetivos: Avaliar se indivíduos com história familiar de amiloidose ATTRv associada a estudo genético positivo para variante TTR e sem sintomas e sinais ao exame físico de acometimento cardíaco, com FEVE preservada, podem apresentar alterações ecocardiográficas e da deformação miocárdica; e quais as variáveis clínicas e ecocardiográficas podem predizer o diagnóstico genético de amiloidose ATTRv. Métodos: Foram incluídos indivíduos com genótipo transtirretina positivo (grupo EG+) sem sintomas cardiovasculares, e pareados com indivíduos sem suspeita de amiloidose (grupo controle). Todos os indivíduos foram submetidos a um ecocardiograma completo, que incluiu análise bidimensional com medidas das cavidades, parâmetros de função sistólica e diastólica, além dos parâmetros 2D-STE. Os dados são relatados com médias e desvios-padrão (± DP) ou mediana com intervalo interquartil [IQR]. Foram utilizados testes paramétricos e não paramétricos; significantes se p<0,05. A fim de identificar variáveis que pudessem estar associadas a indivíduos com genótipo TTR positivo, foi proposta uma análise de regressão logística múltipla e da curva ROC. Resultados: Foram estudados 31 indivíduos EG+ e 34 controles, com idade média 39 anos (16; 74). As características dos parâmetros demográficos e ecocardiográficos foram semelhantes entre os grupos. Não houve diferença significativa nas dimensões internas das cavidades cardíacas e da fração de ejeção entre os grupos. Em comparação com os controles, a espessura da parede do ventrículo esquerdo e o índice de massa foram maiores no grupo EG+ (p<0,001). A relação E/e' média foi maior no grupo EG+ (7 ± 3 versus 6 ± 1; p<0,001). O strain circunferencial e o longitudinal global do VE foram significativamente menores no grupo EG+ (21 ± 4% versus 28 ± 4%; 19 ± 3% versus 25 ± 2%, respectivamente, p<0,001 para todos). O strain do VE nas regiões basal (17 ± 3% versus 22 ± 3%), média (18 ± 3% versus 24 ± 3%) e apical (23 ± 4% versus 27 ± 4%) no grupo EG+ foi menor quando comparado ao controle (p<0,001 para todos). O strain global longitudinal do VD também foi menor no grupo EG+ (18 ± 4% versus 25 ± 5%; p<0,005). Os preditores de teste genético positivo foram strain longitudinal global do VE menor ou igual a 21,5% (razão de chances ajustada [IC 95%], 2,46 [1,30 - 4,62]; p = 0,005) e E/e' médio maior ou igual a 6,5 (razão de chances ajustada [IC 95%], 2,04; [1,09 - 3,91]; p = 0,025). Conclusão: O strain sistólico global longitudinal de ambos os ventrículos e o strain sistólico global circunferencial do VE em indivíduos com história familiar positiva para amiloidose ATTRv, estudo genético positivo para amiloidose ATTRv, sem sintomas e sinais ao exame físico de acometimento cardíaco e com FEVE preservada, foram inferiores aos do grupo controle. Dentre as variáveis clínicas e ecocardiográficas avaliadas, o strain global longitudinal do VE e a relação E/e’ média foram preditores independentes de teste genético positivo para amiloidose ATTRv. |
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Avaliação da função ventricular pelo strain sistólico por ecocardiograma bidimensional na amiloidose hereditária transtirretina em indivíduos sem sintomas cardíacos.Evaluation of ventricular function by systolic strain by two-dimensional echocardiography in hereditary transthyretin amyloidosis in individuals without cardiac symptoms.Amiloidose cardíaca transtirretinaStrainEcocardiografiaDoenças neuromuscularesCardiomiopatiasNeuropatias amiloides familiaresTTRTransthyretin cardiac amyloidosisEchocardiographyNeuromuscular diseasesCardiomyopathiesFamilial amyloid neuropathiesIntrodução: A amiloidose transtirretina variante (ATTRv) é uma doença rara, de causa genética, que pode causar cardiomiopatia infiltrativa e restritiva potencialmente fatal. O gene transtirretina (TTR) está localizado no locus génico 18q12.1 com herança autossômica dominante e penetrância variável. A disponibilidade de testes genéticos permitiu identificar uma população de portadores sem manifestação de amiloidose cardíaca (AC). A ecocardiografia bidimensional com speckle tracking (2D-STE) tem sido a base do rastreamento e vigilância de diversas doenças cardíacas subclínicas. Entretanto, não há relatos da 2D-STE para a análise cardíaca em indivíduos com testes genéticos positivos sem evidências clínicas de AC. Objetivos: Avaliar se indivíduos com história familiar de amiloidose ATTRv associada a estudo genético positivo para variante TTR e sem sintomas e sinais ao exame físico de acometimento cardíaco, com FEVE preservada, podem apresentar alterações ecocardiográficas e da deformação miocárdica; e quais as variáveis clínicas e ecocardiográficas podem predizer o diagnóstico genético de amiloidose ATTRv. Métodos: Foram incluídos indivíduos com genótipo transtirretina positivo (grupo EG+) sem sintomas cardiovasculares, e pareados com indivíduos sem suspeita de amiloidose (grupo controle). Todos os indivíduos foram submetidos a um ecocardiograma completo, que incluiu análise bidimensional com medidas das cavidades, parâmetros de função sistólica e diastólica, além dos parâmetros 2D-STE. Os dados são relatados com médias e desvios-padrão (± DP) ou mediana com intervalo interquartil [IQR]. Foram utilizados testes paramétricos e não paramétricos; significantes se p<0,05. A fim de identificar variáveis que pudessem estar associadas a indivíduos com genótipo TTR positivo, foi proposta uma análise de regressão logística múltipla e da curva ROC. Resultados: Foram estudados 31 indivíduos EG+ e 34 controles, com idade média 39 anos (16; 74). As características dos parâmetros demográficos e ecocardiográficos foram semelhantes entre os grupos. Não houve diferença significativa nas dimensões internas das cavidades cardíacas e da fração de ejeção entre os grupos. Em comparação com os controles, a espessura da parede do ventrículo esquerdo e o índice de massa foram maiores no grupo EG+ (p<0,001). A relação E/e' média foi maior no grupo EG+ (7 ± 3 versus 6 ± 1; p<0,001). O strain circunferencial e o longitudinal global do VE foram significativamente menores no grupo EG+ (21 ± 4% versus 28 ± 4%; 19 ± 3% versus 25 ± 2%, respectivamente, p<0,001 para todos). O strain do VE nas regiões basal (17 ± 3% versus 22 ± 3%), média (18 ± 3% versus 24 ± 3%) e apical (23 ± 4% versus 27 ± 4%) no grupo EG+ foi menor quando comparado ao controle (p<0,001 para todos). O strain global longitudinal do VD também foi menor no grupo EG+ (18 ± 4% versus 25 ± 5%; p<0,005). Os preditores de teste genético positivo foram strain longitudinal global do VE menor ou igual a 21,5% (razão de chances ajustada [IC 95%], 2,46 [1,30 - 4,62]; p = 0,005) e E/e' médio maior ou igual a 6,5 (razão de chances ajustada [IC 95%], 2,04; [1,09 - 3,91]; p = 0,025). Conclusão: O strain sistólico global longitudinal de ambos os ventrículos e o strain sistólico global circunferencial do VE em indivíduos com história familiar positiva para amiloidose ATTRv, estudo genético positivo para amiloidose ATTRv, sem sintomas e sinais ao exame físico de acometimento cardíaco e com FEVE preservada, foram inferiores aos do grupo controle. Dentre as variáveis clínicas e ecocardiográficas avaliadas, o strain global longitudinal do VE e a relação E/e’ média foram preditores independentes de teste genético positivo para amiloidose ATTRv.Background: Transthyretin Amyloidosis (ATTR) is a rare disease, of genetic origin, which can cause potentially fatal infiltrative cardiomyopathy. This is the commonest form of inherited restrictive cardiomyopathy. The Transthyretin (TTR) gene is located on locus 18q12.1 with autosomal dominant inheritance and variable penetrance. The availability of genetic testing has identified a carrier population without cardiac amyloidosis (CA). 2-dimensional speckle tracking echocardiography (2D-STE) has been the mainstay of screening and disease surveillance. However, the utility of echocardiography for the comprehensive analysis of biventricular strains are not reported in a carrier population without CA. We sought to study the global and regional indices of biventricular strain in genotyped cases of ATTR. Purpose: To assess whether individuals with a family history of ATTR associated with a positive genetic study for the TTR variant and without clinical evidence of cardiac involvement with preserved LVEF, may have echocardiographic and myocardial deformation changes; and which echocardiographic variables may predict the genetic diagnosis of ATTR. Methods: Individuals with genotype TTR positive (GS+) without cardiovascular symptoms were identified and matched with healthy controls. All subjects underwent a complete echocardiogram using a standardized protocol: 2D dimensions, tissue Doppler (TDI) and 2D-STE parameters were analyzed. Data are reported as means with standard deviation (±SD) or median with interquartile range [IQR]. Statistics performed were parametric and non-parametric tests, with a p value of < 0.05 accepted as significant. In order to identify variables that could be associated with patients TTR genotype positive, an analysis of multiple logistic regression was proposed. Results: 31 individuals in GS+ and 34 controls, with a mean age of 39 years (16;74) were studied. Demographic and echocardiography parameters characteristics were similar in this population. There was no significant difference in cardiac chamber dimensions and ejection fraction between the groups. Compared to controls, left ventricular (LV) wall thickness and mass index were higher in the GS+ group. The average E/e' ratio tended to be higher in the GS+ group (7 ± 3 versus 6 ± 1; p<0.001). LV global longitudinal and circumferential strain were significantly lower in the GS+ group (21 ± 4% versus 28 ± 4%; 19 ± 3% versus 25 ± 2%, respectively, p<0.001 for all). In addition, there was a reduction in LV strain in the regions basal (17 ± 3% versus 22 ± 3%), middle (18 ± 3% versus 24 ± 3%) and apical (23 ± 4% versus 27 ± 4%) in the GS+ group when compared to the control (p<0.001 for all). Global longitudinal right ventricular strain was also lower in the GS+ group (18 ± 4% versus 25 ± 5%; p<0.005). Predictors of positive genetic testing were LV global longitudinal strain less than or equal to 21.5% (adjusted odds ratio [95% CI], 2.46 [1.30 - 4.62]; p = 0.005) and mean E/e' greater than or equal to 6.5 (adjusted odds ratio [95% CI], 2.04; [1.09 - 3.91]; p = 0.025). Conclusion: The longitudinal global systolic strain of both ventricles and the circumferential global systolic strain of the LV in individuals with a family history of amyloidosis ATTRv associated with a positive genetic study for ATTRv amyloidosis, without clinical evidence of cardiac involvement and with preserved LVEF, were lower than those of the control group. Among the clinical and echocardiographic variables evaluated, global longitudinal LV strain and mean E/e' ratio were independent predictors of a positive genetic testing for ATTRv amyloidosis.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)CNPq - 141957/2017-4Universidade Federal de São PauloMoises, Valdir Ambrósio [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/7272777672324904http://lattes.cnpq.br/2598753229062321Capeline, Lorena Squassante [UNIFESP]2023-04-26T15:40:17Z2023-04-26T15:40:17Z2023-04-29info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion81 f.application/pdfCAPELINE, Lorena Squassante. Avaliação da função ventricular pelo strain sistólico por ecocardiograma bidimensional na amiloidose hereditária transtirretina em indivíduos sem sintomas cardíacos. 2023. 81 f. Tese (Doutorado em Cardiologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2023.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67423porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-12T16:04:18Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/67423Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-12T16:04:18Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Introdução: A amiloidose transtirretina variante (ATTRv) é uma doença rara, de causa genética, que pode causar cardiomiopatia infiltrativa e restritiva potencialmente fatal. O gene transtirretina (TTR) está localizado no locus génico 18q12.1 com herança autossômica dominante e penetrância variável. A disponibilidade de testes genéticos permitiu identificar uma população de portadores sem manifestação de amiloidose cardíaca (AC). A ecocardiografia bidimensional com speckle tracking (2D-STE) tem sido a base do rastreamento e vigilância de diversas doenças cardíacas subclínicas. Entretanto, não há relatos da 2D-STE para a análise cardíaca em indivíduos com testes genéticos positivos sem evidências clínicas de AC. Objetivos: Avaliar se indivíduos com história familiar de amiloidose ATTRv associada a estudo genético positivo para variante TTR e sem sintomas e sinais ao exame físico de acometimento cardíaco, com FEVE preservada, podem apresentar alterações ecocardiográficas e da deformação miocárdica; e quais as variáveis clínicas e ecocardiográficas podem predizer o diagnóstico genético de amiloidose ATTRv. Métodos: Foram incluídos indivíduos com genótipo transtirretina positivo (grupo EG+) sem sintomas cardiovasculares, e pareados com indivíduos sem suspeita de amiloidose (grupo controle). Todos os indivíduos foram submetidos a um ecocardiograma completo, que incluiu análise bidimensional com medidas das cavidades, parâmetros de função sistólica e diastólica, além dos parâmetros 2D-STE. Os dados são relatados com médias e desvios-padrão (± DP) ou mediana com intervalo interquartil [IQR]. Foram utilizados testes paramétricos e não paramétricos; significantes se p<0,05. A fim de identificar variáveis que pudessem estar associadas a indivíduos com genótipo TTR positivo, foi proposta uma análise de regressão logística múltipla e da curva ROC. Resultados: Foram estudados 31 indivíduos EG+ e 34 controles, com idade média 39 anos (16; 74). As características dos parâmetros demográficos e ecocardiográficos foram semelhantes entre os grupos. Não houve diferença significativa nas dimensões internas das cavidades cardíacas e da fração de ejeção entre os grupos. Em comparação com os controles, a espessura da parede do ventrículo esquerdo e o índice de massa foram maiores no grupo EG+ (p<0,001). A relação E/e' média foi maior no grupo EG+ (7 ± 3 versus 6 ± 1; p<0,001). O strain circunferencial e o longitudinal global do VE foram significativamente menores no grupo EG+ (21 ± 4% versus 28 ± 4%; 19 ± 3% versus 25 ± 2%, respectivamente, p<0,001 para todos). O strain do VE nas regiões basal (17 ± 3% versus 22 ± 3%), média (18 ± 3% versus 24 ± 3%) e apical (23 ± 4% versus 27 ± 4%) no grupo EG+ foi menor quando comparado ao controle (p<0,001 para todos). O strain global longitudinal do VD também foi menor no grupo EG+ (18 ± 4% versus 25 ± 5%; p<0,005). Os preditores de teste genético positivo foram strain longitudinal global do VE menor ou igual a 21,5% (razão de chances ajustada [IC 95%], 2,46 [1,30 - 4,62]; p = 0,005) e E/e' médio maior ou igual a 6,5 (razão de chances ajustada [IC 95%], 2,04; [1,09 - 3,91]; p = 0,025). Conclusão: O strain sistólico global longitudinal de ambos os ventrículos e o strain sistólico global circunferencial do VE em indivíduos com história familiar positiva para amiloidose ATTRv, estudo genético positivo para amiloidose ATTRv, sem sintomas e sinais ao exame físico de acometimento cardíaco e com FEVE preservada, foram inferiores aos do grupo controle. Dentre as variáveis clínicas e ecocardiográficas avaliadas, o strain global longitudinal do VE e a relação E/e’ média foram preditores independentes de teste genético positivo para amiloidose ATTRv. |
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