Complicações pós operatórias na cirurgia de implante coclear e seus eventuais fatores de risco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11600/65210 |
Resumo: | Os implantes cocleares (IC) são dispositivos que possibilitam a reabilitação de indivíduos com perda auditiva severa ou profunda. Diferentes tipos de dispositivos e técnicas estão sendo aplicadas para melhorar os resultados cirúrgicos. Em contraste com os relatos de taxa de complicação, há poucos relatos sobre a identificação dos fatores de risco. Objetivo: analisar as complicações maiores e menores do implante coclear retrospectivamente, assim como os fatores de risco (FR) envolvidos. Materiais e Métodos: análise dos prontuários dos pacientes submetidos a implante coclear na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) de 2006 a Julho de 2019, as complicações maiores e menores encontradas e seus fatores de risco. Resultados: Foram 193 orelhas, 100 (51,3%) do sexo feminino e 93 (48,2%) masculino, média das idades: 23,63 anos. Em 54 (28%) havia alterações na Tomografia de Ossos Temporais (TC), e 44 (22,8%) na ressonância magnética de encéfalo (RNM). Foram realizadas 158 (81,9%) inserções totais, 127 (65,8%) pela janela redonda. Ocorreram 75 complicações, 38,9 % do total de cirurgias: 20(10,4%) maiores e 55(28,5%) menores. Dentre as maiores: 5 (2,6%) hematoma//seroma, 5 (2,6%) extrusão de eletrodos, 5(2,6%) falha do dispositivo, 3 (1,6%) infecções de ferida operatória (FO), 1 (0,5%) falso trajeto, 1(0,5%) paresia facial com sequela. Dentre as menores: 17 (8,8%) vertigens, 9 (4,7%) zumbido, 9(4,7%) infecções de FO, 6 (3,1%) Otites Médias Agudas (OMA), 3 (1,5%) paresias de facial sem sequelas. O Fator de Risco mais importante foi faixa etária: idade inferior a 2,5 anos foi associada às complicações maiores: infecção de FO (p = 0,018) e extrusão de eletrodos (p=0,017). Houve maior frequência de vertigem em adultos (p: 0,003) e associação da mesma com a presença de comorbidades (p=0,008). A via de inserção, a presença de alterações em TC e RNM a marca do IC utilizado não alteraram o número de complicações. Conclusão: Dentre as complicações menores, as do sistema vestibular foram as mais comuns, especialmente em adultos com comorbidades. Em relação às complicações maiores, houve destaque para infecção de FO, hematoma seroma, extrusão do eletrodo, especialmente em menores de dois anos. Foi observada falha nos dispositivos implantados (2,6%), sem destaque para nenhuma das marcas avaliadas. |
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Complicações pós operatórias na cirurgia de implante coclear e seus eventuais fatores de riscoPostoperative complications in cochlear implant surgery and their possible risk factorsPerda auditiva neurossensorialImplante coclearFatores de riscoFalha de equipamentoReoperaçãoOs implantes cocleares (IC) são dispositivos que possibilitam a reabilitação de indivíduos com perda auditiva severa ou profunda. Diferentes tipos de dispositivos e técnicas estão sendo aplicadas para melhorar os resultados cirúrgicos. Em contraste com os relatos de taxa de complicação, há poucos relatos sobre a identificação dos fatores de risco. Objetivo: analisar as complicações maiores e menores do implante coclear retrospectivamente, assim como os fatores de risco (FR) envolvidos. Materiais e Métodos: análise dos prontuários dos pacientes submetidos a implante coclear na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) de 2006 a Julho de 2019, as complicações maiores e menores encontradas e seus fatores de risco. Resultados: Foram 193 orelhas, 100 (51,3%) do sexo feminino e 93 (48,2%) masculino, média das idades: 23,63 anos. Em 54 (28%) havia alterações na Tomografia de Ossos Temporais (TC), e 44 (22,8%) na ressonância magnética de encéfalo (RNM). Foram realizadas 158 (81,9%) inserções totais, 127 (65,8%) pela janela redonda. Ocorreram 75 complicações, 38,9 % do total de cirurgias: 20(10,4%) maiores e 55(28,5%) menores. Dentre as maiores: 5 (2,6%) hematoma//seroma, 5 (2,6%) extrusão de eletrodos, 5(2,6%) falha do dispositivo, 3 (1,6%) infecções de ferida operatória (FO), 1 (0,5%) falso trajeto, 1(0,5%) paresia facial com sequela. Dentre as menores: 17 (8,8%) vertigens, 9 (4,7%) zumbido, 9(4,7%) infecções de FO, 6 (3,1%) Otites Médias Agudas (OMA), 3 (1,5%) paresias de facial sem sequelas. O Fator de Risco mais importante foi faixa etária: idade inferior a 2,5 anos foi associada às complicações maiores: infecção de FO (p = 0,018) e extrusão de eletrodos (p=0,017). Houve maior frequência de vertigem em adultos (p: 0,003) e associação da mesma com a presença de comorbidades (p=0,008). A via de inserção, a presença de alterações em TC e RNM a marca do IC utilizado não alteraram o número de complicações. Conclusão: Dentre as complicações menores, as do sistema vestibular foram as mais comuns, especialmente em adultos com comorbidades. Em relação às complicações maiores, houve destaque para infecção de FO, hematoma seroma, extrusão do eletrodo, especialmente em menores de dois anos. Foi observada falha nos dispositivos implantados (2,6%), sem destaque para nenhuma das marcas avaliadas.Universidade Federal de São PauloCruz, Oswaldo Laércio Mendonça [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/3152241414526004http://lattes.cnpq.br/7843526372376148Orlando, Vanessa Ribeiro [UNIFESP]2022-08-12T17:32:58Z2022-08-12T17:32:58Z2021info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion52 f.application/pdfhttps://hdl.handle.net/11600/65210porSao Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-27T06:27:49Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/65210Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-27T06:27:49Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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