Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sella, Elaine Marcelina Claudio [UNIFESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Carvalho, Maria Rosenilda Petronila de [UNIFESP], Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2425
http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042005000100002
Resumo: Osteonecrose é uma complicação relativamente comum em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). OBJETIVO: avaliação dos possíveis fatores de risco associados à presença de osteonecrose em pacientes com LES. MÉTODOS: Foram incluídos neste estudo pacientes com LES [critérios para a classificação do American College of Rheumatology (ACR)] que apresentaram osteonecrose durante a evolução da doença. O grupo controle foi constituído por pacientes com LES sem indícios de osteonecrose. O diagnóstico de osteonecrose foi confirmado por radiografia simples, cintilografia óssea e/ou ressonância nuclear magnética. RESULTADOS: quatorze pacientes com LES desenvolveram osteonecrose (10 mulheres e 4 homens, 64% de cor branca, 33 ± 13 anos e 120 ± 67 meses de LES). O grupo controle, pareado por sexo e tempo de diagnóstico de LES, foi constituído por pacientes com LES e sem osteonecrose (n = 14, 57% de cor branca, 33 ± 7 anos e 111 ± 54 meses de LES). O escore do systemic lupus international collaborating clinics/ACR damage index for systemic lupus erythematosus (SLICC/ACR-DI) foi maior nos pacientes com osteonecrose (4 ± 1) em comparação com o grupo controle (1 ± 1) [p < 0,001]. Pacientes com osteonecrose apresentaram maior número de outros danos musculoesqueléticos permanentes quando comparados com os pacientes controles (29% versus zero, respectivamente; p = 0,034). A vasculite digital foi a variável associada à osteonecrose (p = 0,021). Não houve associação significante entre tempo de uso ou dose cumulativa de prednisona e osteonecrose nos pacientes regularmente acompanhados com o diagnóstico de LES (p = 0,624 e p = 0,806, respectivamente). CONCLUSÕES: História prévia de vasculite digital foi fator de risco para o desenvolvimento de osteonecrose. O risco de pacientes com vasculite digital pregressa apresentar osteonecrose foi nove vezes maior que o de pacientes com LES sem vasculite prévia.
id UFSP_a3c8e0de851ad1d1b14381d94281908f
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/2425
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Sella, Elaine Marcelina Claudio [UNIFESP]Carvalho, Maria Rosenilda Petronila de [UNIFESP]Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:31:28Z2015-06-14T13:31:28Z2005-02-01Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 45, n. 1, p. 1-8, 2005.0482-5004http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2425http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042005000100002S0482-50042005000100002.pdfS0482-5004200500010000210.1590/S0482-50042005000100002Osteonecrose é uma complicação relativamente comum em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). OBJETIVO: avaliação dos possíveis fatores de risco associados à presença de osteonecrose em pacientes com LES. MÉTODOS: Foram incluídos neste estudo pacientes com LES [critérios para a classificação do American College of Rheumatology (ACR)] que apresentaram osteonecrose durante a evolução da doença. O grupo controle foi constituído por pacientes com LES sem indícios de osteonecrose. O diagnóstico de osteonecrose foi confirmado por radiografia simples, cintilografia óssea e/ou ressonância nuclear magnética. RESULTADOS: quatorze pacientes com LES desenvolveram osteonecrose (10 mulheres e 4 homens, 64% de cor branca, 33 ± 13 anos e 120 ± 67 meses de LES). O grupo controle, pareado por sexo e tempo de diagnóstico de LES, foi constituído por pacientes com LES e sem osteonecrose (n = 14, 57% de cor branca, 33 ± 7 anos e 111 ± 54 meses de LES). O escore do systemic lupus international collaborating clinics/ACR damage index for systemic lupus erythematosus (SLICC/ACR-DI) foi maior nos pacientes com osteonecrose (4 ± 1) em comparação com o grupo controle (1 ± 1) [p < 0,001]. Pacientes com osteonecrose apresentaram maior número de outros danos musculoesqueléticos permanentes quando comparados com os pacientes controles (29% versus zero, respectivamente; p = 0,034). A vasculite digital foi a variável associada à osteonecrose (p = 0,021). Não houve associação significante entre tempo de uso ou dose cumulativa de prednisona e osteonecrose nos pacientes regularmente acompanhados com o diagnóstico de LES (p = 0,624 e p = 0,806, respectivamente). CONCLUSÕES: História prévia de vasculite digital foi fator de risco para o desenvolvimento de osteonecrose. O risco de pacientes com vasculite digital pregressa apresentar osteonecrose foi nove vezes maior que o de pacientes com LES sem vasculite prévia.Osteonecrosis is a relatively common complication in systemic lupus erythematosus (SLE) patients. OBJECTIVE: To evaluate the possible risk factors associated with osteonecrosis in SLE patients. METHODS: SLE patients [according to American College of Rheumatology (ACR) criteria] who presented osteonecrosis were included in this study. SLE patients with no symptomatic osteonecrosis constituted the control group. Osteonecrosis was confirmed by radiographic evaluation, bone scintigraphy and/or magnetic resonance imaging. RESULTS: The study group was constituted by 14 SLE patients with osteonecrosis (10 women and 4 men, 64% of them white, 33 ± 13 years old and 120 ± 67 months of disease duration). Sex and time of SLE diagnosis matched patients without osteonecrosis constituted the control group (n = 14, 57% of them white, 33 ± 7 years old and 111 ± 54 months of SLE). Systemic lupus international collaborating clinics/ACR damage index for SLE (SLICC/ACR-DI) score was higher in patients with osteonecrosis (4 ± 1) compared with control group (1 ± 1) [p < 0.001]. Patients with osteonecrosis had higher number of other musculoskeletal irreversible damage when compared with the control group (29% versus 0, respectively; p = 0.034). Digital vasculitis was the variable associated with osteonecrosis (p = 0.021). There was no significant association between duration of prednisone use or prednisone cumulative dose and osteonecrosis in patients with regular follow-up at the Institution (p = 0.624 and p = 0.806, respectively). CONCLUSIONS: Previous history of digital vasculitis was a risk factor for the development of osteonecrosis. Patients with digital vasculitis history had 9 times more risk to present osteonecrosis than patients without previous vasculitis.UNIFESP-EPMUNIFESP, EPMSciELO1-8porSociedade Brasileira de ReumatologiaRevista Brasileira de Reumatologialúpus eritematoso sistêmicoosteonecrosefatores de riscovasculitesystemic lupus erythematosusosteonecrosisrisk factorsvasculitisOsteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmicoOsteonecrosis in systemic lupus erythematosus patientsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0482-50042005000100002.pdfapplication/pdf335997${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2425/1/S0482-50042005000100002.pdff45ab9148799ee36c1e70ed5180e7b14MD51open accessTEXTS0482-50042005000100002.pdf.txtS0482-50042005000100002.pdf.txtExtracted texttext/plain34372${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2425/2/S0482-50042005000100002.pdf.txtc0ddecb56f2e16751413a777b4f3401eMD52open access11600/24252022-11-04 15:40:33.756open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/2425Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-11-04T18:40:33Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Osteonecrosis in systemic lupus erythematosus patients
title Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
spellingShingle Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
Sella, Elaine Marcelina Claudio [UNIFESP]
lúpus eritematoso sistêmico
osteonecrose
fatores de risco
vasculite
systemic lupus erythematosus
osteonecrosis
risk factors
vasculitis
title_short Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
title_full Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
title_fullStr Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
title_full_unstemmed Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
title_sort Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
author Sella, Elaine Marcelina Claudio [UNIFESP]
author_facet Sella, Elaine Marcelina Claudio [UNIFESP]
Carvalho, Maria Rosenilda Petronila de [UNIFESP]
Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]
author_role author
author2 Carvalho, Maria Rosenilda Petronila de [UNIFESP]
Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]
author2_role author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Sella, Elaine Marcelina Claudio [UNIFESP]
Carvalho, Maria Rosenilda Petronila de [UNIFESP]
Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv lúpus eritematoso sistêmico
osteonecrose
fatores de risco
vasculite
topic lúpus eritematoso sistêmico
osteonecrose
fatores de risco
vasculite
systemic lupus erythematosus
osteonecrosis
risk factors
vasculitis
dc.subject.eng.fl_str_mv systemic lupus erythematosus
osteonecrosis
risk factors
vasculitis
description Osteonecrose é uma complicação relativamente comum em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). OBJETIVO: avaliação dos possíveis fatores de risco associados à presença de osteonecrose em pacientes com LES. MÉTODOS: Foram incluídos neste estudo pacientes com LES [critérios para a classificação do American College of Rheumatology (ACR)] que apresentaram osteonecrose durante a evolução da doença. O grupo controle foi constituído por pacientes com LES sem indícios de osteonecrose. O diagnóstico de osteonecrose foi confirmado por radiografia simples, cintilografia óssea e/ou ressonância nuclear magnética. RESULTADOS: quatorze pacientes com LES desenvolveram osteonecrose (10 mulheres e 4 homens, 64% de cor branca, 33 ± 13 anos e 120 ± 67 meses de LES). O grupo controle, pareado por sexo e tempo de diagnóstico de LES, foi constituído por pacientes com LES e sem osteonecrose (n = 14, 57% de cor branca, 33 ± 7 anos e 111 ± 54 meses de LES). O escore do systemic lupus international collaborating clinics/ACR damage index for systemic lupus erythematosus (SLICC/ACR-DI) foi maior nos pacientes com osteonecrose (4 ± 1) em comparação com o grupo controle (1 ± 1) [p < 0,001]. Pacientes com osteonecrose apresentaram maior número de outros danos musculoesqueléticos permanentes quando comparados com os pacientes controles (29% versus zero, respectivamente; p = 0,034). A vasculite digital foi a variável associada à osteonecrose (p = 0,021). Não houve associação significante entre tempo de uso ou dose cumulativa de prednisona e osteonecrose nos pacientes regularmente acompanhados com o diagnóstico de LES (p = 0,624 e p = 0,806, respectivamente). CONCLUSÕES: História prévia de vasculite digital foi fator de risco para o desenvolvimento de osteonecrose. O risco de pacientes com vasculite digital pregressa apresentar osteonecrose foi nove vezes maior que o de pacientes com LES sem vasculite prévia.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005-02-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:31:28Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:31:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 45, n. 1, p. 1-8, 2005.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2425
http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042005000100002
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0482-5004
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0482-50042005000100002.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0482-50042005000100002
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0482-50042005000100002
identifier_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 45, n. 1, p. 1-8, 2005.
0482-5004
S0482-50042005000100002.pdf
S0482-50042005000100002
10.1590/S0482-50042005000100002
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2425
http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042005000100002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 1-8
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2425/1/S0482-50042005000100002.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2425/2/S0482-50042005000100002.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f45ab9148799ee36c1e70ed5180e7b14
c0ddecb56f2e16751413a777b4f3401e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764187714191360