Impacto do envelhecimento no consumo máximo de oxigênio de corredores: análise do ajuste para massa magra, massa corporal total e valores absolutos
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70801 |
Resumo: | Introdução: O desempenho em esportes de resistência diminui à medida que envelhecemos, o que tem sido atribuído principalmente ao envelhecimento cardiovascular e musculoesquelético. No entanto, ainda não há informações claras sobre os fatores mais afetados pelo envelhecimento, especialmente em relação à capacidade cardiorrespiratória. Objetivo: Comparar dois grupos de corredores, um com menos de 50 anos e outro com 50 anos ou mais, levando em consideração o consumo máximo de oxigênio (V̇ O2max) absoluto, V̇ O2max ajustado à massa corporal, V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores, limiar ventilatório (LV) e ponto de compensação respiratória (PCR). Métodos: Um total de 78 corredores recreacionais de longa distância do sexo masculino foram divididos em Grupo 1 (38,12 ± 6,87 anos) e Grupo 2 (57,55 ± 6,14 anos). Os participantes foram avaliados quanto à composição corporal (DXA), V̇ O2max, LV e PCR (Protocolo Ellestad). Resultados: O Grupo 1 apresentou valores de V̇ O2max absolutos (l·min−1) e ajustados à massa corporal (ml·kg−1·min−1) (4,60 ± 0,57 (mediana = 4,48) e 61,95 ± 8,25 (mediana = 61,91), respectivamente) mais altos do que o Grupo 2 (3,77 ± 0,56 (mediana = 3,80) e 51,50 ± 10,22 (mediana = 49,21), respectivamente), indicando uma diferença significativa (∆ = 0,83, p < 0,001, d = -1,46, IC(d) = -1,97 a -0,94 e ∆ = 10,45, p < 0,001, d = -1,16, IC(d) = -1,65 a -0,66). Da mesma forma, o Grupo 1 mostrou um V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores (ml·kgMM−1·min−1) significativamente maior (251,72 ± 29,60 (mediana = 250,47)) do que o Grupo 2 (226,36 ± 43,94 (mediana = 224,74)), (∆ = 25,36, p = 0,008, d = -0,71, IC(d) = -1,19 a -0,24). O VT (%V̇ O2max) (∆ = -1,89, p = 0,271, d = 0,24) e o PCR (%V̇ O2max) (∆ = - 1,05, p = 0,403, d = 0,19) não diferiram entre os grupos. Conclusões: Esses achados sugerem que tanto as variáveis limitadas por condições centrais ou periféricas são negativamente afetadas pelo envelhecimento, mas a magnitude do efeito é maior nas variáveis limitadas por condições centrais. Esses resultados contribuem para nossa compreensão de como o envelhecimento afeta corredores mais experientes. |
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Impacto do envelhecimento no consumo máximo de oxigênio de corredores: análise do ajuste para massa magra, massa corporal total e valores absolutosImpact of aging on runners' maximum oxygen consumption: analysis of adjustment for lean mass, total body mass, and absolute valuesEnvelhecimentoVO2maxDesempenhoCorredoresMúsculosAgingVO2maxPerformanceRunnersMusclesIntrodução: O desempenho em esportes de resistência diminui à medida que envelhecemos, o que tem sido atribuído principalmente ao envelhecimento cardiovascular e musculoesquelético. No entanto, ainda não há informações claras sobre os fatores mais afetados pelo envelhecimento, especialmente em relação à capacidade cardiorrespiratória. Objetivo: Comparar dois grupos de corredores, um com menos de 50 anos e outro com 50 anos ou mais, levando em consideração o consumo máximo de oxigênio (V̇ O2max) absoluto, V̇ O2max ajustado à massa corporal, V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores, limiar ventilatório (LV) e ponto de compensação respiratória (PCR). Métodos: Um total de 78 corredores recreacionais de longa distância do sexo masculino foram divididos em Grupo 1 (38,12 ± 6,87 anos) e Grupo 2 (57,55 ± 6,14 anos). Os participantes foram avaliados quanto à composição corporal (DXA), V̇ O2max, LV e PCR (Protocolo Ellestad). Resultados: O Grupo 1 apresentou valores de V̇ O2max absolutos (l·min−1) e ajustados à massa corporal (ml·kg−1·min−1) (4,60 ± 0,57 (mediana = 4,48) e 61,95 ± 8,25 (mediana = 61,91), respectivamente) mais altos do que o Grupo 2 (3,77 ± 0,56 (mediana = 3,80) e 51,50 ± 10,22 (mediana = 49,21), respectivamente), indicando uma diferença significativa (∆ = 0,83, p < 0,001, d = -1,46, IC(d) = -1,97 a -0,94 e ∆ = 10,45, p < 0,001, d = -1,16, IC(d) = -1,65 a -0,66). Da mesma forma, o Grupo 1 mostrou um V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores (ml·kgMM−1·min−1) significativamente maior (251,72 ± 29,60 (mediana = 250,47)) do que o Grupo 2 (226,36 ± 43,94 (mediana = 224,74)), (∆ = 25,36, p = 0,008, d = -0,71, IC(d) = -1,19 a -0,24). O VT (%V̇ O2max) (∆ = -1,89, p = 0,271, d = 0,24) e o PCR (%V̇ O2max) (∆ = - 1,05, p = 0,403, d = 0,19) não diferiram entre os grupos. Conclusões: Esses achados sugerem que tanto as variáveis limitadas por condições centrais ou periféricas são negativamente afetadas pelo envelhecimento, mas a magnitude do efeito é maior nas variáveis limitadas por condições centrais. Esses resultados contribuem para nossa compreensão de como o envelhecimento afeta corredores mais experientes.Introduction: Performance in endurance sports decreases as we age, which has been primarily attributed to cardiovascular and musculoskeletal aging. However, there is still no clear information on the factors most affected by aging, especially in relation to cardiorespiratory capacity. Objective: To compare two groups of runners, one under 50 years old and the other with 50 years or older, taking into consideration their absolute and weight-adjusted maximal oxygen uptake (V̇ O2max), lower limb lean mass-adjusted V̇ O2max, ventilatory threshold (VT), and respiratory compensation point (RCP). Methods: A total of 78 male recreational long-distance runners were divided into Group 1 (38.12 ± 6.87 years) and Group 2 (57.55 ± 6.14 years). Participants were evaluated for body composition (DXA), V̇ O2max, VT, and RCP (Ellestad protocol). Results: Group 1 presented absolute values of V̇ O2max (l·min−1) and values adjusted to body mass (ml·kg−1·min−1) (4.60 ± 0.57 (median = 4.48) and 61.95 ± 8.25 (median = 61.91), respectively) higher than Group 2 (3.77 ± 0.56 (median = 3.80) and 51.50 ± 10.22 (median = 49.21), respectively), indicating a significant difference (∆ = 0.83, p < 0.001, d = -1.46, CI(d) = -1.97 to -0.94 and ∆ = 10.45, p < 0.001, d = -1.16, CI(d) = -1.65 to -0.66). Similarly, Group 1 showed a significantly higher V̇ O2max adjusted to lean mass of the lower limbs (ml·kgLM−1·min−1) (251.72 ± 29.60 (median = 250.47)) than Group 2 (226.36 ± 43.94 (median = 224.74)), (∆ = 25.36, p = 0.008, d = -0.71, CI(d) = -1.19 to -0.24). The VT (%V̇ O2max) (∆ = -1.89, p = 0.271, d = 0.24) and PCR (%V̇ O2max) (∆ = -1.05, p = 0.403, d = 0.19) did not differ between the groups. Conclusions: These findings suggest that both variables limited by central or peripheral conditions are negatively affected by aging, but the magnitude of the effect is higher in variables limited by central conditions. These results contribute to our understanding of how aging affects experienced runners.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)88887.817991/2022-00Universidade Federal de São PauloAndrade, Marília dos Santos [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/8618739762906389http://lattes.cnpq.br/5035421677780773Seffrin Neto, Aldo Antonio2024-02-29T18:17:00Z2024-02-29T18:17:00Z2024-03-28info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion93 f.application/pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70801porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-13T21:15:52Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/70801Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-13T21:15:52Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Introdução: O desempenho em esportes de resistência diminui à medida que envelhecemos, o que tem sido atribuído principalmente ao envelhecimento cardiovascular e musculoesquelético. No entanto, ainda não há informações claras sobre os fatores mais afetados pelo envelhecimento, especialmente em relação à capacidade cardiorrespiratória. Objetivo: Comparar dois grupos de corredores, um com menos de 50 anos e outro com 50 anos ou mais, levando em consideração o consumo máximo de oxigênio (V̇ O2max) absoluto, V̇ O2max ajustado à massa corporal, V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores, limiar ventilatório (LV) e ponto de compensação respiratória (PCR). Métodos: Um total de 78 corredores recreacionais de longa distância do sexo masculino foram divididos em Grupo 1 (38,12 ± 6,87 anos) e Grupo 2 (57,55 ± 6,14 anos). Os participantes foram avaliados quanto à composição corporal (DXA), V̇ O2max, LV e PCR (Protocolo Ellestad). Resultados: O Grupo 1 apresentou valores de V̇ O2max absolutos (l·min−1) e ajustados à massa corporal (ml·kg−1·min−1) (4,60 ± 0,57 (mediana = 4,48) e 61,95 ± 8,25 (mediana = 61,91), respectivamente) mais altos do que o Grupo 2 (3,77 ± 0,56 (mediana = 3,80) e 51,50 ± 10,22 (mediana = 49,21), respectivamente), indicando uma diferença significativa (∆ = 0,83, p < 0,001, d = -1,46, IC(d) = -1,97 a -0,94 e ∆ = 10,45, p < 0,001, d = -1,16, IC(d) = -1,65 a -0,66). Da mesma forma, o Grupo 1 mostrou um V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores (ml·kgMM−1·min−1) significativamente maior (251,72 ± 29,60 (mediana = 250,47)) do que o Grupo 2 (226,36 ± 43,94 (mediana = 224,74)), (∆ = 25,36, p = 0,008, d = -0,71, IC(d) = -1,19 a -0,24). O VT (%V̇ O2max) (∆ = -1,89, p = 0,271, d = 0,24) e o PCR (%V̇ O2max) (∆ = - 1,05, p = 0,403, d = 0,19) não diferiram entre os grupos. Conclusões: Esses achados sugerem que tanto as variáveis limitadas por condições centrais ou periféricas são negativamente afetadas pelo envelhecimento, mas a magnitude do efeito é maior nas variáveis limitadas por condições centrais. Esses resultados contribuem para nossa compreensão de como o envelhecimento afeta corredores mais experientes. |
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