Lesão renal aguda e escolha de métodos dialíticos

• Autor(a) principal: Pires, Romulo Geraldo Barbosa [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4812244; http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46137
• topic: Lesão Renal Aguda; Doença Renal Crônica; Terapia de Substituição Renal/métodos; Diálise Renal; Hemodinâmica; Unidades de Terapia Intensiva

Objetivo: Avaliar os fatores que levaram o médico a escolha do método inicial de hemodiálise entre os métodos: intermitente, estendido ou contínuo para pacientes hospitalizados com lesão renal aguda ou doença renal crônica agudizada que necessitaram de hemodiálise e comparar o desfecho clínico dos pacientes submetidos aos diferentes métodos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo observacional onde foram acompanhados por nove meses a equipe de nefrologia de um hospital terciário e os 182 pacientes com lesão renal aguda e dialisados no período. A coleta de dados cursou do início da terapia renal substitutiva ao desfecho clínico, sendo ele a melhora renal, a cronicidade dialítica, o óbito ou a decisão por cuidados paliativos. Resultados: 69 pacientes estáveis hemodinamicamente receberam o método intermitente; 19 pacientes instáveis hemodinâmica com droga vasoativa acima de 0,5 microgramas por quilograma por minuto receberam o método contínuo; 94 pacientes receberam hemodiálise estendida devido instabilidade hemodinâmica com droga vasoativa até 0,5 microgramas por quilograma por minuto.Entre esses 94 casos houve9 pacientes que tinham indicação médica de receber o método contínuomas receberam o método estendido devido à indisponibilidade técnica para o método contínuo. A melhora da função renal e cronicidade dialítica foram maiores entre os pacientes que receberam o método intermitente enquanto a evolução para óbito foimaior entre os pacientes que receberam os métodos contínuo e estendido. Conclusões:A escolha do método de TSR depende predominantemente do fator hemodinâmico dos pacientes e, apesar de ter apresentado outros fatores além deste fortemente relacionados ao método contínuo, como sepse e insuficiência cardíaca, esses outros fatores também estão intimamente relacionados com hemodinâmica.O método de TSR estendido é uma ótima opção para o tratamento de pacientes instáveis hemodinamicamente e é frequentemente utilizado como substituto do método contínuo. Porém, não é um substituto pleno, pois quando houve substituição, houve significativa suspensão das sessões de TSR antes do término devido hipotensão. Outros fatores com falência hepática, elevação da pressão intracraniana e risco de sangramento devem muito ser levados em consideração na escolha do método, mas não apareceram em nosso estudo.Os desfechos de cronicidade ou melhora da função renal demonstraram maior relação à condição renal prévia dos pacientes do que aos métodos escolhidos. A mortalidade foi semelhante nos métodos estendido e contínuo e bem menor no método intermitente, fato atribuível a menor gravidade nesse grupo.