Sintomas vocais, comportamento e habilidades sociais de crianças e adolescentes: autoavaliação e avaliação parental
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5019235 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50577 |
Resumo: | Objetivos: Verificar as relações entre sintomas vocais, comportamento e habilidades sociais em crianças e adolescentes, considerando a autoavaliação e a avaliação parental. Métodos: Participaram desta pesquisa 748 indivíduos divididos em 3 estudos:1- Validação brasileira do Questionnaire des Symptômes Vocaux traduzido como Questionário de Sintomas Vocais Pediátrico – QSV-P. A validação cumpriu as orientações do Scientific Advisory Commitee of the Medical Outcomes Trust com o teste de medidas psicométricas de reprodutibilidade, confiabilidade e sensibilidade. 32 foram recrutados apenas para a equivalência cultural (16 crianças e adolescentes e seus respectivos pais), 367 crianças e adolescentes, com e sem alteração vocal, entre 6 e 18 anos, e 349 pais/responsáveis responderam a versão final do instrumento. Dentre os respondentes desta versão, 272 participaram do teste-reteste e 32 da sensibilidade. As crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos responderam a versão autoavaliação do QSV-P, e seus pais/responsáveis responderam a versão parental do QSV-P. 2- Indicadores emocionais/comportamentais e habilidades sociais de crianças e adolescentes com e sem alteração vocal. Participaram 575 indivíduos, sendo 347 pais/responsáveis de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, que responderam a versão parental do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) e 228 crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos, que responderam a versão autoavaliação do SDQ. 3- Correlação entre sintomas vocais, comportamento e habilidades sociais e concordância pais e filhos. Participaram 696 indivíduos, 571 participaram da correlação entre voz e comportamento (343 pais/responsáveis e 228 crianças e adolescentes), 696 participaram da concordância pais e filhos para sintomas vocais e 440 participaram da concordância pais e filhos para comportamento e habilidades sociais. Os participantes responderam o QSV-P e o SDQ em suas versões parental e autoavaliação. Resultados: 1. O QSV-P apresentou confiabilidade e reprodutibilidade aceitáveis para a população brasileira e sensibilidade ao tratamento vocal. As notas de corte são: Versão parental 2,1 e versão autoavaliação 7,6. 2. Crianças e adolescentes com alteração vocal apresentaram escores superiores nos domínios de hiperatividade/desatenção, sintomas emocionais, problemas de relacionamento e problemas de conduta; e nas escalas de internalização, externalização e de dificuldades. Crianças com alteração vocal apresentaram escore inferior para a escala de capacidade, na autoavaliação. Os pais/responsáveis do grupo com alteração vocal relataram problemas de relacionamento que não foram percebidos pelos seus filhos. Já os pais/responsáveis do grupo sem alteração vocal não perceberam sinais de hiperatividade/desatenção, que foram relatados na autoavaliação das crianças e adolescentes. 3. Não houve correlação entre sintomas vocais e habilidades sociais. Houve correlação positiva entre sintomas vocais e dificuldades ligadas a problemas de comportamento do tipo internalizante e externalizante. A concordância entre pais e filhos foi alta para os sintomas vocais e baixa para os problemas de comportamento e habilidades sociais. Conclusões: O QSV-P foi validado para o português-brasileiro, sendo um bom instrumento de autoavaliação vocal, tanto na versão parental quanto na versão autoavaliação. A presença de sintomas vocais, na população pediátrica e adolescente, pode ser um fator de risco à saúde mental, pela presença de escores superiores nas escalas de problemas de comportamento, tanto internalizante quanto externalizante. A correlação entre a autoavaliação e a avaliação parental para sintomas vocais foi elevada e para indicadores de comportamento e habilidades sociais foi insatisfatória. |
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A validação cumpriu as orientações do Scientific Advisory Commitee of the Medical Outcomes Trust com o teste de medidas psicométricas de reprodutibilidade, confiabilidade e sensibilidade. 32 foram recrutados apenas para a equivalência cultural (16 crianças e adolescentes e seus respectivos pais), 367 crianças e adolescentes, com e sem alteração vocal, entre 6 e 18 anos, e 349 pais/responsáveis responderam a versão final do instrumento. Dentre os respondentes desta versão, 272 participaram do teste-reteste e 32 da sensibilidade. As crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos responderam a versão autoavaliação do QSV-P, e seus pais/responsáveis responderam a versão parental do QSV-P. 2- Indicadores emocionais/comportamentais e habilidades sociais de crianças e adolescentes com e sem alteração vocal. Participaram 575 indivíduos, sendo 347 pais/responsáveis de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, que responderam a versão parental do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) e 228 crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos, que responderam a versão autoavaliação do SDQ. 3- Correlação entre sintomas vocais, comportamento e habilidades sociais e concordância pais e filhos. Participaram 696 indivíduos, 571 participaram da correlação entre voz e comportamento (343 pais/responsáveis e 228 crianças e adolescentes), 696 participaram da concordância pais e filhos para sintomas vocais e 440 participaram da concordância pais e filhos para comportamento e habilidades sociais. Os participantes responderam o QSV-P e o SDQ em suas versões parental e autoavaliação. Resultados: 1. O QSV-P apresentou confiabilidade e reprodutibilidade aceitáveis para a população brasileira e sensibilidade ao tratamento vocal. As notas de corte são: Versão parental 2,1 e versão autoavaliação 7,6. 2. Crianças e adolescentes com alteração vocal apresentaram escores superiores nos domínios de hiperatividade/desatenção, sintomas emocionais, problemas de relacionamento e problemas de conduta; e nas escalas de internalização, externalização e de dificuldades. Crianças com alteração vocal apresentaram escore inferior para a escala de capacidade, na autoavaliação. Os pais/responsáveis do grupo com alteração vocal relataram problemas de relacionamento que não foram percebidos pelos seus filhos. Já os pais/responsáveis do grupo sem alteração vocal não perceberam sinais de hiperatividade/desatenção, que foram relatados na autoavaliação das crianças e adolescentes. 3. Não houve correlação entre sintomas vocais e habilidades sociais. Houve correlação positiva entre sintomas vocais e dificuldades ligadas a problemas de comportamento do tipo internalizante e externalizante. A concordância entre pais e filhos foi alta para os sintomas vocais e baixa para os problemas de comportamento e habilidades sociais. Conclusões: O QSV-P foi validado para o português-brasileiro, sendo um bom instrumento de autoavaliação vocal, tanto na versão parental quanto na versão autoavaliação. A presença de sintomas vocais, na população pediátrica e adolescente, pode ser um fator de risco à saúde mental, pela presença de escores superiores nas escalas de problemas de comportamento, tanto internalizante quanto externalizante. A correlação entre a autoavaliação e a avaliação parental para sintomas vocais foi elevada e para indicadores de comportamento e habilidades sociais foi insatisfatória.Objectives: To verify the relationships between vocal symptoms, behavior and social skills in children and adolescents, regarding self-evaluation and parental evaluation. Methods: 748 individuals participated divided in 3 studies: 1 – Brazilian validation of the Questionnaire de Symptômes Vocaux translated as Questionário de Sintomas Vocais Pediátrico – QSV-P. The process of validation was done according to Scientific Advisory Committee of the Medical Outcomes Trust with psychometric measures of reliability, reproducibility and responsiveness of the instrument to treatment. 32 participants were recruited only for the cultural equivalence (16 children/adolescents and their parents), 367 children/adolescents, with and without vocal disorders, between 6 and 18 years and 349 parents answered the final version of the instrument. Among those, 272 participated from test-retest and 32 of the sensibility. Children and adolescents between 6 and 18 years answered the self-reported version and their parents/guardians answered the parental version of the QSV-P. 2 – Behavior and social skills of children and adolescents with and without vocal problems. 575 individuals participated, 347 parents/guardians of children and adolescents between 6 and 18 years answered the parental version of the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) and 228 children and adolescents between 6 and 18 years answered the self-reported version. 3 – Correlation between vocal symptoms, behavior and social skills and agreement parents and children. This study involved 696 subjects, 571 participated of the correlation between voice and behavior (343 parents/guardians e 228 children and adolescents), 696 participated of the agreement parents and children for vocal symptoms and 440 participated of the agreement for behavior and social skills. The participants answered the QSV-P and the SDQ, both in parental and self-reported versions. Results: 1. The QSV-P demonstrated reliability and reproducibility satisfactory for Brazilian population and responsiveness to treatment. The cutoff values are: Parental version 2,1 and self-reported version 7,6. 2. Children and adolescents with vocal disorders demonstrated higher scores in the following domains: hyperactivity, emotional problems, peer problems, conduct problems and in the internalizing, externalizing and total difficulties scales. Children with vocal problem had lower score for the prosocial scale during the self-evaluation. The parents/guardians of the vocal problem group related peer problems that were not perceived by their children. Parents/guardians of the vocal health group did not perceived alterations in hyperactivity, which were identified during the self-reported. 3. There is no correlation between vocal symptoms and social skills. There is a positive correlation between vocal symptoms and behavior, both internalizing as externalizing. Parents and children/adolescents presented a higher agreement for vocal symptoms and a lower concordance for behavior and social skills. Conclusions: The QSV-P was validated to Brazil, it is a good instrument both parental evaluation as self-evaluation. The presence of vocal symptoms in the pediatric population can be a risk factor to mental health because of the higher scores in the behavior scales, both internalizing as externalizing. There is a satisfactory correlation between parents/guardians and children/adolescents for vocal symptoms and an unsatisfactory correlation for behavior and social skills.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017)154 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)VozDisfoniaInquéritos e questionáriosEstudos de validaçãoCriançasAdolescentesVoiceDysphoniaSurveys and questionnairesValidation studyChildrenAdolescentsSintomas vocais, comportamento e habilidades sociais de crianças e adolescentes: autoavaliação e avaliação parentalVocal symptoms, behavior and social skills of children and adolescents: selfevalution and parental evaluationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia)Comunicação Humana: Normalidade, Transtornos e RepercussõesDiagnóstico, Prevenção E Intervenção nos Distúrbios da VozORIGINALLivia Lima Krohling PDF A.pdfLivia Lima Krohling PDF A.pdfTese de doutoradoapplication/pdf4877225${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50577/1/Livia%20Lima%20Krohling%20PDF%20A.pdf7423f36a4bd2d09d351f881e78e45331MD51open access11600/505772023-06-23 15:35:11.233open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/50577Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-23T18:35:11Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Objetivos: Verificar as relações entre sintomas vocais, comportamento e habilidades sociais em crianças e adolescentes, considerando a autoavaliação e a avaliação parental. Métodos: Participaram desta pesquisa 748 indivíduos divididos em 3 estudos:1- Validação brasileira do Questionnaire des Symptômes Vocaux traduzido como Questionário de Sintomas Vocais Pediátrico – QSV-P. A validação cumpriu as orientações do Scientific Advisory Commitee of the Medical Outcomes Trust com o teste de medidas psicométricas de reprodutibilidade, confiabilidade e sensibilidade. 32 foram recrutados apenas para a equivalência cultural (16 crianças e adolescentes e seus respectivos pais), 367 crianças e adolescentes, com e sem alteração vocal, entre 6 e 18 anos, e 349 pais/responsáveis responderam a versão final do instrumento. Dentre os respondentes desta versão, 272 participaram do teste-reteste e 32 da sensibilidade. As crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos responderam a versão autoavaliação do QSV-P, e seus pais/responsáveis responderam a versão parental do QSV-P. 2- Indicadores emocionais/comportamentais e habilidades sociais de crianças e adolescentes com e sem alteração vocal. Participaram 575 indivíduos, sendo 347 pais/responsáveis de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, que responderam a versão parental do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) e 228 crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos, que responderam a versão autoavaliação do SDQ. 3- Correlação entre sintomas vocais, comportamento e habilidades sociais e concordância pais e filhos. Participaram 696 indivíduos, 571 participaram da correlação entre voz e comportamento (343 pais/responsáveis e 228 crianças e adolescentes), 696 participaram da concordância pais e filhos para sintomas vocais e 440 participaram da concordância pais e filhos para comportamento e habilidades sociais. Os participantes responderam o QSV-P e o SDQ em suas versões parental e autoavaliação. Resultados: 1. O QSV-P apresentou confiabilidade e reprodutibilidade aceitáveis para a população brasileira e sensibilidade ao tratamento vocal. As notas de corte são: Versão parental 2,1 e versão autoavaliação 7,6. 2. Crianças e adolescentes com alteração vocal apresentaram escores superiores nos domínios de hiperatividade/desatenção, sintomas emocionais, problemas de relacionamento e problemas de conduta; e nas escalas de internalização, externalização e de dificuldades. Crianças com alteração vocal apresentaram escore inferior para a escala de capacidade, na autoavaliação. Os pais/responsáveis do grupo com alteração vocal relataram problemas de relacionamento que não foram percebidos pelos seus filhos. Já os pais/responsáveis do grupo sem alteração vocal não perceberam sinais de hiperatividade/desatenção, que foram relatados na autoavaliação das crianças e adolescentes. 3. Não houve correlação entre sintomas vocais e habilidades sociais. Houve correlação positiva entre sintomas vocais e dificuldades ligadas a problemas de comportamento do tipo internalizante e externalizante. A concordância entre pais e filhos foi alta para os sintomas vocais e baixa para os problemas de comportamento e habilidades sociais. Conclusões: O QSV-P foi validado para o português-brasileiro, sendo um bom instrumento de autoavaliação vocal, tanto na versão parental quanto na versão autoavaliação. A presença de sintomas vocais, na população pediátrica e adolescente, pode ser um fator de risco à saúde mental, pela presença de escores superiores nas escalas de problemas de comportamento, tanto internalizante quanto externalizante. A correlação entre a autoavaliação e a avaliação parental para sintomas vocais foi elevada e para indicadores de comportamento e habilidades sociais foi insatisfatória. |
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