A amizade e a politização de redes sociais de suporte: reflexões com base em estudo de ONG/Aids na grande São Paulo
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5432 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902009000400015 |
Resumo: | O atual quadro da epidemia de HIV/Aids reforça a tendência de associação com a exclusão social, uma vez que as pessoas mais vulneráveis à infecção são aquelas que sofrem com as consequências da pobreza e/ou pertencem a grupos minoritários. Esse perfil suscita ações de combate à discriminação e ao estigma, não só ao HIV/Aids, mas a outras formas de discriminação e opressão social associadas à síndrome, como as de gênero, raça/etnia e classe social. Este estudo propõe discutir, do ponto de vista psicossocial, o papel das ONGs/Aids como promotoras da formação de redes sociais de suporte, focando no processo de politização dos vínculos afetivos das pessoas que vivem com o HIV/Aids (PHA), através da participação política. Tendo seu campo empírico em uma ONG/Aids situada na Grande São Paulo. Consideramos que uma ONG pode contribuir como polo articulador ou rearticulador de novas redes sociais para PHA. Nesse sentido, supomos a ONG/Aids como um espaço de transição para aqueles que buscam ajuda na instituição, incrementando um quadro com diferentes atores sociais que contribuiriam para a formação de uma rede social que daria suporte para a superação das consequências do HIV/Aids. A partir dos relatos, destacamos alguns dos aspectos psicossociais que favorecem e/ou dificultam o processo de rearticulação dessas pessoas em novas redes sociais através de situações relacionadas: às trajetórias de vida marcadas por opressões sociais e pelo individualismo, ambos reforçados pelo impacto do HIV/Aids; às contradições da convivência no espaço institucional; e às possibilidades de transformação dos vínculos comunitários por meio da solidariedade e cidadania. |
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Este estudo propõe discutir, do ponto de vista psicossocial, o papel das ONGs/Aids como promotoras da formação de redes sociais de suporte, focando no processo de politização dos vínculos afetivos das pessoas que vivem com o HIV/Aids (PHA), através da participação política. Tendo seu campo empírico em uma ONG/Aids situada na Grande São Paulo. Consideramos que uma ONG pode contribuir como polo articulador ou rearticulador de novas redes sociais para PHA. Nesse sentido, supomos a ONG/Aids como um espaço de transição para aqueles que buscam ajuda na instituição, incrementando um quadro com diferentes atores sociais que contribuiriam para a formação de uma rede social que daria suporte para a superação das consequências do HIV/Aids. A partir dos relatos, destacamos alguns dos aspectos psicossociais que favorecem e/ou dificultam o processo de rearticulação dessas pessoas em novas redes sociais através de situações relacionadas: às trajetórias de vida marcadas por opressões sociais e pelo individualismo, ambos reforçados pelo impacto do HIV/Aids; às contradições da convivência no espaço institucional; e às possibilidades de transformação dos vínculos comunitários por meio da solidariedade e cidadania.The current picture of the HIV/Aids epidemic has strengthened the trend of connection with social exclusion, in the sense that the people who are most vulnerable to the infection are those that suffer from the consequences of poverty and/or belong to minority groups. This profile stimulates actions against discrimination and stigmatization, not only related to HIV/Aids, but to other forms of discrimination and social oppression associated with the syndrome, such as those related to gender, race/ethnicity, and social class. This study aims to discuss, from the psychosocial point of view, the role of the NGOs/Aids as promoters of the creation of social support networks, focusing on the process of politicization of the affective bonds of the people who live with HIV/Aids (PHA) through political participation. This study had its empirical field in a NGO/AIDS located in the Great São Paulo area. We consider that the NGO can contribute to build new social networks for the PHA. Thus, we view the NGO/Aids as a transition space for people who arrive at the institution searching for aid. Through the accounts, we highlight some of the psychosocial aspects that contribute to and/or hinder the process of re-articulation of these PHA in new social networks, such as: life trajectories marked by social oppressions and individualism, both aggravated by the impact of HIV/Aids; the contradictions derived from living together in the institutional space; and possibilities of transformation of the community bonds through solidarity and citizenship.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de São Paulo, ISS, Santos, BrazilSciELO721-732porFaculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.Associação Paulista de Saúde Pública.Saúde e SociedadeHIV/AidsParticipação políticaRedes sociaisOrganização não governamentalAmizadeHIV/AidsPolitical ParticipationSocial NetworksNon-governmental OrganizationFriendshipA amizade e a politização de redes sociais de suporte: reflexões com base em estudo de ONG/Aids na grande São PauloFriendship and politicization of social support networks: reflections from a NGO/AIDS study in the great São Paulo areainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0104-12902009000400015.pdfapplication/pdf129548${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5432/1/S0104-12902009000400015.pdf11e8e16e6c55ef89bbef271d15a5e686MD51open accessTEXTS0104-12902009000400015.pdf.txtS0104-12902009000400015.pdf.txtExtracted texttext/plain51078${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5432/6/S0104-12902009000400015.pdf.txt227636b84cfcd51595cffeda4dca9139MD56open accessTHUMBNAILS0104-12902009000400015.pdf.jpgS0104-12902009000400015.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6130${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5432/8/S0104-12902009000400015.pdf.jpg23217460f17e312cb8d04ffabd1e1155MD58open access11600/54322023-06-05 19:10:30.53open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/5432Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:10:30Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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O atual quadro da epidemia de HIV/Aids reforça a tendência de associação com a exclusão social, uma vez que as pessoas mais vulneráveis à infecção são aquelas que sofrem com as consequências da pobreza e/ou pertencem a grupos minoritários. Esse perfil suscita ações de combate à discriminação e ao estigma, não só ao HIV/Aids, mas a outras formas de discriminação e opressão social associadas à síndrome, como as de gênero, raça/etnia e classe social. Este estudo propõe discutir, do ponto de vista psicossocial, o papel das ONGs/Aids como promotoras da formação de redes sociais de suporte, focando no processo de politização dos vínculos afetivos das pessoas que vivem com o HIV/Aids (PHA), através da participação política. Tendo seu campo empírico em uma ONG/Aids situada na Grande São Paulo. Consideramos que uma ONG pode contribuir como polo articulador ou rearticulador de novas redes sociais para PHA. Nesse sentido, supomos a ONG/Aids como um espaço de transição para aqueles que buscam ajuda na instituição, incrementando um quadro com diferentes atores sociais que contribuiriam para a formação de uma rede social que daria suporte para a superação das consequências do HIV/Aids. A partir dos relatos, destacamos alguns dos aspectos psicossociais que favorecem e/ou dificultam o processo de rearticulação dessas pessoas em novas redes sociais através de situações relacionadas: às trajetórias de vida marcadas por opressões sociais e pelo individualismo, ambos reforçados pelo impacto do HIV/Aids; às contradições da convivência no espaço institucional; e às possibilidades de transformação dos vínculos comunitários por meio da solidariedade e cidadania. |
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