Intervenções cirurgicas (microfratura, perfuração, transplante osteocondral autologo e homologo) para o tratamento de lesões (osteo) condrais no joelho de adultos: revisão sistematica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gracitelli, Guilherme Conforto [UNIFESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4155065
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46413
Resumo: Introdução: A lesão (osteo)condral do joelho do adulto é causa frequente de incapacidade funcional e um dos fatores predisponentes para ocorrência de osteoartrose articular. Microfratura, perfuração, transplante osteocondral autólogo (TOA /mosaicoplastia) e transplante osteocondral homólogo a fresco (TOF) são métodos de tratamentos disponíveis, mundialmente, para o tratamento dessa patologia. Objetivo: Comparar a efetividade (benefícios e malefícios) entre os diferentes métodos citados no tratamento da lesão da cartilagem do joelho em pacientes adultos, por meio da revisão sistemática. Métodos: Foram pesquisadas as bases de dados: Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Central Register of Controlled Trials (central), MEDLINE, EMBASE, LILACS, registros de ensaios clínicos e anais de congressos. Ensaios clínicos randomizados e quasi-randomizado, comparando os quatro diferentes métodos de tratamento (microfratura, perfuração, mosaicoplastia e TOF), foram pesquisados. Os desfechos primários foram função, qualidade de vida, falhas de tratamento e efeitos adversos. Os desfechos secundários incluídos foram o sintoma de dor, satisfação pessoal, nível de atividade esportiva e qualidade da cartilagem formada. Os efeitos das intervenções foram avaliados, utilizando o risco relativo (variáveis dicotômicas) e diferença das médias (variáveis contínuas) com 95% de intervalo de confiança. Resultados: Nenhum ensaio clínico que envolvia a técnica de perfuração ou TOF foi encontrado. Cinco publicações, oriundas de três ensaios clínicos randomizados, comparando a intervenção mosaicoplastia versus microfratura foram incluídos nessa revisão. Dos 133 pacientes participantes, 59% eram do sexo masculino e com idade média variando de 24,4 a 32,3 anos nos três estudos. A área média das lesões (osteo)condrais variou de 1,0 a 6,0 cm2 , com área média de 2,8cm2 . Todos os estudos incluíram lesões grau 3 ou 4 da classificação da International Cartilage Repair Society (ICRS). Quanto ao desfecho funcional, somente um R e s u m o xv estudo (57 participantes, escore de ICRS) demonstrou superioridade clínica da mosaicoplastia, com 1,3 e 10 anos de seguimento (MD 13,97, IC 95%, 13,25 a 14,69; 10 anos). No entanto, no seguimento em longo prazo (maior que 5 anos), dois estudos somados (72 participantes, escore de Lysholm) não demonstraram diferença clínica entre os grupos (MD -1,10, IC 95%, -4,54 a 2,33). Nenhum estudo demonstrou superioridade dos métodos na qualidade de vida e sintomas de dor. A meta-análise dos três estudos demonstrou menos falha de tratamento (recorrência dos sintomas ou cirurgia de revisão) a favor da mosaicoplastia (10/64 versus 20/65; RR 0,47, IC 95%, 0,24 a 0,90). A maioria das falhas foram devido à recorrência dos sintomas. Quanto à qualidade da cartilagem, mediante a radiografia para avaliação da evolução para artrose (classificação de Kellgren e Lawrence), a meta-análise de dois estudos demonstrou uma diferença significante a favor da mosaicoplastia (9/40 versus 19/40; RR 0,48, IC 95% 0,25 a 0,92). Conclusão: Não existe evidência de ensaios clínicos randomizados ou quasi-randomizados que demonstrem diferença de efetividade da utilização da técnica de perfuração ou TOF. Existe evidência insuficiente para demonstrar diferença de efetividade entre microfratura e mosaicoplastia quanto à função, à qualidade de vida e ao nível de atividade dos pacientes; enquanto, em relação à "falha de tratamento e eventos adversos" e à "qualidade da cartilagem", os resultados foram favoráveis ao grupo da mosaicoplastia. No entanto, a qualidade da evidência para esse resultado é baixa, devido ao pequeno número de estudos envolvidos e suas limitações.
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Métodos: Foram pesquisadas as bases de dados: Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Central Register of Controlled Trials (central), MEDLINE, EMBASE, LILACS, registros de ensaios clínicos e anais de congressos. Ensaios clínicos randomizados e quasi-randomizado, comparando os quatro diferentes métodos de tratamento (microfratura, perfuração, mosaicoplastia e TOF), foram pesquisados. Os desfechos primários foram função, qualidade de vida, falhas de tratamento e efeitos adversos. Os desfechos secundários incluídos foram o sintoma de dor, satisfação pessoal, nível de atividade esportiva e qualidade da cartilagem formada. Os efeitos das intervenções foram avaliados, utilizando o risco relativo (variáveis dicotômicas) e diferença das médias (variáveis contínuas) com 95% de intervalo de confiança. Resultados: Nenhum ensaio clínico que envolvia a técnica de perfuração ou TOF foi encontrado. Cinco publicações, oriundas de três ensaios clínicos randomizados, comparando a intervenção mosaicoplastia versus microfratura foram incluídos nessa revisão. Dos 133 pacientes participantes, 59% eram do sexo masculino e com idade média variando de 24,4 a 32,3 anos nos três estudos. A área média das lesões (osteo)condrais variou de 1,0 a 6,0 cm2 , com área média de 2,8cm2 . Todos os estudos incluíram lesões grau 3 ou 4 da classificação da International Cartilage Repair Society (ICRS). Quanto ao desfecho funcional, somente um R e s u m o xv estudo (57 participantes, escore de ICRS) demonstrou superioridade clínica da mosaicoplastia, com 1,3 e 10 anos de seguimento (MD 13,97, IC 95%, 13,25 a 14,69; 10 anos). No entanto, no seguimento em longo prazo (maior que 5 anos), dois estudos somados (72 participantes, escore de Lysholm) não demonstraram diferença clínica entre os grupos (MD -1,10, IC 95%, -4,54 a 2,33). Nenhum estudo demonstrou superioridade dos métodos na qualidade de vida e sintomas de dor. A meta-análise dos três estudos demonstrou menos falha de tratamento (recorrência dos sintomas ou cirurgia de revisão) a favor da mosaicoplastia (10/64 versus 20/65; RR 0,47, IC 95%, 0,24 a 0,90). A maioria das falhas foram devido à recorrência dos sintomas. Quanto à qualidade da cartilagem, mediante a radiografia para avaliação da evolução para artrose (classificação de Kellgren e Lawrence), a meta-análise de dois estudos demonstrou uma diferença significante a favor da mosaicoplastia (9/40 versus 19/40; RR 0,48, IC 95% 0,25 a 0,92). Conclusão: Não existe evidência de ensaios clínicos randomizados ou quasi-randomizados que demonstrem diferença de efetividade da utilização da técnica de perfuração ou TOF. Existe evidência insuficiente para demonstrar diferença de efetividade entre microfratura e mosaicoplastia quanto à função, à qualidade de vida e ao nível de atividade dos pacientes; enquanto, em relação à "falha de tratamento e eventos adversos" e à "qualidade da cartilagem", os resultados foram favoráveis ao grupo da mosaicoplastia. No entanto, a qualidade da evidência para esse resultado é baixa, devido ao pequeno número de estudos envolvidos e suas limitações.Introduction: Cartilage defects of the knee are often debilitating and predispose to osteoarthritis. Microfracture, drilling, mosaicplasty and allograft transplantation are four surgical treatment options that are increasingly performed worldwide. We set out to examine the relative effectiveness of these four different methods. Objective: To assess the effects (benefits and harms) of different surgical interventions (microfracture, drilling, mosaicplasty, and allograft transplantation) for treating isolated cartilage defects of the knee in adults. Methods: We searched the Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, the Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), EMBASE, MEDLINE, SPORTDiscus, LILACS, trial registers and conference proceedings. Date of search: February 2016.Any randomised or quasi-randomised trials that evaluated surgical interventions (microfracture, drilling, mosaicplasty and allograft transplantation) for treating isolated cartilage defects of the knee in adults.At least two review authors independently selected studies, assessed risk of bias and extracted data. Intervention effects were assessed using risk ratios for dichotomous data and mean differences (MD) for continuous data, with 95% confidence intervals. Data were pooled using the fixed-effect model, where possible. Results: Three randomised controlled trials comparing mosaicplasty versus microfracture were included. These reported results for a total of 133 participants, of whom 79 (59%) were male. Mean ages in the three trials ranged between 24.4 and 32.3 years. All studies included cartilage lesion grade 3 or 4 (ICRS classification). The Defect area ranged from 1.0 to 6.0cm2. No trials of allograft transplantation or drilling were identified. All trials were judged as being at high or unclear risk for performance and reporting bias. Trials presented small sample size, with two studies in a single centre. Reflecting the imprecision of the results, the evidence was deemed to be of very low quality for all primary and secondary outcomes; which means that our level of uncertainty about the estimates is high. Data that assessed function were presented in all reports. Only one study (57 participants) found a clinically important difference in favour of mosaicplasty at one year (MD 10.29, 95% CI 7.87 to 12.71). This difference also continued at three years (mean 89 versus 75; reported P < 0.001) and at 10 years (MD 13.97, 95% CI 13.25 to 14.69). In the long-term (5 years and above), two trials pooled (72 participants) showed no clinically important difference between the two groups (MD -1.10, 95% CI -4.54 to 2.33). No trial found statistical or clinical difference of better long-term quality of life and pain symptoms. Pooled results for treatment failure reported at long-term follow-up in the three trials showed recurrence and re-operations were significantly fewer in the mosaicplasty group (10/64 versus 20/65; RR 0.47, 95% CI 0.24 to 0.90). The majority of failures were mainly due symptom recurrence. All trials reported activity score but due to clear statistical and clinical heterogeneity, we did not pool the long term Tegner score results. One study (57 participants) reported slightly higher Tegner score in intermediate-term (MD 0.48, 95% CI 0.21 to 0.75) and long-term (MD 0.72, 95% CI 0.46 to 0.98) in the mosaicplasty group, however between group difference may not be clinically important. Other two trials found no difference between the two groups for activity scores. Only one study reported and found a greater return to pre-injury level of sports activities in the higher mosaicplasty group (26/28 versus 15/29; RR 1.90, 95% CI 1.34 to 2.70); The same trial reported greater sports continuation in the mosaicplasty group at three years (25/28 versus 8/29; RR 3.24, 95% CI 1.77 to 5.92). Pooled data from two trials of participants with radiographically- defined osteoarthritis showed a significant difference in favour of mosaicplasty (9/40 versus 19/40; RR 0.48, 95% CI 0.25 to 0.92). Conclusion: Overall, there is a total lack of evidence about allograft transplantation or drilling and there is insufficient evidence to draw conclusions on the use of microfracture and mosaicplasty for treating isolated cartilage defects of the knee in adults in regards to function, quality of life, and activity. However, the "failure of treatment and adverse effects" and "quality of cartilage" was favorable for the mosaicplasty intervention. Due to the low evidence, further research is needed to define the best surgical option for treating isolated cartilage defects of the knee in adults.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)189 f.https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4155065GRACITELLI, Guilherme Conforto. Intervenções cirurgicas (microfratura, perfuração, transplante osteocondral autologo e homologo) para o tratamento de lesões (osteo) condrais no joelho de adultos: revisão sistematica. 2016. 189 f. Tese (Doutorado em Cirurgia Translacional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.Guilherme Conforto Gracitelli - PDF Ahttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46413porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Cartilagem articularJoelhoProcedimentos cirúrgicos operatóriosArticular cartilageKneeSurgical proceduresIntervenções cirurgicas (microfratura, perfuração, transplante osteocondral autologo e homologo) para o tratamento de lesões (osteo) condrais no joelho de adultos: revisão sistematicaSurgical interventions (microfracture, drilling, mosaicplasty and allograft transplantation) for treating isolated cartilage defects of the knee in adultsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Cirurgia TranslacionalCiências da saúdeMedicinaORIGINALGuilherme Conforto Gracitelli - PDF A.pdfapplication/pdf21746843https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/2624626c-3ff9-4d36-a900-4f87531175a4/download7a8c83041a73e11e53310f7a63f00753MD5111600/464132024-04-15 10:54:57.283oai:repositorio.unifesp.br/:11600/46413https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652024-04-15T10:54:57Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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