Pode o conhecimento dar alguma alegria? Uma interpretação da Melancolia I , de Albrecht Dürer, a partir da Ética de Spinoza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula, Marcos Ferreira de [UNIFESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8740
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-512X2014000200009
Resumo: Este artigo busca interpretar a gravura Melancolia I, do renascentista alemão Albrecht Dürer, segundo o pano de fundo filosófico do pensamento de Spinoza. A ideia central é a de que, nessa gravura, haveria uma intuição artístico-filosófica pela qual Dürer foi levado a associar a tristeza melancólica à ideia de um conhecimento confuso e turvado pela imaginação. Tal intuição se completaria numa outra gravura, criada no mesmo ano, o São Jerônimo em seu gabinete, na qual a melancolia do homem de cultura renascentista desaparece. Tais intuições permitiriam ler as duas gravuras sob a ótica das teorias da mente e do conhecimento de Spinoza, para quem o conhecimento está associado à alegria, desde que esteja livre das sombras da imaginação projetadas pelo medo, pelo desejo excessivo, pelas crenças ou pelas superstições.
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