Caracterização de pacientes e de eventos adversos decorrentes do uso de Cisplatina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Balbino, Ana Clara Bomfim Marques [UNIFESP]
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
dARK ID: ark:/48912/0013000003n4q
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49854
Resumo: A cisplatina é um composto de platina amplamente utilizado como agente antineoplásico no tratamento de diversos tipos de cânceres, incluindo testiculares, ovarianos, de cabeça e pescoço, de bexiga. A despeito da eficácia deste fármaco, seu uso pode ser limitado pela ocorrência de eventos adversos. Este trabalho tem como objetivo estudar os eventos adversos da cisplatina com ênfase no potencial emetogênico entre pacientes tratados no ambulatório de quimioterapia do HU Unifesp/Hospital São Paulo, bem como seu manejo. Este é um estudo observacional prospectivo que faz parte do projeto intitulado “Caracterização do uso de cisplatina e seus eventos adversos em pacientes oncológicos” aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 73086917.5.0000.5505), parecer número: 2.263.200 (06/09/2017) da Universidade Federal de São Paulo. A coleta de dados ocorreu no período de Setembro de 2017 a Março de 2018 através de entrevistas realizadas utilizando um instrumento adaptado da MAT (MASCC Antiemesis Tool). Os dados foram organizados utilizando o software Epidata®, e as análises estatísticas realizadas no software Stata® (StataCorp). Cada exposição à cisplatina seguida da respectiva entrevista foi considerada como unidade de análise. A avaliação de náusea e vômito considerou os períodos agudo e tardio em relação à exposição anterior à data da entrevista. São maiorias no estudo participantes com idade entre 40 e 59 anos (52,9%) e mulheres (58,8%). Observou-se a predominância da náusea e vômito durante a fase tardia em detrimento da fase aguda e as entrevistas relataram que estes eventos adversos atrapalharam nas atividades do dia-a-dia (43,2%), geraram alterações alimentares (45,7%) e geraram falta de apetite (49,4%). Observou-se também que a maioria das entrevistas apontou recebimento de orientações sobre medicamentos e orientações alimentares/nutricionais para controle de náusea e/ou vômito (43,2%) e relatou ter utilizado os medicamentos exatamente conforme a prescrição (65,4%). Além da ocorrência de náusea e vômito este estudo identificou a frequência da ocorrência de alopecia (29,6%), constipação (23,5%), úlceras bucais (22,2%) e ototoxicidade (17,3%). O desenvolvimento deste estudo possibilitou observar a ocorrência de eventos adversos relacionados ao tratamento com cisplatina no HU Unifesp/Hospital São Paulo, principalmente náusea e vômito, estudando, também a prevenção e o manejo destes.
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