Tratamento do linfedema de membro superior após a cirurgia de câncer de mama por meio do fortalecimento muscular associado à terapia física complexa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luz, Roberta Pitta Costa [UNIFESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3990008
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46361
Resumo: Objetivo. Comparar a terapia física complexa ou descongestiva de forma isolada com a associação do treino de força muscular em pacientes que desenvolveram linfedema após o tratamento do câncer de mama. Métodos. Estudo prospectivo e randomizado, selecionou pacientes de abril 2014 a dezembro de 2015. O grupo TFC realizou a terapia física complexa (TFC) e o grupo fortalecimento (FM) realizou a TFC associada ao fortalecimento muscular. Participaram do estudo 42 pacientes, sendo seis incluídas por intenção de tratamento, no grupo TFC (n=22) e grupo FM (n=20). O grupo Fortalecimento realizou os exercícios com de carga 40 % de resistência máxima (RM) na primeira semana, duas séries de 10 repetições na segunda semana e três séries de 10 repetições e a partir da terceira semana realizou três séries 15 repetições. O tratamento foi feito por oito semanas, 50 minutos por sessão, duas vezes por semana; das 16 sessões, as pacientes poderiam ter no máximo quatro faltas, totalizando no mínimo 12 sessões no final do estudo. Resultados. Ambos os grupos apresentaram o mesmo padrão de ganho, com aumento da amplitude de movimento nas variáveis: flexão do ombro, extensão, adução, abdução e rotação externa. O mesmo comportamento não foi seguido pela rotação interna, em que o grupo FM apresentou menor ganho quando comparado ao grupo TFC (p=0,034). Para variáveis de força de ombro, ambos os grupos apresentaram o mesmo padrão de ganho. Em relação à volumetria dos membros superiores, o grupo FM teve maior volume quando comparado ao grupo TFC (p=0,006), tanto no tempo 1 (1ª sessão) quanto no tempo 2 (16ª sessão). Entretanto, não foi detectado o efeito de variância entre os tempos e grupos (p=0,797). Já no grupo FM, notou-se diminuição do volume ao se comparar o tempo 1 (1ª sessão) o tempo 2 (16ª sessão) (p<0,001). Conclusão. O treino de força muscular associado a TFC pode ser realizado em pacientes que desenvolveram linfedema após o tratamento do câncer de mama. Não há diferenças entre TFC associada a FM ou realizada de forma isoladamente quando se analisaram variáveis de força e de amplitude de movimento. Por outro lado, FM teve resultado positivo na volumetria.
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spelling http://lattes.cnpq.br/1029334251705417Luz, Roberta Pitta Costa [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/1907017865270272Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Facina, Gil [UNIFESP]São Paulo2018-07-27T15:50:06Z2018-07-27T15:50:06Z2016-12-31Objetivo. Comparar a terapia física complexa ou descongestiva de forma isolada com a associação do treino de força muscular em pacientes que desenvolveram linfedema após o tratamento do câncer de mama. Métodos. Estudo prospectivo e randomizado, selecionou pacientes de abril 2014 a dezembro de 2015. O grupo TFC realizou a terapia física complexa (TFC) e o grupo fortalecimento (FM) realizou a TFC associada ao fortalecimento muscular. Participaram do estudo 42 pacientes, sendo seis incluídas por intenção de tratamento, no grupo TFC (n=22) e grupo FM (n=20). O grupo Fortalecimento realizou os exercícios com de carga 40 % de resistência máxima (RM) na primeira semana, duas séries de 10 repetições na segunda semana e três séries de 10 repetições e a partir da terceira semana realizou três séries 15 repetições. O tratamento foi feito por oito semanas, 50 minutos por sessão, duas vezes por semana; das 16 sessões, as pacientes poderiam ter no máximo quatro faltas, totalizando no mínimo 12 sessões no final do estudo. Resultados. Ambos os grupos apresentaram o mesmo padrão de ganho, com aumento da amplitude de movimento nas variáveis: flexão do ombro, extensão, adução, abdução e rotação externa. O mesmo comportamento não foi seguido pela rotação interna, em que o grupo FM apresentou menor ganho quando comparado ao grupo TFC (p=0,034). Para variáveis de força de ombro, ambos os grupos apresentaram o mesmo padrão de ganho. Em relação à volumetria dos membros superiores, o grupo FM teve maior volume quando comparado ao grupo TFC (p=0,006), tanto no tempo 1 (1ª sessão) quanto no tempo 2 (16ª sessão). Entretanto, não foi detectado o efeito de variância entre os tempos e grupos (p=0,797). Já no grupo FM, notou-se diminuição do volume ao se comparar o tempo 1 (1ª sessão) o tempo 2 (16ª sessão) (p<0,001). Conclusão. O treino de força muscular associado a TFC pode ser realizado em pacientes que desenvolveram linfedema após o tratamento do câncer de mama. Não há diferenças entre TFC associada a FM ou realizada de forma isoladamente quando se analisaram variáveis de força e de amplitude de movimento. Por outro lado, FM teve resultado positivo na volumetria.Objective: Compare the complex physical therapy alone or with the combination of muscle strength training in patients with lymphedema after treatment for breast cancer. Methods: Prospective randomized study trial selected patients from April 2014 to December 2015. The complex physical therapy (CPT) group performed CPT and the strengthening group (ST) held CPT associated with muscle strengthening. The study enrolled 42 patients, six included by intention to treat, with CPT group (n=22) the ST group (n= 20).Patients in group strengthening performed 2 sets of 10 repetitions exercises at 40% of maximum resistance during the first week, increasing to 3 sets with 10 repetitions during the second week and on the third week 3 sets with 15 repetitions. The treatment was carried out for eight weeks, 50 minutes per session, twice per week. From sixteen sessions, patients could have no more than four absences, totaling at least twelve sessions at the end of the study. Results: Both groups showed similar improvement, increasing the range of motion in: shoulder flexion, extension, adduction, abduction and external rotation. The same did not happen with internal rotation, which showed less improvement in ST group compared to the CPT (p=0,034). For shoulder strength variables, both groups showed the same pattern of improvement. Regarding upper limb volumetry, the ST group had a greater volume when compared to CPT group (p=0,006), both before and after treatment. However, the effect of variance between time and group was not significant (p=0.797). On ST group there was a reduction on lymphedema volume comparing before (1ª session) and after (16ª session) treatment (p<0.001). Conclusion: There was no difference between CPT associated with strengthening exercises and performed alone. However, strengthening exercises can be performed by patients with lymphedema without increasing the risk of upper limb volume.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)74 f.https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3990008LUZ, Roberta Pitta Costa. Tratamento do linfedema de membro superior após a cirurgia de câncer de mama por meio do fortalecimento muscular associado à terapia física complexa. 2016. 74 f. Dissertação (Mestrado em Medicina: Ginecologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.ROBERTA PITTA COSTA LUZ - PDF A.pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46361porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Neoplasia da mamaReabilitaçãoLinfedemaTreino de forçaBreast neoplasmsLymphedemaRehabilitationStrength trainingTratamento do linfedema de membro superior após a cirurgia de câncer de mama por meio do fortalecimento muscular associado à terapia física complexaTreatment of upper limb lymphedema due to breast cancer through muscle strengthening associated with complex physical therapyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Medicina (Ginecologia)Ciências da saúdeMedicinaORIGINALROBERTA PITTA COSTA LUZ - PDF A.pdfROBERTA PITTA COSTA LUZ - PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf933935https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/ce3e23f0-ce09-4ae7-bfa1-c618006c16d1/downloadda37582ec5a47152d943245bd7926497MD5211600/463612024-01-29 12:24:32.252oai:repositorio.unifesp.br/:11600/46361https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652024-01-29T12:24:32Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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