Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4127 http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852008000400007 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar as impressões e as opiniões de médicos de áreas clínicas acerca do uso de drogas entre médicos e, mais especificamente, em ambiente cirúrgico. MÉTODOS: Foram sorteados 100 médicos não-residentes de áreas clínicas, selecionados ao acaso entre os profissionais com vínculo em um hospital público de São Paulo. Destes, 83 concluíram o estudo, respondendo perguntas sobre o uso de drogas entre médicos. RESULTADOS: Declararam conhecer algum colega com problemas relacionados ao uso de substâncias 67,5% dos médicos. Esse índice foi de 41,0% quando a pergunta era acerca de drogas disponíveis em ambiente cirúrgico, visto que 68,6% julgam ser fácil o desvio de psicotrópicos desse local. Além disso, 60,2% acreditam que os médicos são mais suscetíveis ao uso abusivo de psicotrópicos quando comparados à população geral. No entanto, 88,0% do total consideram difícil a procura por ajuda especializada. A porcentagem é de 56,6% dos que não conhecem serviço de atendimento direcionado exclusivamente para esses profissionais, algo que, na opinião de 83,1%, facilitaria a busca por tratamento. Dos participantes, 96,4% declararam não apresentar problemas relacionados ao uso de substâncias, ainda que 16,9% admita já ter feito uso de psicotrópicos sem prescrição. CONCLUSÃO: A freqüência de uso de psicotrópicos sem prescrição foi elevada. No entanto, parcela considerável não considera isso problema. A maioria dos profissionais não conhece serviços de atendimento específico para médicos. |
id |
UFSP_ca398917ff6624a66e925ca4ca6bcffc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/4127 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Fidalgo, Thiago Marques [UNIFESP]Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:38:15Z2015-06-14T13:38:15Z2008-01-01Jornal Brasileiro de Psiquiatria. Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. 57, n. 4, p. 267-269, 2008.0047-2085http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4127http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852008000400007S0047-20852008000400007.pdfS0047-2085200800040000710.1590/S0047-20852008000400007OBJETIVO: Avaliar as impressões e as opiniões de médicos de áreas clínicas acerca do uso de drogas entre médicos e, mais especificamente, em ambiente cirúrgico. MÉTODOS: Foram sorteados 100 médicos não-residentes de áreas clínicas, selecionados ao acaso entre os profissionais com vínculo em um hospital público de São Paulo. Destes, 83 concluíram o estudo, respondendo perguntas sobre o uso de drogas entre médicos. RESULTADOS: Declararam conhecer algum colega com problemas relacionados ao uso de substâncias 67,5% dos médicos. Esse índice foi de 41,0% quando a pergunta era acerca de drogas disponíveis em ambiente cirúrgico, visto que 68,6% julgam ser fácil o desvio de psicotrópicos desse local. Além disso, 60,2% acreditam que os médicos são mais suscetíveis ao uso abusivo de psicotrópicos quando comparados à população geral. No entanto, 88,0% do total consideram difícil a procura por ajuda especializada. A porcentagem é de 56,6% dos que não conhecem serviço de atendimento direcionado exclusivamente para esses profissionais, algo que, na opinião de 83,1%, facilitaria a busca por tratamento. Dos participantes, 96,4% declararam não apresentar problemas relacionados ao uso de substâncias, ainda que 16,9% admita já ter feito uso de psicotrópicos sem prescrição. CONCLUSÃO: A freqüência de uso de psicotrópicos sem prescrição foi elevada. No entanto, parcela considerável não considera isso problema. A maioria dos profissionais não conhece serviços de atendimento específico para médicos.OBJECTIVE: To evaluate the opinions and attitudes about substance use among clinical physicians. METHOD: A hundred physicians of clinical areas were selected in a public hospital of São Paulo. All of them were asked to answer a questionnaire with some questions about drug use. 83% completed the research protocol properly. RESULTS: 60.2% of the interviewed clinicians think that physicians are more likely to develop substance use disorders than general population. 67.5% of them stated they knew a colleague presenting a substance use disorder and in that in 41.0% of the cases the abused substance was a psychotropic available on the surgery facilities. However, 96.4% of the participants denied they could have a substance use problem, although 16.9% declared they had already used non prescribed psychotropics. Benzodiazepines were the most frequently used substances. In addition, 88.0% of them consider it was difficult to search for medical help. They added that a service exclusive for physicians would make this search easier. Nevertheless, 56.6% are not aware of the existence of such a service. CONCLUSION: Non-prescribed psychotropic use was high. However, most part of the clinicians does not consider this a problem. Most of the professionals do not know programs on substance use disorders specific for physicians, what would be a very positive initiative according to great part of them.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Psiquiatria Programa de Orientação e Atendimento a DependentesUNIFESP, Depto. de Psiquiatria Programa de Orientação e Atendimento a DependentesSciELO267-269porInstituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de JaneiroJornal Brasileiro de PsiquiatriaPsicotrópicosmédicosdependênciaPsychotropicphysiciansdependenceUso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciadoSubstance misuse among physicians: a still neglected probleminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0047-20852008000400007.pdfapplication/pdf107335${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4127/1/S0047-20852008000400007.pdf2f5247dcba0c07750f237ba3391e184aMD51open accessTEXTS0047-20852008000400007.pdf.txtS0047-20852008000400007.pdf.txtExtracted texttext/plain13546${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4127/2/S0047-20852008000400007.pdf.txt4241b86d21b454777adeb443c2dc47adMD52open access11600/41272021-10-05 11:32:44.551open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/4127Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652021-10-05T14:32:44Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Substance misuse among physicians: a still neglected problem |
title |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado |
spellingShingle |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado Fidalgo, Thiago Marques [UNIFESP] Psicotrópicos médicos dependência Psychotropic physicians dependence |
title_short |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado |
title_full |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado |
title_fullStr |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado |
title_full_unstemmed |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado |
title_sort |
Uso indevido de drogas entre médicos: problema ainda negligenciado |
author |
Fidalgo, Thiago Marques [UNIFESP] |
author_facet |
Fidalgo, Thiago Marques [UNIFESP] Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP] |
author2_role |
author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fidalgo, Thiago Marques [UNIFESP] Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Psicotrópicos médicos dependência |
topic |
Psicotrópicos médicos dependência Psychotropic physicians dependence |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Psychotropic physicians dependence |
description |
OBJETIVO: Avaliar as impressões e as opiniões de médicos de áreas clínicas acerca do uso de drogas entre médicos e, mais especificamente, em ambiente cirúrgico. MÉTODOS: Foram sorteados 100 médicos não-residentes de áreas clínicas, selecionados ao acaso entre os profissionais com vínculo em um hospital público de São Paulo. Destes, 83 concluíram o estudo, respondendo perguntas sobre o uso de drogas entre médicos. RESULTADOS: Declararam conhecer algum colega com problemas relacionados ao uso de substâncias 67,5% dos médicos. Esse índice foi de 41,0% quando a pergunta era acerca de drogas disponíveis em ambiente cirúrgico, visto que 68,6% julgam ser fácil o desvio de psicotrópicos desse local. Além disso, 60,2% acreditam que os médicos são mais suscetíveis ao uso abusivo de psicotrópicos quando comparados à população geral. No entanto, 88,0% do total consideram difícil a procura por ajuda especializada. A porcentagem é de 56,6% dos que não conhecem serviço de atendimento direcionado exclusivamente para esses profissionais, algo que, na opinião de 83,1%, facilitaria a busca por tratamento. Dos participantes, 96,4% declararam não apresentar problemas relacionados ao uso de substâncias, ainda que 16,9% admita já ter feito uso de psicotrópicos sem prescrição. CONCLUSÃO: A freqüência de uso de psicotrópicos sem prescrição foi elevada. No entanto, parcela considerável não considera isso problema. A maioria dos profissionais não conhece serviços de atendimento específico para médicos. |
publishDate |
2008 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2008-01-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:38:15Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:38:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Jornal Brasileiro de Psiquiatria. Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. 57, n. 4, p. 267-269, 2008. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4127 http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852008000400007 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0047-2085 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S0047-20852008000400007.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S0047-20852008000400007 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0047-20852008000400007 |
identifier_str_mv |
Jornal Brasileiro de Psiquiatria. Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. 57, n. 4, p. 267-269, 2008. 0047-2085 S0047-20852008000400007.pdf S0047-20852008000400007 10.1590/S0047-20852008000400007 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4127 http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852008000400007 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Jornal Brasileiro de Psiquiatria |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
267-269 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4127/1/S0047-20852008000400007.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4127/2/S0047-20852008000400007.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
2f5247dcba0c07750f237ba3391e184a 4241b86d21b454777adeb443c2dc47ad |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802764139674730496 |