Análise de recorrência da atividade interictal nas subregiões do hipocampo esclerótico humano na epilepsia mesial do lobo temporal

• Autor(a) principal: Araujo, Noemi dos Santos [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7636254; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59923
• topic: Atividade interictal; Hipocampo esclerótico humano; Epilepsia do lobo temporal; Analise de recorrência; Recurrensys analysis; Epilesy; Human sclerotic hippocampal

Os padrões de atividade epileptiforme que ocorrem no hipocampo esclerótico humano com maior incidência são a atividade tipo interictal (II) e as espículas periódicas ictais (PIS). Estudos anteriores reportaram que esses padrões de atividade não ocorrem concomitantemente em uma mesma região da formação hipocampal e são diferenciados, principalmente, segundo sua taxa de eventos. No entanto, não está claro se essa diferença na taxa de eventos carrega informações sobre o substrato esclerótico associado a esses dois tipos de atividade epileptiforme. Objetivo: Comparar as atividades II e PIS, focando na avaliação da dinâmica espaço-temporal desses padrões. Métodos: Utilizou-se técnicas de análise de correlação e análise de recorrência para investigar 35 sinais eletrofisiológicos registrados in vitro em fatias de 12 espécimes de hipocampo, removidos cirurgicamente de pacientes com epilepsia do lobo temporal farmacorresistente. Resultados: Os dois padrões de atividade epileptiforme analisados apresentaram características dinâmicas distintas. A atividade II apresentou características típicas de caoticidade, com alta estocasticidade e períodos de aceleração/desaceleração dos eventos epileptiformes comparadas à atividade PIS, enquanto que a atividade PIS apresentou maior regularidade e determinismo em relação à II. Comparando a dinâmica das atividades epileptiformes em cada sub-região da formação hipocampal, foi possível classificar essas regiões em dois grupos: (i) giro dentado e subículo; e (ii) CA1-CA4. Conclusão: Os resultados indicam que II e PIS possuem dinâmicas espaço-temporais completamente distintas, sugerindo que esses dois tipos de atividade epileptiforme são a assinatura de sistemas físicos diferentes. As diferenças de variabilidade dos intervalos entre eventos, além dos diferentes marcadores temporais encontrados para cada região da formação hipocampal, sugerem a ocorrência de processos dinâmicos distintos em cada sub-região.