Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10754904 https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64701 |
Resumo: | Nossa pesquisa buscou verificar por que o protagonismo numérico das classes e movimentos populares não se converteu em protagonismo político após junho de 2013, quando verificou-se uma crise política no governo de Dilma Rousseff, assim como no interior das classes e frações de classes que apoiavam os governos petistas desde 2003. A luta de classe está na base do impeachment da presidente, pois foi o resultado da ofensiva restauradora do neoliberalismo ortodoxo, liderado pelas frações burguesas, insatisfeitas com a condução do neoliberalismo mitigado praticado pelos governos petistas. A política econômica e social efetuada por esses governos favoreceu as condições de luta para a classe trabalhadora e para os movimentos sociais, que alcançaram melhorias e a ampliação de seus direitos. Porém, a conjuntura favorável no plano reivindicativo para esses sujeitos, não culminou em uma autonomia popular em relação aos governos petistas, amenizando os protestos sociais, no sentido de não ter ocorrido a busca por reformas estruturais, nem a confrontação direta a esses governos e suas ações. A conjuntura favorável também interferiu na capacidade e disposição de unificar as lutas e sujeitos populares, fragmentando-os, e demonstrando que as divergências e a deficiência no diálogo no interior das classes e movimentos populares, acentuaram-se nos governos petistas. Contudo, essas dificuldades não devem ser compreendidas somente como decorrentes da ação dos governos de Lula e Dilma Rousseff, mas, sobretudo, são consequências do próprio neoliberalismo. Consideramos, enfim, que um conjunto de fatores ocorridos no período de 2003 a 2016, proporcionam a explicação do não convertimento do protagonismo numérico desses sujeitos em protagonismo político após 2013. |
id |
UFSP_d15cf02e23b615ebfd1ff9a279cd6409 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/64701 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Santos, Thais Cristina Lima Dos [UNIFESP]Universidade Federal de São PauloSouza, Davisson Charles Cangussu De [UNIFESP]2022-07-21T18:43:02Z2022-07-21T18:43:02Z2020-03-19https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10754904https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64701THAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOSTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdfNossa pesquisa buscou verificar por que o protagonismo numérico das classes e movimentos populares não se converteu em protagonismo político após junho de 2013, quando verificou-se uma crise política no governo de Dilma Rousseff, assim como no interior das classes e frações de classes que apoiavam os governos petistas desde 2003. A luta de classe está na base do impeachment da presidente, pois foi o resultado da ofensiva restauradora do neoliberalismo ortodoxo, liderado pelas frações burguesas, insatisfeitas com a condução do neoliberalismo mitigado praticado pelos governos petistas. A política econômica e social efetuada por esses governos favoreceu as condições de luta para a classe trabalhadora e para os movimentos sociais, que alcançaram melhorias e a ampliação de seus direitos. Porém, a conjuntura favorável no plano reivindicativo para esses sujeitos, não culminou em uma autonomia popular em relação aos governos petistas, amenizando os protestos sociais, no sentido de não ter ocorrido a busca por reformas estruturais, nem a confrontação direta a esses governos e suas ações. A conjuntura favorável também interferiu na capacidade e disposição de unificar as lutas e sujeitos populares, fragmentando-os, e demonstrando que as divergências e a deficiência no diálogo no interior das classes e movimentos populares, acentuaram-se nos governos petistas. Contudo, essas dificuldades não devem ser compreendidas somente como decorrentes da ação dos governos de Lula e Dilma Rousseff, mas, sobretudo, são consequências do próprio neoliberalismo. Consideramos, enfim, que um conjunto de fatores ocorridos no período de 2003 a 2016, proporcionam a explicação do não convertimento do protagonismo numérico desses sujeitos em protagonismo político após 2013.Our research sought to verify why the numerical protagonism of popular classes and movements did not become political protagonism after June 2013, when there was a political crisis in the government of Dilma Rousseff, as well as within the classes and fractions of classes that supported them the “petistas” governments since 2003. The class struggle is at the basis of the president's impeachment, as it was the result of the restorative offensive of orthodox neoliberalism, led by the bourgeois fractions, dissatisfied with the conduct of the mitigated neoliberalism practiced by “petistas” governments. The economic and social policy carried out by these governments favored the conditions of struggle for the working class and for social movements, which achieved improvements and the expansion of their rights. However, the favorable conjuncture in the reivindication for these subjects, did not culminate in popular autonomy in relation to “petistas” governments, easing social protests, in the sense that there was no search for structural reforms, nor a direct confrontation with these governments and their actions. The favorable conjuncture also interfered in the capacity and willingness to unify the struggles and popular subjects, fragmenting them, and demonstrating that the divergences and the deficiency in the dialogue within the popular classes and movements, were accentuated in the “petistas” governments. However, these difficulties must not be understood only as a result of the actions of the governments of Lula and Dilma Rousseff, but, above all, they are consequences of neoliberalism itself. Finally, we consider that a set of factors that occurred in the period from 2003 to 2016, provide an explanation for the non-conversion of the numerical protagonism of these subjects into political protagonism after 2013.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020)196 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Luta De ClasseNeoliberalismo MitigadoClasses E Movimentos PopularesProtestos SociaisProtagonismo PolíticoGovernos PetistasClass StruggleNeoliberalism MitigatedPetistas GovernmentsPolitical ProtagonismClasses And Popular MovementsSocial ProtestsReformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências HumanasCiências SociaisCiências SociaisTerritórios, Trabalho, Políticas PúblicasORIGINALTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdfTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdfapplication/pdf2071051${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64701/1/THAIS%20CRISTINA%20LIMA%20DOS%20SANTOS.pdfb6bdea6c85b2ddd555bcf49d79128cffMD51open accessTEXTTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdf.txtTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdf.txtExtracted texttext/plain517641${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64701/8/THAIS%20CRISTINA%20LIMA%20DOS%20SANTOS.pdf.txt4bfe9aab3299243defafe8bd315b4407MD58open accessTHUMBNAILTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdf.jpgTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3779${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64701/10/THAIS%20CRISTINA%20LIMA%20DOS%20SANTOS.pdf.jpg78af5b1b29ed79b60323a4a2fa2c5dc2MD510open access11600/647012023-05-15 10:29:01.805open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/64701Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-15T13:29:01Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) |
title |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) |
spellingShingle |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) Santos, Thais Cristina Lima Dos [UNIFESP] Luta De Classe Neoliberalismo Mitigado Classes E Movimentos Populares Protestos Sociais Protagonismo Político Governos Petistas Class Struggle Neoliberalism Mitigated Petistas Governments Political Protagonism Classes And Popular Movements Social Protests |
title_short |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) |
title_full |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) |
title_fullStr |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) |
title_full_unstemmed |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) |
title_sort |
Reformas no neoliberalismo e protestos sociais nos governos petistas (2003-2016) |
author |
Santos, Thais Cristina Lima Dos [UNIFESP] |
author_facet |
Santos, Thais Cristina Lima Dos [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.institution.pt.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Thais Cristina Lima Dos [UNIFESP] |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Souza, Davisson Charles Cangussu De [UNIFESP] |
contributor_str_mv |
Souza, Davisson Charles Cangussu De [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Luta De Classe Neoliberalismo Mitigado Classes E Movimentos Populares Protestos Sociais Protagonismo Político Governos Petistas |
topic |
Luta De Classe Neoliberalismo Mitigado Classes E Movimentos Populares Protestos Sociais Protagonismo Político Governos Petistas Class Struggle Neoliberalism Mitigated Petistas Governments Political Protagonism Classes And Popular Movements Social Protests |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Class Struggle Neoliberalism Mitigated Petistas Governments Political Protagonism Classes And Popular Movements Social Protests |
description |
Nossa pesquisa buscou verificar por que o protagonismo numérico das classes e movimentos populares não se converteu em protagonismo político após junho de 2013, quando verificou-se uma crise política no governo de Dilma Rousseff, assim como no interior das classes e frações de classes que apoiavam os governos petistas desde 2003. A luta de classe está na base do impeachment da presidente, pois foi o resultado da ofensiva restauradora do neoliberalismo ortodoxo, liderado pelas frações burguesas, insatisfeitas com a condução do neoliberalismo mitigado praticado pelos governos petistas. A política econômica e social efetuada por esses governos favoreceu as condições de luta para a classe trabalhadora e para os movimentos sociais, que alcançaram melhorias e a ampliação de seus direitos. Porém, a conjuntura favorável no plano reivindicativo para esses sujeitos, não culminou em uma autonomia popular em relação aos governos petistas, amenizando os protestos sociais, no sentido de não ter ocorrido a busca por reformas estruturais, nem a confrontação direta a esses governos e suas ações. A conjuntura favorável também interferiu na capacidade e disposição de unificar as lutas e sujeitos populares, fragmentando-os, e demonstrando que as divergências e a deficiência no diálogo no interior das classes e movimentos populares, acentuaram-se nos governos petistas. Contudo, essas dificuldades não devem ser compreendidas somente como decorrentes da ação dos governos de Lula e Dilma Rousseff, mas, sobretudo, são consequências do próprio neoliberalismo. Consideramos, enfim, que um conjunto de fatores ocorridos no período de 2003 a 2016, proporcionam a explicação do não convertimento do protagonismo numérico desses sujeitos em protagonismo político após 2013. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-03-19 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-07-21T18:43:02Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-07-21T18:43:02Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.pt.fl_str_mv |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10754904 |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64701 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
THAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOSTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdf |
url |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10754904 https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64701 |
identifier_str_mv |
THAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOSTHAIS CRISTINA LIMA DOS SANTOS.pdf |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
196 p. |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64701/1/THAIS%20CRISTINA%20LIMA%20DOS%20SANTOS.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64701/8/THAIS%20CRISTINA%20LIMA%20DOS%20SANTOS.pdf.txt ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64701/10/THAIS%20CRISTINA%20LIMA%20DOS%20SANTOS.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b6bdea6c85b2ddd555bcf49d79128cff 4bfe9aab3299243defafe8bd315b4407 78af5b1b29ed79b60323a4a2fa2c5dc2 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802764268792184832 |