Alterações citogenéticas em indivíduos que fazem uso de terapia antirretroviral, portadores ou não do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

• Autor(a) principal: Alpire, Maria Esther Suárez [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/70330
• topic: HIV; Micronúcleo; Genotoxicidade; AIDS; Mutagenidade; Sistema de reparo de DNA; AIDS; HIV; Micronucleus; Genotoxicity; Mutagenicity; DNA repair system

Alterações no DNA podem ser observadas através do teste do micronúcleo, uma importante ferramenta de biomonitoramento genotóxico. Este estudo utilizou células esfoliadas da mucosa bucal para avaliar in vivo portadores ou não do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e que fazem uso de terapia antirretroviral (TARV), e as possíveis alterações no DNA. Em relação aos portadores de HIV, o estudo envolveu 39 crianças e adolescentes, com idade de 0 a 19 anos, em estudo comparativo (ou transversal), duplo­cego. Um total de 20 crianças portadoras de HIV em uso de terapia antirretroviral (TARV), e 19 crianças e adolescentes do grupo controle, pareados em relação ao sexo e idade foram inclusos. No estudo envolvendo adultos, foram examinados 37 indivíduos, sendo 17 do grupo profilaxia pré exposição (PrEP), que faziam uso de TARV, porém não eram portadores do vírus HIV, e 20 indivíduos do grupo controle, pareados por idade, sexo e hábitos, em estudo comparativo, duplo­cego. Os resultados demonstraram que no grupo HIV, as frequências de micronúcleos (MN) (p=0,05), células binucleadas (p=0,001) e, brotos nucleares (p=0,03); apresentaram aumentos em relação ao grupo controle. Nos parâmetros de citotoxicidade, houve aumento com diferença estatística na frequência de cariorrexe (p=0,05). Com relação ao grupo PrEP, os parâmetros de mutagenicidade também estavam aumentados, com diferença estatística significativa para as frequências de micronúcleos (p=0,0001); células binucleadas (p=0,001); e brotos nucleares (p=0,078). Nos parâmetros de citotoxicidade, houve aumento com diferença estatística na frequência de cariorrexe (p=0,001). Adicionalmente, foi realizado o índice de sistema de reparo, representado pela fórmula (CL+CR)/(MN+NB), onde ambos grupos de estudo apresentaram menor capacidade de reparo em relação ao grupo controle. Em suma, o uso contínuo destes antirretrovirais induzem danos citogenéticos e de citotoxicidade em células de mucosa oral nos indivíduos portadores independente da presença do vírus HIV.