Prevalência e fatores associados ao excesso de peso em crianças brasileiras menores de 2 anos
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/7414 http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572012000600010 |
Resumo: | OBJETIVO: Descrever a prevalência de excesso de peso obtida na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher de 2006, analisar sua evolução no período de 1989 a 2006 e identificar os fatores associados em crianças brasileiras menores de 2 anos. MÉTODOS: Dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher de 2006. Informações obtidas por meio de questionários e mensurações antropométricas para subamostra de 1.735 crianças de 0 a 24 meses (910 meninos, 825 meninas). Excesso de peso foi definido como valor do indicador peso para altura (WHO, 2006) superior ao escore z +2. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso no país foi de 6,5%. Maiores prevalências foram observadas nas regiões Sul (10,0%) e Centro-Oeste (11,1%), nas famílias com renda per capita superior a um salário mínimo (11,8%), nas classes sociais de maior poder aquisitivo (9,7%), em crianças com peso ao nascer superior a 3 kg (8,04%) e com tempo de amamentação exclusiva inferior a 5 meses (7,4%). A regressão logística múltipla evidenciou como fatores associados: peso ao nascer > 3 kg [odds ratio (OR) = 5,20; intervalo de confiança de 95% (IC95%) 2,56-10,56], renda per capita > um salário mínimo (OR = 2,50; IC95% 1,20-5,21) e residir na macrorregião Centro-Oeste (OR = 2,40; IC95% 1,01-5,72). CONCLUSÕES: Comparando a prevalência de 6,5% encontrada no inquérito de 2006 com os anteriores de 1989 e 1996, evidencia-se que o excesso de peso em menores de 2 anos apresenta tendência de decréscimo. Os fatores de risco identificados apontam para a necessidade de intensificar ações de prevenção da obesidade junto aos lactentes residentes na Região Centro-Oeste, aos nascidos com mais de 3 kg e aos pertencentes a famílias com renda per capita superior a um salário mínimo. |
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Cocetti, Monize [UNIFESP]Taddei, Jose Augusto de Aguiar Carrazedo [UNIFESP]Konstantyner, Tulio [UNIFESP]Konstantyner, Thais Claudia Roma de OliveiraBarros Filho, Antonio de AzevedoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Centro Universitário LusíadaUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP)2015-06-14T13:45:03Z2015-06-14T13:45:03Z2012-12-01Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 88, n. 6, p. 503-508, 2012.0021-7557http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/7414http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572012000600010S0021-75572012000600010.pdfS0021-7557201200060001010.1590/S0021-75572012000600010WOS:000313475100010OBJETIVO: Descrever a prevalência de excesso de peso obtida na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher de 2006, analisar sua evolução no período de 1989 a 2006 e identificar os fatores associados em crianças brasileiras menores de 2 anos. MÉTODOS: Dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher de 2006. Informações obtidas por meio de questionários e mensurações antropométricas para subamostra de 1.735 crianças de 0 a 24 meses (910 meninos, 825 meninas). Excesso de peso foi definido como valor do indicador peso para altura (WHO, 2006) superior ao escore z +2. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso no país foi de 6,5%. Maiores prevalências foram observadas nas regiões Sul (10,0%) e Centro-Oeste (11,1%), nas famílias com renda per capita superior a um salário mínimo (11,8%), nas classes sociais de maior poder aquisitivo (9,7%), em crianças com peso ao nascer superior a 3 kg (8,04%) e com tempo de amamentação exclusiva inferior a 5 meses (7,4%). A regressão logística múltipla evidenciou como fatores associados: peso ao nascer > 3 kg [odds ratio (OR) = 5,20; intervalo de confiança de 95% (IC95%) 2,56-10,56], renda per capita > um salário mínimo (OR = 2,50; IC95% 1,20-5,21) e residir na macrorregião Centro-Oeste (OR = 2,40; IC95% 1,01-5,72). CONCLUSÕES: Comparando a prevalência de 6,5% encontrada no inquérito de 2006 com os anteriores de 1989 e 1996, evidencia-se que o excesso de peso em menores de 2 anos apresenta tendência de decréscimo. Os fatores de risco identificados apontam para a necessidade de intensificar ações de prevenção da obesidade junto aos lactentes residentes na Região Centro-Oeste, aos nascidos com mais de 3 kg e aos pertencentes a famílias com renda per capita superior a um salário mínimo.OBJECTIVE: To describe the prevalence of overweight, analyze its progression from 1989 to 2006 and identify factors associated with it among children younger than two years in Brazil. METHODS: Data for the Women and Children National Demography and Health Survey (PNDS 2006) were collected using questionnaires and anthropometric measurements. The study sample included 1,735 children aged 0 to 24 months (910 boys; 825 girls). Nutritional status was defined according to the weight-for-height index (W/H; WHO, 2006), and children were classified as overweight if their W/H z score was greater than +2. RESULTS: Prevalence of overweight in Brazil was 6.54%. The highest prevalence of overweight was found in the southern (10.0%) and midwestern (11.1%) regions, among families with a per capita income higher than one minimum wage (11.8%), in social classes with a greater purchasing power (9.7%), among children whose birth weight was greater than 3 kg (8.04%) and whose exclusive breastfeeding lasted less than five months (7.4%). According to a fitted multiple logistic regression model, factors associated with overweight were: birth weight > 3 kg [odds ratio (OR) = 5.2, 95% confidence interval (95%CI) 2.56-10.56], per capita income > 1 minimum wage (OR = 2.50, 95%CI 1.20-5.21), residence in midwestern region (OR = 2.40, 95%CI 1.01-5.72). CONCLUSIONS: The comparison of the prevalence found in the 2006 survey with the 1989 and 1996 values revealed that overweight among children younger than two years tends to decrease. The risk factors identified suggest that further actions should be conducted to prevent obesity among infants living in the midwestern region of Brazil, whose birth weight was greater than 3 kg and whose families had a per capita income higher than one minimum wage.UNIFESP Departamento de PediatriaCentro Universitário LusíadaUNICAMP Faculdade de Ciências Médicas Departamento de PediatriaUNIFESP, Depto. de PediatriaSciELO503-508porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de PediatriaInquérito de saúdeantropometriaobesidadeestado nutricionalfatores de riscoHealth surveysanthropometryobesitynutritional statusrisk factorsPrevalência e fatores associados ao excesso de peso em crianças brasileiras menores de 2 anosPrevalence and factors associated with overweight among Brazilian children younger than 2 yearsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572012000600010.pdfapplication/pdf215694${dspace.ui.url}/bitstream/11600/7414/1/S0021-75572012000600010.pdf9e25225d6271ac5687e65050d2da9793MD51open accessTEXTS0021-75572012000600010.pdf.txtS0021-75572012000600010.pdf.txtExtracted texttext/plain27721${dspace.ui.url}/bitstream/11600/7414/21/S0021-75572012000600010.pdf.txt75be2f2b270e37f5c44344e220368d36MD521open accessTHUMBNAILS0021-75572012000600010.pdf.jpgS0021-75572012000600010.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6527${dspace.ui.url}/bitstream/11600/7414/23/S0021-75572012000600010.pdf.jpg591e45981cfd9b882d523a16af5585bcMD523open access11600/74142023-06-05 19:43:26.085open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/7414Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:43:26Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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