Função endotelial venosa na Doença d e Chagas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9665 |
Resumo: | A Insuficiência Cardíaca Crônica é um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Ela é uma complexa síndrome clínica que apresenta a via final comum de diversas doenças do coração, das mais diferentes etiologias, caracterizada por disfunção sistólica e/ou diastólica de um ou mais freqüentemente, de ambos os ventrículos, de evolução progressiva e quase sempre fatal. A interação entre os sistemas cardiovascular e respiratório é muito estreita. Um exemplo disso é a dispnéia, uma queixa respiratória, que é a principal manifestação clínica da ICC. Outros exemplos são as oscilações respiratórias caracterizadas por ciclos regulares em crescendo e decrescendo do volume corrente pulmonar interposto por apnéias centrais (respiração de Cheyne-Stokes) ou apnéias obstrutivas. O endotélio participa dos mecanismos de controle de controle do sistema cardiovascular e respiratório e encontra-se alterado em pacientes com ICC, entretanto ainda não há na literatura trabalhos verificando o efeito da respiração de Cheyne-Stokes sobre a função endotelial em pacientes com ICC o qual foi objetivo dessa pesquisa. Como metodologia utilizou-se a técnica polissonografia para avaliar a presença ou não da respiração Cheyne-Stokes em pacientes com ICC e posteriormente foi realizada a avaliação da função endotelial venosa com a técnica complacência da veia dorsal da mão. Foram infundidas doses crescentes de fenilefrina para se obter pré-constrição de 70% do basal; a seguir foram administradas acetilcolina e nitroprussiato de sódio para avaliar as respostas de venodilatação, respectivamente, dependentes e independentes do endotélio. A casuística foi composta de grupo um (G1) cinco pacientes com ICC sem respiração Cheyne-Stokes, de ambos os sexos (quatro homens e uma mulher), com idade média de 45,4 ± 14 anos; e grupo dois (G2) constituído por 6 pacientes ICC com respiração Cheyne-Stokes de ambos os sexos (02 homens e 4 mulheres), com idade média de 54,1 ± 2,3 anos, todos os pacientes apresentavam-se na classe funcional II e III NYHA. Como resultados obteve-se: a demonstração de dessensibilização do receptores α –adrenérgico observado pela maior necessidade de fenilefrina para venocostrição de 70% (VC70%) no G2 em relação ao G1 (569 ± 219,8 vs 126,8 ± 52,5 p=0,05); não foi observado diferença nas respostas endotélio dependente e independente entre os grupos, entretanto os valores observado encontram-se abaixo do valores de indivíduos sem patologias. Concluímos que pacientes com ICC e respiração Cheyne- Stokes apresentam disfunção endotelial agravada pela menor sensibilidade dos receptores α –adrenérgicos. |
id |
UFSP_da75f6722ceea545fb0b89070542f842 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br/:11600/9665 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Função endotelial venosa na Doença d e ChagasVenous endothelial function in Disease ChagasEndotélio vascular - fisiopatologiaVeiasComplacênciaChagas - fisiopatologiaA Insuficiência Cardíaca Crônica é um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Ela é uma complexa síndrome clínica que apresenta a via final comum de diversas doenças do coração, das mais diferentes etiologias, caracterizada por disfunção sistólica e/ou diastólica de um ou mais freqüentemente, de ambos os ventrículos, de evolução progressiva e quase sempre fatal. A interação entre os sistemas cardiovascular e respiratório é muito estreita. Um exemplo disso é a dispnéia, uma queixa respiratória, que é a principal manifestação clínica da ICC. Outros exemplos são as oscilações respiratórias caracterizadas por ciclos regulares em crescendo e decrescendo do volume corrente pulmonar interposto por apnéias centrais (respiração de Cheyne-Stokes) ou apnéias obstrutivas. O endotélio participa dos mecanismos de controle de controle do sistema cardiovascular e respiratório e encontra-se alterado em pacientes com ICC, entretanto ainda não há na literatura trabalhos verificando o efeito da respiração de Cheyne-Stokes sobre a função endotelial em pacientes com ICC o qual foi objetivo dessa pesquisa. Como metodologia utilizou-se a técnica polissonografia para avaliar a presença ou não da respiração Cheyne-Stokes em pacientes com ICC e posteriormente foi realizada a avaliação da função endotelial venosa com a técnica complacência da veia dorsal da mão. Foram infundidas doses crescentes de fenilefrina para se obter pré-constrição de 70% do basal; a seguir foram administradas acetilcolina e nitroprussiato de sódio para avaliar as respostas de venodilatação, respectivamente, dependentes e independentes do endotélio. A casuística foi composta de grupo um (G1) cinco pacientes com ICC sem respiração Cheyne-Stokes, de ambos os sexos (quatro homens e uma mulher), com idade média de 45,4 ± 14 anos; e grupo dois (G2) constituído por 6 pacientes ICC com respiração Cheyne-Stokes de ambos os sexos (02 homens e 4 mulheres), com idade média de 54,1 ± 2,3 anos, todos os pacientes apresentavam-se na classe funcional II e III NYHA. Como resultados obteve-se: a demonstração de dessensibilização do receptores α –adrenérgico observado pela maior necessidade de fenilefrina para venocostrição de 70% (VC70%) no G2 em relação ao G1 (569 ± 219,8 vs 126,8 ± 52,5 p=0,05); não foi observado diferença nas respostas endotélio dependente e independente entre os grupos, entretanto os valores observado encontram-se abaixo do valores de indivíduos sem patologias. Concluímos que pacientes com ICC e respiração Cheyne- Stokes apresentam disfunção endotelial agravada pela menor sensibilidade dos receptores α –adrenérgicos.TEDEUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Irigoyen, Maria Claudia [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Plentz, Rodrigo Della Méa [UNIFESP]2015-07-22T20:50:16Z2015-07-22T20:50:16Z2006-12-31info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfPLENTZ, Rodrigo Della Méa. Função endotelial venosa na Doença d e Chagas. 2006. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.Tese-9787.pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9665porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-07T05:02:10Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/9665Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-07T05:02:10Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas Venous endothelial function in Disease Chagas |
title |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas |
spellingShingle |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas Plentz, Rodrigo Della Méa [UNIFESP] Endotélio vascular - fisiopatologia Veias Complacência Chagas - fisiopatologia |
title_short |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas |
title_full |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas |
title_fullStr |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas |
title_full_unstemmed |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas |
title_sort |
Função endotelial venosa na Doença d e Chagas |
author |
Plentz, Rodrigo Della Méa [UNIFESP] |
author_facet |
Plentz, Rodrigo Della Méa [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Irigoyen, Maria Claudia [UNIFESP] Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Plentz, Rodrigo Della Méa [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Endotélio vascular - fisiopatologia Veias Complacência Chagas - fisiopatologia |
topic |
Endotélio vascular - fisiopatologia Veias Complacência Chagas - fisiopatologia |
description |
A Insuficiência Cardíaca Crônica é um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Ela é uma complexa síndrome clínica que apresenta a via final comum de diversas doenças do coração, das mais diferentes etiologias, caracterizada por disfunção sistólica e/ou diastólica de um ou mais freqüentemente, de ambos os ventrículos, de evolução progressiva e quase sempre fatal. A interação entre os sistemas cardiovascular e respiratório é muito estreita. Um exemplo disso é a dispnéia, uma queixa respiratória, que é a principal manifestação clínica da ICC. Outros exemplos são as oscilações respiratórias caracterizadas por ciclos regulares em crescendo e decrescendo do volume corrente pulmonar interposto por apnéias centrais (respiração de Cheyne-Stokes) ou apnéias obstrutivas. O endotélio participa dos mecanismos de controle de controle do sistema cardiovascular e respiratório e encontra-se alterado em pacientes com ICC, entretanto ainda não há na literatura trabalhos verificando o efeito da respiração de Cheyne-Stokes sobre a função endotelial em pacientes com ICC o qual foi objetivo dessa pesquisa. Como metodologia utilizou-se a técnica polissonografia para avaliar a presença ou não da respiração Cheyne-Stokes em pacientes com ICC e posteriormente foi realizada a avaliação da função endotelial venosa com a técnica complacência da veia dorsal da mão. Foram infundidas doses crescentes de fenilefrina para se obter pré-constrição de 70% do basal; a seguir foram administradas acetilcolina e nitroprussiato de sódio para avaliar as respostas de venodilatação, respectivamente, dependentes e independentes do endotélio. A casuística foi composta de grupo um (G1) cinco pacientes com ICC sem respiração Cheyne-Stokes, de ambos os sexos (quatro homens e uma mulher), com idade média de 45,4 ± 14 anos; e grupo dois (G2) constituído por 6 pacientes ICC com respiração Cheyne-Stokes de ambos os sexos (02 homens e 4 mulheres), com idade média de 54,1 ± 2,3 anos, todos os pacientes apresentavam-se na classe funcional II e III NYHA. Como resultados obteve-se: a demonstração de dessensibilização do receptores α –adrenérgico observado pela maior necessidade de fenilefrina para venocostrição de 70% (VC70%) no G2 em relação ao G1 (569 ± 219,8 vs 126,8 ± 52,5 p=0,05); não foi observado diferença nas respostas endotélio dependente e independente entre os grupos, entretanto os valores observado encontram-se abaixo do valores de indivíduos sem patologias. Concluímos que pacientes com ICC e respiração Cheyne- Stokes apresentam disfunção endotelial agravada pela menor sensibilidade dos receptores α –adrenérgicos. |
publishDate |
2006 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2006-12-31 2015-07-22T20:50:16Z 2015-07-22T20:50:16Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
PLENTZ, Rodrigo Della Méa. Função endotelial venosa na Doença d e Chagas. 2006. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006. Tese-9787.pdf https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9665 |
identifier_str_mv |
PLENTZ, Rodrigo Della Méa. Função endotelial venosa na Doença d e Chagas. 2006. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006. Tese-9787.pdf |
url |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9665 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
biblioteca.csp@unifesp.br |
_version_ |
1814268338265653248 |