Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3081 http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000300016 |
Resumo: | OBJETIVO: Investigar as circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica e relacioná-las com o número de quedas (uma/ duas e mais quedas). MÉTODO: Estudo transversal descritivo analítico com 64 pacientes com idade igual ou superior a 65 anos, com história de quedas e diagnóstico de disfunção vestibular crônica. Foram realizadas a análises descritivas e teste Qui-Quadrado, <0,05. RESULTADOS: A amostra apresentou maioria feminina (76,6%) e média etária de 73,62±5,69 anos. O exame vestibular evidenciou vestibulopatia periférica (81,5%) e as hipóteses diagnósticas prevalentes foram vertigem posicional paroxística benigna (43,8%) e labirintopatia metabólica (42,2%). Quedas recorrentes foram verificadas em 35 idosos (53,1%). Em relação à última queda, 39,1% sofreram a queda fora do domicílio, 51,6% das quedas ocorreram no período da manhã, 51,6% delas por mecanismo de propulsão, 53,1% durante a deambulação, 25,0% causadas por tontura e 23,4% por tropeço. A restrição das atividades foi significativamente maior nos pacientes que sofreram duas e mais quedas, quando comparados aos que sofreram uma queda (p=0,031). Foi encontrada associação significativa entre número de ocorrência de quedas e as causas da queda (p<0,001). A causa de queda por escorregamento é maior em idosos que referiram uma queda (p=0,026) e a causa de quedas por tontura teve maior ocorrência em idosos que referiram duas e mais quedas (p=0,001). CONCLUSÕES: O medo de queda e a tendência a quedas são referidos pela maioria dos idosos com vestibulopatia crônica. A queda é mais freqüente pela manhã, fora do domicílio e durante a deambulação. A direção propulsiva é referida pela metade dos idosos e as causas mais comuns das quedas são vertigem e tropeço. O número de quedas está associado à restrição das atividades após a última queda e às causas da queda (escorregamento e tontura). |
id |
UFSP_dd088301824e9ebea6bf45bddcc9ab3e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/3081 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Ganança, Fernando Freitas [UNIFESP]Gazzola, Juliana Maria [UNIFESP]Aratani, Mayra Cristina [UNIFESP]Perracini, Monica Rodrigues [UNIFESP]Ganança, Mauricio Malavasi [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)UNIBANUNICIDCentro de Medicina Diagnóstica Fleury - São Paulo (SP)2015-06-14T13:32:07Z2015-06-14T13:32:07Z2006-06-01Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 72, n. 3, p. 388-393, 2006.0034-7299http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3081http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000300016S0034-72992006000300016.pdfS0034-7299200600030001610.1590/S0034-72992006000300016OBJETIVO: Investigar as circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica e relacioná-las com o número de quedas (uma/ duas e mais quedas). MÉTODO: Estudo transversal descritivo analítico com 64 pacientes com idade igual ou superior a 65 anos, com história de quedas e diagnóstico de disfunção vestibular crônica. Foram realizadas a análises descritivas e teste Qui-Quadrado, <0,05. RESULTADOS: A amostra apresentou maioria feminina (76,6%) e média etária de 73,62±5,69 anos. O exame vestibular evidenciou vestibulopatia periférica (81,5%) e as hipóteses diagnósticas prevalentes foram vertigem posicional paroxística benigna (43,8%) e labirintopatia metabólica (42,2%). Quedas recorrentes foram verificadas em 35 idosos (53,1%). Em relação à última queda, 39,1% sofreram a queda fora do domicílio, 51,6% das quedas ocorreram no período da manhã, 51,6% delas por mecanismo de propulsão, 53,1% durante a deambulação, 25,0% causadas por tontura e 23,4% por tropeço. A restrição das atividades foi significativamente maior nos pacientes que sofreram duas e mais quedas, quando comparados aos que sofreram uma queda (p=0,031). Foi encontrada associação significativa entre número de ocorrência de quedas e as causas da queda (p<0,001). A causa de queda por escorregamento é maior em idosos que referiram uma queda (p=0,026) e a causa de quedas por tontura teve maior ocorrência em idosos que referiram duas e mais quedas (p=0,001). CONCLUSÕES: O medo de queda e a tendência a quedas são referidos pela maioria dos idosos com vestibulopatia crônica. A queda é mais freqüente pela manhã, fora do domicílio e durante a deambulação. A direção propulsiva é referida pela metade dos idosos e as causas mais comuns das quedas são vertigem e tropeço. O número de quedas está associado à restrição das atividades após a última queda e às causas da queda (escorregamento e tontura).AIM: To investigate the circumstances and consequences of falls in the chronically dizzy elderly and to correlate them with the number of falls (one/two and more). METHOD: Transversal descriptive analytic study with 64 patients aged 65 or over, with history of falls and diagnostic of chronic vestibular dysfunction. We performed a descriptive analysis and Qui-Square test (x<0.05). RESULTS: The sample was constituted by a female majority (76.6%) with a mean age of 73.62±5.69 years. The vestibular examination showed peripheral vestibulopathy in 81.5% of the cases and the most prevalent diagnostic hypothesis were benign paroxysmal positional vertigo (43.8%) and metabolic inner ear disease (42.2%). Recurrent falls were seen in 35 elderly (53.1%). In relation to the last fall, 39.1% of the patients had fallen in their homes, 51.6% of them occurred during the morning, 51.6% with some propulsion mechanism, 53.1% when walking, 25.0% caused by dizziness and 23.4% by stumbling. Activity restriction was significantly greater in patients that have already had two and more falls, when compared with those who had fallen only once (p=0.031). We found a significant association between the number of falls and their causes (p<0.001). Falls that have happened by slipping were more frequent in the elderly that reported one fall (p=0.0265) and falls that had happened because of dizziness were more frequent in the elderly that complained of two or more falls (p=0.0012). CONCLUSION: Fear and tendency to fall are referred by the majority of chronically dizzy elderly. Fall are more frequent in the morning, in the home and during walking. The propulsion direction is mentioned by half of the elderly and the most common cause for falls are dizziness and stumbling. The number of falls is significantly associated with activity restrictions after the last fall and with the causes for falling (slipping and dizziness).UNIFESP - EPMUNIBANUNICIDCentro de Medicina Diagnóstica Fleury - São Paulo (SP)UNIFESP, EPMSciELO388-393porABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-FacialRevista Brasileira de Otorrinolaringologiadoença vestibularidosoquedas, tonturavestibular diseaseelderlyfallsdizzinessCircunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônicaCircumstances and consequences of falls in elderly people with vestibular disorderinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0034-72992006000300016.pdfapplication/pdf138482${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3081/1/S0034-72992006000300016.pdf82b19cfea62ab7966f3372f5a0de9d34MD51open accessTEXTS0034-72992006000300016.pdf.txtS0034-72992006000300016.pdf.txtExtracted texttext/plain26981${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3081/2/S0034-72992006000300016.pdf.txt34b34b9cc7c44c3489d9e3ed916c9b4cMD52open access11600/30812022-07-08 10:22:03.225open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/3081Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-07-08T13:22:03Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Circumstances and consequences of falls in elderly people with vestibular disorder |
title |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica |
spellingShingle |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica Ganança, Fernando Freitas [UNIFESP] doença vestibular idoso quedas, tontura vestibular disease elderly falls dizziness |
title_short |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica |
title_full |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica |
title_fullStr |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica |
title_full_unstemmed |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica |
title_sort |
Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica |
author |
Ganança, Fernando Freitas [UNIFESP] |
author_facet |
Ganança, Fernando Freitas [UNIFESP] Gazzola, Juliana Maria [UNIFESP] Aratani, Mayra Cristina [UNIFESP] Perracini, Monica Rodrigues [UNIFESP] Ganança, Mauricio Malavasi [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Gazzola, Juliana Maria [UNIFESP] Aratani, Mayra Cristina [UNIFESP] Perracini, Monica Rodrigues [UNIFESP] Ganança, Mauricio Malavasi [UNIFESP] |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) UNIBAN UNICID Centro de Medicina Diagnóstica Fleury - São Paulo (SP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ganança, Fernando Freitas [UNIFESP] Gazzola, Juliana Maria [UNIFESP] Aratani, Mayra Cristina [UNIFESP] Perracini, Monica Rodrigues [UNIFESP] Ganança, Mauricio Malavasi [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
doença vestibular idoso quedas, tontura |
topic |
doença vestibular idoso quedas, tontura vestibular disease elderly falls dizziness |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
vestibular disease elderly falls dizziness |
description |
OBJETIVO: Investigar as circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica e relacioná-las com o número de quedas (uma/ duas e mais quedas). MÉTODO: Estudo transversal descritivo analítico com 64 pacientes com idade igual ou superior a 65 anos, com história de quedas e diagnóstico de disfunção vestibular crônica. Foram realizadas a análises descritivas e teste Qui-Quadrado, <0,05. RESULTADOS: A amostra apresentou maioria feminina (76,6%) e média etária de 73,62±5,69 anos. O exame vestibular evidenciou vestibulopatia periférica (81,5%) e as hipóteses diagnósticas prevalentes foram vertigem posicional paroxística benigna (43,8%) e labirintopatia metabólica (42,2%). Quedas recorrentes foram verificadas em 35 idosos (53,1%). Em relação à última queda, 39,1% sofreram a queda fora do domicílio, 51,6% das quedas ocorreram no período da manhã, 51,6% delas por mecanismo de propulsão, 53,1% durante a deambulação, 25,0% causadas por tontura e 23,4% por tropeço. A restrição das atividades foi significativamente maior nos pacientes que sofreram duas e mais quedas, quando comparados aos que sofreram uma queda (p=0,031). Foi encontrada associação significativa entre número de ocorrência de quedas e as causas da queda (p<0,001). A causa de queda por escorregamento é maior em idosos que referiram uma queda (p=0,026) e a causa de quedas por tontura teve maior ocorrência em idosos que referiram duas e mais quedas (p=0,001). CONCLUSÕES: O medo de queda e a tendência a quedas são referidos pela maioria dos idosos com vestibulopatia crônica. A queda é mais freqüente pela manhã, fora do domicílio e durante a deambulação. A direção propulsiva é referida pela metade dos idosos e as causas mais comuns das quedas são vertigem e tropeço. O número de quedas está associado à restrição das atividades após a última queda e às causas da queda (escorregamento e tontura). |
publishDate |
2006 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2006-06-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:32:07Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:32:07Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 72, n. 3, p. 388-393, 2006. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3081 http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000300016 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0034-7299 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S0034-72992006000300016.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S0034-72992006000300016 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-72992006000300016 |
identifier_str_mv |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 72, n. 3, p. 388-393, 2006. 0034-7299 S0034-72992006000300016.pdf S0034-72992006000300016 10.1590/S0034-72992006000300016 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3081 http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992006000300016 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
388-393 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial |
publisher.none.fl_str_mv |
ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3081/1/S0034-72992006000300016.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3081/2/S0034-72992006000300016.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
82b19cfea62ab7966f3372f5a0de9d34 34b34b9cc7c44c3489d9e3ed916c9b4c |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802764142183972864 |