Comparação do tempo de coagulação ativado em pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise com membranas de slto fluxo versus médio Cut-off

• Autor(a) principal: Lucca, Isabela Pereira [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• dARK ID: ark:/48912/0013000017qq5
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11600/63721
• topic: Hemodiálise; Heparina; Agentes de coagulação; Testes de coagulação sanguínea

Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar o tempo de coagulação ativado em pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise com membranas de alto fluxo versus médio cut-off (MCO). Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado, cruzado, no qual 32 pacientes com DRC foram dialisados por 12 semanas com cada membrana. Os pacientes passaram por um período de washout de 4 semanas entre os períodos de tratamento. O Tempo de Coagulação Ativado (TCA) foi medido no início (pré-heparinização), na segunda e na quarta hora da sessão de diálise. Durante o estudo, não foram feitas alterações na dose ou no método de administração da heparina. Resultados: A população foi predominantemente composta de homens de meia idade, não negros, em hemodiálise por 8 anos, e o principal tipo de acesso vascular foi a fístula arteriovenosa. A hipertensão foi a etiologia mais comum de DRC. Comorbidades foram frequentes e 34% dos pacientes tinham doença cardiovascular prévia. Do total, 59% dos pacientes utilizavam eritropoetina e 25% ácido acetilsalicílico (AAS). Antes da randomização, os valores de TCA eram 132±56, 195±60 e 128±32 segundos na pré- heparinização, segunda e quarta hora, respectivamente. Como não houve efeito de carryover, a população foi reagrupada de acordo com o tratamento, independentemente do período do estudo. Nessas condições, os valores de TCA na pré-heparinização, segunda e quarta hora foram, respectivamente, 129±17, 205±65 e 139±38 segundos no Grupo Alto Fluxo e 143±54, 219±68 e 142±45 segundos no Grupo MCO. O modelo de ANOVA de medidas repetidas mostrou um efeito de tempo (p<0,001), mas não efeito de tratamento (p=0,29) ou interação (p=0,71). Não houve diferenças quando o modelo ANOVA foi ajustado para covariáveis, incluindo uso de eritropoetina e de AAS, temperatura da sala, hemoglobina, fator de von Willebrand, número de plaquetas, proteína C reativa, fator de necrose tumoral ɑ e interleucinas 6 e 1ß. Uma análise ANOVA de medidas repetidas pareada foi realizada e não houve diferença entre os valores de TCA nos Grupos Alto Fluxo e MCO. Conclusão: Nenhuma diferença referente aos padrões de coagulação foi observada entre membranas de alto fluxo e médio cut off, sugerindo que ajustes na dose ou no método de administração da heparina não são necessários com a utilização das novas membranas de diálise MCO.