Correlação qualitativa do potencial anticâncer e antimalárico de extratos de bactérias marinhas brasileiras: acesso ao banco de cepas do Laboratório de Farmacologia Marinha
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60345 |
Resumo: | Os micro-organismos marinhos vêm se destacando como uma importante fonte de substâncias com potencial farmacológico. Nesse contexto, nosso grupo de pesquisa atua há mais de uma década bioprospectando micro-organismos marinhos brasileiros e conta com um banco de cepas com mais de 1.500 bactérias. Dentre elas, já são reconhecidas aquelas que produzem substâncias que demonstram potencial anticâncer. E agora, há o interesse em acessar o banco de cepas para a atividade antimalárica. Logo, o objetivo deste trabalho é comparar, a partir de parâmetros qualitativos, os potenciais anticâncer e antimalárico dos extratos obtidos de bactérias recuperadas de sedimento marinho depositadas no banco de cepas do Laboratório de Farmacologia Marinha, ICB, USP. Informações sobre as 131 cepas analisadas no presente estudo foram acessadas através do banco de cepas do Laboratório de Farmacologia Marinha, que inclui meio, método e local de coleta, além da atividade inibitória no crescimento de células de linhagem tumoral HCT-116 em cultura. Os dados de atividade antimalárica dos extratos foram gerados e cedidos pelo grupo de pesquisa colaborador. Foram confeccionados dois gráficos de dispersão do % de inibição do crescimento do parasita (atividade antimalárica) X % de inibição do crescimento da célula tumoral (atividade anticâncer) para auxiliar na visualização dos extratos com perfil de atividade biológica mais interessantes. As cepas foram também organizadas por meio, método e local de coleta. Cepas recuperadas de sedimento coletado na região de Ubatuba foram as mais numerosas neste estudo. Cepas recuperadas pelo método M2 e o meio SWA foram predominantes, sendo sua combinação responsável por 39,7% do total das cepas analisadas. A partir dos dados de atividade anticâncer e dos dados antimaláricos de cada extrato, foi possível construir dois gráficos de dispersão; o primeiro, 5x5 (comparando os extratos testados na mesma concentração de 5 µg/mL em ambos os ensaios) teve 55 cepas ativas, sendo que destas 30,5% foram ativas exclusivamente em algum dos dois ensaios biológicos. O segundo gráfico, 5x50 (comparando os extratos testados em concentrações diferentes nos ensaios, sendo 5 µg/mL para antimalárico e 50 µg/mL para anticâncer) apresentou 86 cepas ativas com 38,17% ativas em algum dos ensaios. Vale destacar que apenas 3,82% dos extratos apresentaram ação antimalárica na análise 5x50, ressaltando este perfil de atividade como o evento mais raro observado. Deste estudo, as cepas BRB-002, BRB-004 e BRB-096 demonstram-se interessantes para o estudo sequencial da atividade anticâncer. Para a atividade antimalárica, as cepas mais interessantes são BRB-241 e BRB-598. |
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Correlação qualitativa do potencial anticâncer e antimalárico de extratos de bactérias marinhas brasileiras: acesso ao banco de cepas do Laboratório de Farmacologia MarinhaProdutos naturais marinhosActinobactériasAtividade anticâncerAtividade antimaláricaPotencial biotecnológicoMarine natural productsActinobacteriaAnticancer activityAntimalarial activityBiotechnological potentialOs micro-organismos marinhos vêm se destacando como uma importante fonte de substâncias com potencial farmacológico. Nesse contexto, nosso grupo de pesquisa atua há mais de uma década bioprospectando micro-organismos marinhos brasileiros e conta com um banco de cepas com mais de 1.500 bactérias. Dentre elas, já são reconhecidas aquelas que produzem substâncias que demonstram potencial anticâncer. E agora, há o interesse em acessar o banco de cepas para a atividade antimalárica. Logo, o objetivo deste trabalho é comparar, a partir de parâmetros qualitativos, os potenciais anticâncer e antimalárico dos extratos obtidos de bactérias recuperadas de sedimento marinho depositadas no banco de cepas do Laboratório de Farmacologia Marinha, ICB, USP. Informações sobre as 131 cepas analisadas no presente estudo foram acessadas através do banco de cepas do Laboratório de Farmacologia Marinha, que inclui meio, método e local de coleta, além da atividade inibitória no crescimento de células de linhagem tumoral HCT-116 em cultura. Os dados de atividade antimalárica dos extratos foram gerados e cedidos pelo grupo de pesquisa colaborador. Foram confeccionados dois gráficos de dispersão do % de inibição do crescimento do parasita (atividade antimalárica) X % de inibição do crescimento da célula tumoral (atividade anticâncer) para auxiliar na visualização dos extratos com perfil de atividade biológica mais interessantes. As cepas foram também organizadas por meio, método e local de coleta. Cepas recuperadas de sedimento coletado na região de Ubatuba foram as mais numerosas neste estudo. Cepas recuperadas pelo método M2 e o meio SWA foram predominantes, sendo sua combinação responsável por 39,7% do total das cepas analisadas. A partir dos dados de atividade anticâncer e dos dados antimaláricos de cada extrato, foi possível construir dois gráficos de dispersão; o primeiro, 5x5 (comparando os extratos testados na mesma concentração de 5 µg/mL em ambos os ensaios) teve 55 cepas ativas, sendo que destas 30,5% foram ativas exclusivamente em algum dos dois ensaios biológicos. O segundo gráfico, 5x50 (comparando os extratos testados em concentrações diferentes nos ensaios, sendo 5 µg/mL para antimalárico e 50 µg/mL para anticâncer) apresentou 86 cepas ativas com 38,17% ativas em algum dos ensaios. Vale destacar que apenas 3,82% dos extratos apresentaram ação antimalárica na análise 5x50, ressaltando este perfil de atividade como o evento mais raro observado. Deste estudo, as cepas BRB-002, BRB-004 e BRB-096 demonstram-se interessantes para o estudo sequencial da atividade anticâncer. Para a atividade antimalárica, as cepas mais interessantes são BRB-241 e BRB-598.Marine microorganisms have been highlighted as an important source of compounds with pharmacological potential. In this context, our research group, for over a decade, has been active bioprospecting Brazilian marine microorganisms and has a strain bank with more than 1,500 bacteria. Among them, those that produce substances with anti-cancer potential have been already recognized. And now, there is an interest in accessing the strain bank for antimalarial activity. Therefore, the aim of this work is to compare, based on qualitative parameters, the anticancer and antimalarial potentials of extracts obtained from bacteria recovered from marine sediment deposited in the strain bank of the Marine Pharmacology Laboratory, ICB, USP. Information on the 131 strains analyzed in the present study was accessed through the strain bank of the Marine Pharmacology Laboratory, which includes the means, method and collection site, in addition to the inhibitory activity on the growth of HCT-116 tumor cells in culture. The antimalarial activity data of the extracts were generated and provided by the collaborating research group. Two scatter plots of % of growth inhibition of the parasite (antimalarial activity) X% of growth inhibition of the tumor cell (anti-cancer activity) were made to help visualize the extracts with the most interesting biological activity profile. The strains were also organized by means, method and place of collection. Strains recovered from sediment collected in the Ubatuba region were the most numerous in this study. Strains recovered by the M2 method and the SWA medium were predominant, their combination being responsible for 39,7% of the total strains analyzed. From the anticancer activity data and the antimalarial data for each extract, it was possible to construct two scatter plots; the first, 5x5 (comparing the extracts tested at the same concentration of 5 µg/mL in both tests) had 55 active strains, of which 30,5% were active exclusively in one of the two biological assays. The second graph, 5x50 (comparing the extracts tested in different concentrations in the assays, with 5 µg/mL for antimalarial and 50 µg/mL for anticancer) showed 86 active strains with 38,17% active in some of the tests. It is worth noting that only 3,82% of the extracts showed antimalarial action in the 5x50 analysis, highlighting this activity profile as the rarest event observed. From this study, strains BRB-002, BRB-004 and BRB-096 prove to be interesting for the sequential study of anticancer activity. For antimalarial activity, the most interesting strains are BRB-241 and BRB-598.Universidade Federal de São PauloJimenez, Paula Christine [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/4248251483705135http://lattes.cnpq.br/2820659545359755Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Matsuda, Vitória Ami [UNIFESP]2021-03-11T16:22:01Z2021-03-11T16:22:01Z2021-02-22info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion38 f.application/pdfMATSUDA, Vitória Ami. Correlação qualitativa do potencial anticâncer e antimalárico de extratos de bactérias marinhas brasileiras: acesso ao banco de cepas do Laboratório de Farmacologia Marinha. 2021. 38f. Trabalho de conclusão de curso de graduação (Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar) - Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2021.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60345porSantosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-10T07:34:56Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/60345Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-10T07:34:56Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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