Experiências juvenis pandêmicas sob a perspectiva da Terapia Ocupacional social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11600/71488 |
Resumo: | A pandemia de CoVID-19 agravou muitas problemáticas não suficientemente enfrentadas pelas políticas públicas sociais do Brasil e afetou de forma desproporcional os diferentes grupos populacionais, dentre eles os jovens negros e periféricos. Este trabalho de pesquisa se dedicou a compreender o modo pelo qual três jovens moradores de uma das periferias e estudantes do ensino médio em uma escola pública, sendo dois meninos e uma menina, da cidade de Santos (SP) foram influenciados pelas circunstâncias da pandemia e como enfrentaram os desafios desse período em seus dados cotidianos. Para tanto, retomou-se os registros dos diários de campo realizados no período de março de 2020 a março de 2022 da própria autora que participou ativamente da vida desses três jovens, bem como 4 entrevistas individuais no mês de Maio nos anos de 2021 e 2022 e conversas coletivas realizadas nos meses finais de 2020. Os resultados demonstram como os jovens se relacionaram com suas famílias no espaço doméstico, com maior sobrecarga para os jovens que tinham irmãos mais novos e para a menina, aprofundando as desigualdades de gênero, bem como os conflitos intergeracionais decorrentes da não incorporação - ou incorporação parcial - das medidas de proteção à CoVID pelos pais, em especial, pelas figuras paternas, na escola entre seus próprios colegas, e no trabalho. Outro elemento de destaque se dá na relação com a escola, seu esvaziamento de sentido e a contradição do excesso/vazio de atividades solicitadas na dispersão de diferentes plataformas virtuais, competindo com as novas atribuições domésticas, com o trabalho remunerado e com as atividades religiosas. Por fim, assinala-se que por meio dessa proposição de caráter investigativo/interventivo pode-se criar um espaço potente de interlocução entre a jovem graduanda de Terapia Ocupacional e estudantes secundaristas, tornando-o, segundo os próprios jovens “portos seguros” em um dado momento profundamente marcado pela insegurança e por conflitos, espaço este onde pode-se (re)elaborar leituras, pensamentos e comportamentos necessários para o enfrentamento de suas realidades. |
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