Intubação traqueal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matsumoto, Toshio
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Carvalho, Werther Brunow de [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3682
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000300010
Resumo: OBJETIVO: Revisar os conceitos atuais relacionados ao procedimento de intubação traqueal na criança. FONTES DOS DADOS: Seleção dos principais artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, utilizando as palavras-chave intubation, tracheal intubation, child, rapid sequence intubation, pediatric airway, durante o período de 1968 a 2006. SÍNTESE DOS DADOS: O manuseio da via aérea na criança está relacionado à sua fisiologia e anatomia, além de fatores específicos (condições patológicas inerentes, como malformações e condições adquiridas) que influenciam decisivamente no seu sucesso. As principais indicações são manter permeável a aérea e controlar a ventilação. A laringoscopia e intubação traqueal determinam alterações cardiovasculares e reatividade de vias aéreas. O uso de tubos com balonete não é proibitivo, desde que respeitado o tamanho adequado para a criança. A via aérea difícil pode ser reconhecida pela escala de Mallampati e na laringoscopia direta. A utilização da seqüência rápida de intubação tem sido recomendada cada vez mais em pediatria, por facilitar o procedimento e apresentar menores complicações. A intubação traqueal deve ser realizada de modo adequado em circunstâncias especiais (alimentação prévia, disfunção neurológica, instabilidade de coluna espinal, obstrução de vias aéreas superiores, lesões laringotraqueais, lesão de globo ocular). A extubação deve ser meticulosamente planejada, pois pode falhar e necessitar de reintubação. CONCLUSÕES: A intubação traqueal de crianças necessita conhecimento, aprendizado e experiência, pois o procedimento realizado por pediatras inexperientes pode resultar em complicações ameaçadoras da vida.
id UFSP_ea949781e0b4e78d8689ee647111961c
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/3682
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Matsumoto, ToshioCarvalho, Werther Brunow de [UNIFESP]Hospital Municipal Infantil Menino Jesus Unidade de Terapia Intensiva Neonatal Unidade de Terapia Intensiva PediátricaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Hospital Santa CatarinaHospital Infantil Sabará Pronto-Socorro2015-06-14T13:36:53Z2015-06-14T13:36:53Z2007-05-01Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 2, p. S83-S90, 2007.0021-7557http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3682http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000300010S0021-75572007000300010.pdfS0021-7557200700030001010.1590/S0021-75572007000300010WOS:000254506300010OBJETIVO: Revisar os conceitos atuais relacionados ao procedimento de intubação traqueal na criança. FONTES DOS DADOS: Seleção dos principais artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, utilizando as palavras-chave intubation, tracheal intubation, child, rapid sequence intubation, pediatric airway, durante o período de 1968 a 2006. SÍNTESE DOS DADOS: O manuseio da via aérea na criança está relacionado à sua fisiologia e anatomia, além de fatores específicos (condições patológicas inerentes, como malformações e condições adquiridas) que influenciam decisivamente no seu sucesso. As principais indicações são manter permeável a aérea e controlar a ventilação. A laringoscopia e intubação traqueal determinam alterações cardiovasculares e reatividade de vias aéreas. O uso de tubos com balonete não é proibitivo, desde que respeitado o tamanho adequado para a criança. A via aérea difícil pode ser reconhecida pela escala de Mallampati e na laringoscopia direta. A utilização da seqüência rápida de intubação tem sido recomendada cada vez mais em pediatria, por facilitar o procedimento e apresentar menores complicações. A intubação traqueal deve ser realizada de modo adequado em circunstâncias especiais (alimentação prévia, disfunção neurológica, instabilidade de coluna espinal, obstrução de vias aéreas superiores, lesões laringotraqueais, lesão de globo ocular). A extubação deve ser meticulosamente planejada, pois pode falhar e necessitar de reintubação. CONCLUSÕES: A intubação traqueal de crianças necessita conhecimento, aprendizado e experiência, pois o procedimento realizado por pediatras inexperientes pode resultar em complicações ameaçadoras da vida.OBJECTIVE: To review current concepts related to the procedure of tracheal intubation in children. SOURCES: Relevant articles published from 1968 to 2006 were selected from the MEDLINE, LILACS and SciELO databases, using the keywords intubation, tracheal intubation, child, rapid sequence intubation and pediatric airway. SUMMARY OF THE FINDINGS: Airway management in children is related to their physiology and anatomy, in addition to specific factors (inherent pathological conditions, such as malformations or acquired conditions) which have a decisive influence on success. Principal indications are in order to maintain the airway patent and to control ventilation. Laryngoscopy and tracheal intubation cause cardiovascular alterations and affect airway reactivity. The use of tubes with cuffs is not prohibited, as long as the correct size for the child is chosen. A difficult airway can be identified against the Mallampati scale and by direct laryngoscopy. Rapid sequence intubation is being recommended more and more often in pediatrics, since it facilitates the procedure and presents fewer complications. Tracheal intubation should be carried out in an adequate manner in special circumstances (eaten recently, neurological dysfunction, unstable spinal column, upper airway obstruction, laryngotracheal injuries, injuries to the eyeball). Extubation should be meticulously planned, since there is chance of failure and a need for reintubation. CONCLUSIONS: Tracheal intubation of children requires knowledge, skill and experience, since, if the procedure is carried out by inexperienced pediatricians, it can result in life-threatening complications.Hospital Municipal Infantil Menino Jesus Unidade de Terapia Intensiva Neonatal Unidade de Terapia Intensiva PediátricaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de PediatriaHospital São Paulo Unidades de Cuidados Intensivos PediátricasHospital Santa CatarinaHospital Infantil Sabará Pronto-SocorroUNIFESP, EPM, Depto. de PediatriaHospital São Paulo Unidades de Cuidados Intensivos PediátricasSciELOS83-S90porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de PediatriaIntubaçãointubação traquealcriançaseqüência rápida de intubaçãovia aérea da criançaIntubationtracheal intubationchildrapid sequence intubationpediatric airwayIntubação traquealTracheal intubationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572007000300010.pdfapplication/pdf1325633${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3682/1/S0021-75572007000300010.pdfa33a4cae3c967552084709013b472739MD51open accessTEXTS0021-75572007000300010.pdf.txtS0021-75572007000300010.pdf.txtExtracted texttext/plain34599${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3682/21/S0021-75572007000300010.pdf.txta828ab8653ed361dc262c67d506cceafMD521open accessTHUMBNAILS0021-75572007000300010.pdf.jpgS0021-75572007000300010.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6162${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3682/23/S0021-75572007000300010.pdf.jpgc046f5d8d3c611b52e8da601b3345f06MD523open access11600/36822023-06-05 19:45:53.144open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/3682Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:45:53Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Intubação traqueal
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Tracheal intubation
title Intubação traqueal
spellingShingle Intubação traqueal
Matsumoto, Toshio
Intubação
intubação traqueal
criança
seqüência rápida de intubação
via aérea da criança
Intubation
tracheal intubation
child
rapid sequence intubation
pediatric airway
title_short Intubação traqueal
title_full Intubação traqueal
title_fullStr Intubação traqueal
title_full_unstemmed Intubação traqueal
title_sort Intubação traqueal
author Matsumoto, Toshio
author_facet Matsumoto, Toshio
Carvalho, Werther Brunow de [UNIFESP]
author_role author
author2 Carvalho, Werther Brunow de [UNIFESP]
author2_role author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Hospital Municipal Infantil Menino Jesus Unidade de Terapia Intensiva Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Hospital Santa Catarina
Hospital Infantil Sabará Pronto-Socorro
dc.contributor.author.fl_str_mv Matsumoto, Toshio
Carvalho, Werther Brunow de [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Intubação
intubação traqueal
criança
seqüência rápida de intubação
via aérea da criança
topic Intubação
intubação traqueal
criança
seqüência rápida de intubação
via aérea da criança
Intubation
tracheal intubation
child
rapid sequence intubation
pediatric airway
dc.subject.eng.fl_str_mv Intubation
tracheal intubation
child
rapid sequence intubation
pediatric airway
description OBJETIVO: Revisar os conceitos atuais relacionados ao procedimento de intubação traqueal na criança. FONTES DOS DADOS: Seleção dos principais artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, utilizando as palavras-chave intubation, tracheal intubation, child, rapid sequence intubation, pediatric airway, durante o período de 1968 a 2006. SÍNTESE DOS DADOS: O manuseio da via aérea na criança está relacionado à sua fisiologia e anatomia, além de fatores específicos (condições patológicas inerentes, como malformações e condições adquiridas) que influenciam decisivamente no seu sucesso. As principais indicações são manter permeável a aérea e controlar a ventilação. A laringoscopia e intubação traqueal determinam alterações cardiovasculares e reatividade de vias aéreas. O uso de tubos com balonete não é proibitivo, desde que respeitado o tamanho adequado para a criança. A via aérea difícil pode ser reconhecida pela escala de Mallampati e na laringoscopia direta. A utilização da seqüência rápida de intubação tem sido recomendada cada vez mais em pediatria, por facilitar o procedimento e apresentar menores complicações. A intubação traqueal deve ser realizada de modo adequado em circunstâncias especiais (alimentação prévia, disfunção neurológica, instabilidade de coluna espinal, obstrução de vias aéreas superiores, lesões laringotraqueais, lesão de globo ocular). A extubação deve ser meticulosamente planejada, pois pode falhar e necessitar de reintubação. CONCLUSÕES: A intubação traqueal de crianças necessita conhecimento, aprendizado e experiência, pois o procedimento realizado por pediatras inexperientes pode resultar em complicações ameaçadoras da vida.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-05-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:36:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:36:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 2, p. S83-S90, 2007.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3682
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000300010
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0021-7557
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0021-75572007000300010.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0021-75572007000300010
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572007000300010
dc.identifier.wos.none.fl_str_mv WOS:000254506300010
identifier_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 2, p. S83-S90, 2007.
0021-7557
S0021-75572007000300010.pdf
S0021-75572007000300010
10.1590/S0021-75572007000300010
WOS:000254506300010
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3682
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000300010
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv S83-S90
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3682/1/S0021-75572007000300010.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3682/21/S0021-75572007000300010.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3682/23/S0021-75572007000300010.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv a33a4cae3c967552084709013b472739
a828ab8653ed361dc262c67d506cceaf
c046f5d8d3c611b52e8da601b3345f06
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460309459009536