Uma noite com 6h de restrição de sono piora a performance em roedores submetidos ao treinamento resistido periodizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nosé, Paulo Daubian Rubini dos Santos [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/70674
Resumo: Introdução: O exercício físico é um potente estimulador fisiológico e biomolecular capaz de promover diversas respostas fisiológicas. As respostas fisiológicas advindas do exercício físico são dependentes da carga de treinamento imposta entre cada uma das sessões. Estudos realizados em humanos e modelos animais comprovam que a restrição de sono tem consequências significativas no desempenho físico. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos da restrição de sono sobre o desempenho do treinamento resistido, quantificando variáveis bioquímicas e moleculares. Métodos: Foram utilizados 30 ratos Wistar machos com 60 dias de idade divididos em quatro grupos (Sedentário Controle (SC; N = 5), Sedentário Restrição de Sono (SRS; N = 5), Treinado Controle (TC; N = 10), e Treinado Restrição de Sono (TRS; N = 10)). Os animais foram submetidos a um teste de força máxima inicial, seguido de um protocolo periodizado de treinamento de força com duração de seis semanas. Posteriormente os animais foram submetidos a um período de seis horas de restrição de sono, com a reavaliação do teste de força máxima. Resultados: A presente pesquisa encontrou aumento da massa corporal total de todos os animais ao final das seis semanas de estudo. Seis horas de restrição de sono foi capaz de reduzir 18,4% a capacidade de força do grupo TRS em relação ao grupo TC. Não houve diferenças significativas para os valores de glicogênio entre os grupos experimentais tanto para o músculo plantar, quanto para o músculo sóleo. Não houve diferença significativa para as concentrações da proteína CLOCK nos músculos plantar e sóleo. O trabalho também demonstrou diferença significativa em 15 metabólitos da via de glicólise anaeróbia através da análise metabolômica. Conclusão: Concluímos que a restrição de sono atenua o desempenho da capacidade de força máxima em animais treinados, demonstrando também que o processo de treinamento reduz o impacto da restrição do sono no desempenho, alterando diversos metabólitos da via de glicose anaeróbia.
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Métodos: Foram utilizados 30 ratos Wistar machos com 60 dias de idade divididos em quatro grupos (Sedentário Controle (SC; N = 5), Sedentário Restrição de Sono (SRS; N = 5), Treinado Controle (TC; N = 10), e Treinado Restrição de Sono (TRS; N = 10)). Os animais foram submetidos a um teste de força máxima inicial, seguido de um protocolo periodizado de treinamento de força com duração de seis semanas. Posteriormente os animais foram submetidos a um período de seis horas de restrição de sono, com a reavaliação do teste de força máxima. Resultados: A presente pesquisa encontrou aumento da massa corporal total de todos os animais ao final das seis semanas de estudo. Seis horas de restrição de sono foi capaz de reduzir 18,4% a capacidade de força do grupo TRS em relação ao grupo TC. Não houve diferenças significativas para os valores de glicogênio entre os grupos experimentais tanto para o músculo plantar, quanto para o músculo sóleo. Não houve diferença significativa para as concentrações da proteína CLOCK nos músculos plantar e sóleo. O trabalho também demonstrou diferença significativa em 15 metabólitos da via de glicólise anaeróbia através da análise metabolômica. Conclusão: Concluímos que a restrição de sono atenua o desempenho da capacidade de força máxima em animais treinados, demonstrando também que o processo de treinamento reduz o impacto da restrição do sono no desempenho, alterando diversos metabólitos da via de glicose anaeróbia.Introduction: Physical exercise is a powerful physiological and biomolecular stimulator capable of promoting various physiological responses. The physiological responses arising from physical exercise depend on the training load imposed between each session. Studies carried out in humans and animal models prove that sleep restriction has significant consequences on physical performance. Objective: The objective of the present work was to investigate the effects of sleep restriction on resistance training performance, quantifying biochemical and molecular variables. Methods: Thirty 60-day-old male Wistar rats were used, divided into four groups (Sedentary Control (SC; N = 5), Sedentary Sleep Restriction (SRS; N = 5), Trained Control (TC; N = 10), and Trained Sleep Restriction (SRT; N = 10)). The animals were subjected to an initial maximal strength test, followed by a periodized strength training protocol lasting six weeks. Subsequently, the animals were subjected to a period of six hours of sleep restriction, with reassessment of the maximum strength test. Results: The present research found an increase in the total body mass of all animals at the end of the six weeks of study. Six hours of sleep restriction was able to reduce the strength capacity of the TRS group by 18.4% compared to the TC group. There were no significant differences in glycogen values between the experimental groups for either the plantaris muscle or the soleus muscle. There was no significant difference in CLOCK protein concentrations in the plantar and soleus muscles. The work also demonstrated a significant difference in 15 metabolites from the anaerobic glycolysis pathway through metabolomic analysis. Conclusion We conclude that sleep restriction attenuates the performance of maximal strength capacity in trained animals, also demonstrating that the training process reduces the impact of sleep restriction on performance, altering several metabolites of the anaerobic glucose pathway.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)2021/09047-6ronaldo.thomatieli@unifesp.br80 f.NOSÉ, Paulo Daubian Rubini dos Santos. Uma noite com 6h de restrição de sono piora a performance em roedores submetidos ao treinamento resistido periodizado. 2023. 80 f. Tese (Doutorado em Psicobiologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2023.https://repositorio.unifesp.br/11600/70674porUniversidade Federal de São PauloSonoRestrição de sonoExercício físicoTreinamento de força/resistidoUma noite com 6h de restrição de sono piora a performance em roedores submetidos ao treinamento resistido periodizadoA night of 6 hours of sleep restriction worsens performance in rodents subjected to periodized resistance traininginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)40076487865PsicobiologiaORIGINALTese Paulo Daubian-Nosé.pdfTese Paulo Daubian-Nosé.pdfTese de doutoradoapplication/pdf2527009https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/85df4578-5c17-48b0-922a-3bbc06000cb8/download951d7ff7b7bc0d43276fce5a3ae885d6MD5111600/706742024-02-05 09:10:01.524oai:repositorio.unifesp.br/:11600/70674https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652024-02-05T09:10:01Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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