Ingestão alimentar e estado nutricional de crianças com suspeita ou diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca: dados obtidos a partir das redes sociais

• Autor(a) principal: Silva, Alcimary Nogueira Amaral [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Sato, Juliana Kaory Oshiro [UNIFESP]
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• dARK ID: ark:/48912/001300000qj90
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68573
• topic: Estado nutricional; Ingestão alimentar; Criança; Alergia à proteína do leite; Nutritional status; Food intake; Child; Milk protein allergy

Objetivo: avaliar o estado nutricional, a ingestão alimentar e quais são substitutos de leite de vaca consumidos por crianças com suspeita ou diagnóstico de alergia às proteínas do leite de vaca. Material e Métodos: estudo observacional e descritivo com casuística de conveniência que contou com 70 crianças, cujas mães desejaram participar do estudo. As mães foram captadas nas redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp) por meio de convite. A coleta de dados se deu com auxílio de um questionário semi-estruturado, que incluiu questões demográficas, peso e estatura, antecedentes clínicos, sinais e sintomas, ingestão alimentar e estado nutricional. O estado nutricional foi classificado com base nos escores Z de peso/idade; peso/estatura; estatura/idade com auxílio do Software Anthro® para crianças com idade até 5 anos (OMS, 2008). A ingestão energética, de macronutrientes e de micronutrientes (cálcio, zinco, vitamina A e C), foi avaliada com o emprego do Software Diet Box versão 8.1.5, sendo comparada às recomendações vigentes – DRI (Dietary Reference Intakes, 2006 e IOM, 2010). Resultados: das 70 crianças, 43 têm o diagnóstico de APLV e 27 têm suspeita de APLV. Aleitamento artificial foi mais prevalente (34,2%), seguido do aleitamento materno exclusivo (30%). Quando perguntado se a mãe que amamenta a criança, faz dieta de exclusão do leite de vaca e derivados, 36 (78,2%) responderam que sim contra 10 (21,8%) que responderam não. Algumas crianças consomem leite de vaca, mesmo em dieta de eliminação das proteínas do leite. As faixas etárias entre 0 e 6 meses para os meninos e meninas, mostraram ingestão alimentar insuficiente quando comparadas às DRI. O mesmo ocorreu com a idade entre 6 e 12 meses para as meninas. Já o estado nutricional evolutivo, não mostrou diferenças significantes quando comparada a antropometria de nascimento com o momento atual. Conclusão: em relação ao estado nutricional, as crianças com suspeita ou diagnóstico de APLV, encontram-se, eutróficas. A ingestão alimentar de crianças com suspeita ou diagnóstico de APLV, apresenta-se deficiente, tanto em energia, quanto em micronutrientes. A maioria das crianças com suspeita ou diagnóstico de APLV, recebem fórmula extensamente hidrolisada, porém, outras tantas, ainda consomem leite de vaca, mesmo em vigência da dieta sem leite de vaca e derivados.