A especiação química como determinante do impacto de metais no metabolismo de proteínas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Jamile Bruna Corrêa dos [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68658
Resumo: A essencialidade e a toxicidade de um elemento são determinadas pela quantidade ingerida e pelas suas formas químicas. Assim, a exposição a espécies químicas de metais em organismos vivos pode levar a efeitos adversos à saúde humana, no crescimento e desenvolvimento. Estudos in vitro e in vivo sugerem que a exposição crônica a metais essenciais e não essenciais pode resultar em alterações neurotoxicológicas evoluindo para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, que tem sido associadas a alterações no metabolismo de proteínas. Nesse sentido, a especiação química, que é a identificação das formas químicas de um elemento químico em um sistema, desempenha um papel crucial na compreensão dos efeitos dos metais nos processos biológicos e no meio ambiente. Enquanto a biologia de sistemas, que busca compreender os organismos biológicos em sua totalidade, analisando as interações e o comportamento dos componentes que os formam pode identificar alterações sistêmicas nos organismos, incluindo a identificação de fatores determinantes na evolução de doenças. Dessa maneira, no presente estudo levantamos a hipótese de que a especiação química pode ser determinante na interferência do manganês no metabolismo de proteínas, e objetivamos identificar se as espécies químicas de manganês alteram o metabolismo de proteínas. Os estudos permitiram inferir que espécies químicas divalentes e trivalentes, em especial, do manganês alteram o metabolismo de proteínas de maneira diferenciada, potencialmente associado ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Genes afetados pelo Mn2+ envolvem a interrupção de diversas vias metabólicas, acarretando no comprometimento da biossíntese de proteínas. Neste estudo verificou-se que o Mn3+ pode não afetar o metabolismo de proteínas. Essas alterações podem ser atribuídas aos efeitos proteolíticos dos metais.
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