Terapia de indução com alentuzumabe em receptores de transplante renal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sampaio, Edison Luiz Mandia [UNIFESP]
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Freitas, Tainá Veras de Sandes [UNIFESP], Galante, Nelson Zocoler [UNIFESP], Park, Sung In [UNIFESP], Harada, Kelly Miyuki [UNIFESP], Haolla, Filipe Augusto Bettencourt [UNIFESP], Felipe, Claudia Rosso [UNIFESP], Troconis, Paul Henri Clesca [UNIFESP], Franco, Marcello Fabiano de [UNIFESP], Tedesco-Silva Junior, Hélio [UNIFESP], Pestana, Jose Osmar Medina [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/5656
http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002010000100015
Resumo: INTRODUÇÃO: Terapias de indução são usualmente utilizadas em receptores sensibilizados contra antígenos HLA, retransplantes e pacientes com risco de apresentar função tardia do enxerto (FTE). MÉTODO: Estudo retrospectivo com objetivo de avaliar os desfechos do transplante renal com doador falecido em pacientes que receberam indução com alentuzumabe (n = 9). Os pacientes do grupo controle, pareados conforme idade do receptor, tempo em diálise e tempo de isquemia fria, receberam timoglobulina (n = 18). RESULTADOS: Não houve diferença nas características demográficas entre os grupos. A idade média dos receptores foi de 47 anos e dos doadores, de 59 anos. Entre os doadores, 67% apresentavam critério expandido. A incidência de FTE foi de 55% e 56%, respectivamente. Ao final do primeiro ano, não houve diferença nas sobrevidas livre de rejeição aguda comprovada por biópsia (67,0% e 84,6%, p = 0,26), do paciente (83,3% e 81,2%; p = 0,63), do enxerto (62,5% e 66,7%; p = 0,82), do enxerto com óbito censorado (62,5% e 76,6%; p = 0,73) e na função renal (depuração de creatinina: 61,6 ± 18,2 versus 52,7 ± 26,1 mL/min, p = 0,503). Houve maior redução na contagem de linfócitos no sangue periférico no grupo alentuzumabe (dia 14:172 ± 129 versus 390 ± 195 N/mm³, p < 0,05; dia 30: 135 ± 78 versus 263±112 N/mm³, p < 0,05), porém com retorno mais rápido a valores normais após o transplante (dia 90: 683 ± 367 versus 282 ± 72 N/mm³, p < 0,05; dia 360: 1269 ± 806 versus 690±444 N/mm³, p < 0,05). O custo do tratamento com alentuzumabe foi de R$ 1.388,00, enquanto que o custo médio com timoglobulina foi de R$ 7.398,00. CONCLUSÃO: Essa experiência com alentuzumabe não demonstrou eficácia e/ou segurança superiores aos regimes com timoglobulina, apesar do custo ser em média cinco vezes menor.
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MÉTODO: Estudo retrospectivo com objetivo de avaliar os desfechos do transplante renal com doador falecido em pacientes que receberam indução com alentuzumabe (n = 9). Os pacientes do grupo controle, pareados conforme idade do receptor, tempo em diálise e tempo de isquemia fria, receberam timoglobulina (n = 18). RESULTADOS: Não houve diferença nas características demográficas entre os grupos. A idade média dos receptores foi de 47 anos e dos doadores, de 59 anos. Entre os doadores, 67% apresentavam critério expandido. A incidência de FTE foi de 55% e 56%, respectivamente. Ao final do primeiro ano, não houve diferença nas sobrevidas livre de rejeição aguda comprovada por biópsia (67,0% e 84,6%, p = 0,26), do paciente (83,3% e 81,2%; p = 0,63), do enxerto (62,5% e 66,7%; p = 0,82), do enxerto com óbito censorado (62,5% e 76,6%; p = 0,73) e na função renal (depuração de creatinina: 61,6 ± 18,2 versus 52,7 ± 26,1 mL/min, p = 0,503). Houve maior redução na contagem de linfócitos no sangue periférico no grupo alentuzumabe (dia 14:172 ± 129 versus 390 ± 195 N/mm³, p < 0,05; dia 30: 135 ± 78 versus 263±112 N/mm³, p < 0,05), porém com retorno mais rápido a valores normais após o transplante (dia 90: 683 ± 367 versus 282 ± 72 N/mm³, p < 0,05; dia 360: 1269 ± 806 versus 690±444 N/mm³, p < 0,05). O custo do tratamento com alentuzumabe foi de R$ 1.388,00, enquanto que o custo médio com timoglobulina foi de R$ 7.398,00. CONCLUSÃO: Essa experiência com alentuzumabe não demonstrou eficácia e/ou segurança superiores aos regimes com timoglobulina, apesar do custo ser em média cinco vezes menor.INTRODUCTION: Induction therapy has been used in sensitized patients, re-transplants, and in patients who have high risk to delayed graft function (DGF) after renal transplantation. METHODS: Retrospective study with aim to compare transplant endpoints between recipients of deceased donors which have received induction with alemtuzumab (n = 9) versus thymoglobulin (n = 18). Patients were matched for age, duration of dialysis treatment and cold ischemia time. RESULTS: There were no differences at demographic characteristics. All patients received kidney grafts from deceased donors and 67% of these donors met the expanded criteria. The incidence of DFG was similar in alemtuzumab and thymoglobulin groups, 55% and 56%. At 12 months, rates of rejection free survival (67% versus 89%, p = 0,13), graft survival (62,5% versus 76,6%; p = 0,73), graft with death censored (62,5% versus 76,6%; p = 0,82) and patient survival (83,3% versus 81,2%; p = 0,63) were similar between the two groups. Viral infections and renal function were similar between groups. At the end of the first month, alemtuzumab patients displayed a fewer lymphocyte number (135 ± 78 versus 263 ± 112 N/mm³, p < 0,05) followed by a more rapid recovery after 3 months (day 90: 683 ± 367 versus 282 ± 72 N/mm³; p < 0,05). Cost associated with alemtuzumab and thymoglobulin inductions therapies were R$ 1,388.00 and R$ 7,398.00. CONCLUSION: In this cohort of patients, alemtuzumab induction showed efficacy and safety comparable to thymoglobulin but with significant cost reduction.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Medicina Hospital do Rim e HipertensãoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Patologia, Transplante Renal e NefropatologiaUNIFESP, Depto. de Medicina Hospital do Rim e HipertensãoUNIFESP, Depto. de Patologia, Transplante Renal e NefropatologiaSciELO91-99porSociedade Brasileira de NefrologiaJornal Brasileiro de Nefrologiatransplante de rimimunossupressãoanticorpos monoclonaiskidney transplantationimmunosuppressive agentsmonoclonial antibodiesTerapia de indução com alentuzumabe em receptores de transplante renalAlemtuzumab induction in kidney transplant recipientsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0101-28002010000100015.pdfapplication/pdf548506${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5656/1/S0101-28002010000100015.pdfd3e7bfc3c0008112ff425218428c7836MD51open accessTEXTS0101-28002010000100015.pdf.txtS0101-28002010000100015.pdf.txtExtracted texttext/plain35649${dspace.ui.url}/bitstream/11600/5656/2/S0101-28002010000100015.pdf.txta959c640e38eb84f1f9583635dc6c7a6MD52open access11600/56562021-10-05 21:50:01.357open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/5656Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:25:37.065631Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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