Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Gabrielli Novaes [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65744
Resumo: Nos últimos anos houve um aumento significativo na incidência do melanoma. As terapias disponíveis atualmente contra essa doença, infelizmente, não aumentam significativamente a sobrevida dos pacientes, e, portanto, novas alternativas terapêuticas são necessárias. Fatores imunossupressores presentes no microambiente tumoral fazem com que a resposta imune antitumoral não seja efetiva, além de também reduzirem a eficácia das imunoterapias antitumorais já em uso atualmente. Imunomoduladores são alternativas atraentes para a neutralização da imunossupressão do microambiente tumoral, através da ativação de efetores da resposta imune. Estudos realizados com diferentes proteases demonstraram que estas são capazes de ativar células do sistema imune. Nosso grupo demonstrou que metaloproteases, tanto de origem bacteriana como eucariótica, quando utilizadas para o tratamento in vivo do melanoma murino B16F10-Nex2, reduzem significativamente o crescimento desse modelo tumoral, pela modulação do sistema imunológico. A arazima, de origem bacteriana, e a thimet oligopeptidase (TOP) clonada a partir de células murinas, foram capazes de ativar células do sistema imune, mesmo em sua forma inativa, através da interação com o receptor TLR-4 e sinalização dependente da via Myd88/TRIF/MAPK, e inibir o desenvolvimento do melanoma murino através de uma resposta dependente de linfócitos T e interferon-. Estudo anterior do nosso grupo demonstrou que a Oligopeptidase A (Opda), uma outra metaloprotease bacteriana, também reduziu significativamente o número de nódulos metastáticos pulmonares. A OpdA foi capaz de ativar células dendríticas in vitro, aumentando a produção de citocinas pró-inflamatórias, óxido nítrico, e, também, a expressão de moléculas coestimuladoras na superfície celular, em efeito independente de sua atividade proteolítica, e também pela interação com TLR-4 e de vias de sinalização dependentes de MyD88/TRIF. Neste trabalho, complementando os estudos com a OpdA, mostramos que o efeito antitumoral da OpdA depende de linfócitos T CD4+ e CD8+ tumor-específicos, e do IFN- induzido pelo tratamento com a metaloprotease.
id UFSP_f916738cd8d7d9dadb7060d5f3f002db
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br/:11600/65744
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2Immunomodulatory effect of bacterial metaloprotease oligopeptidase A in the treatment of murine melanoma B16F10-NEX2Melanoma murino B16F10-Nex2MetaloproteaseOligopeptidase AImunomodulaçãoAtividade antitumoralNos últimos anos houve um aumento significativo na incidência do melanoma. As terapias disponíveis atualmente contra essa doença, infelizmente, não aumentam significativamente a sobrevida dos pacientes, e, portanto, novas alternativas terapêuticas são necessárias. Fatores imunossupressores presentes no microambiente tumoral fazem com que a resposta imune antitumoral não seja efetiva, além de também reduzirem a eficácia das imunoterapias antitumorais já em uso atualmente. Imunomoduladores são alternativas atraentes para a neutralização da imunossupressão do microambiente tumoral, através da ativação de efetores da resposta imune. Estudos realizados com diferentes proteases demonstraram que estas são capazes de ativar células do sistema imune. Nosso grupo demonstrou que metaloproteases, tanto de origem bacteriana como eucariótica, quando utilizadas para o tratamento in vivo do melanoma murino B16F10-Nex2, reduzem significativamente o crescimento desse modelo tumoral, pela modulação do sistema imunológico. A arazima, de origem bacteriana, e a thimet oligopeptidase (TOP) clonada a partir de células murinas, foram capazes de ativar células do sistema imune, mesmo em sua forma inativa, através da interação com o receptor TLR-4 e sinalização dependente da via Myd88/TRIF/MAPK, e inibir o desenvolvimento do melanoma murino através de uma resposta dependente de linfócitos T e interferon-. Estudo anterior do nosso grupo demonstrou que a Oligopeptidase A (Opda), uma outra metaloprotease bacteriana, também reduziu significativamente o número de nódulos metastáticos pulmonares. A OpdA foi capaz de ativar células dendríticas in vitro, aumentando a produção de citocinas pró-inflamatórias, óxido nítrico, e, também, a expressão de moléculas coestimuladoras na superfície celular, em efeito independente de sua atividade proteolítica, e também pela interação com TLR-4 e de vias de sinalização dependentes de MyD88/TRIF. Neste trabalho, complementando os estudos com a OpdA, mostramos que o efeito antitumoral da OpdA depende de linfócitos T CD4+ e CD8+ tumor-específicos, e do IFN- induzido pelo tratamento com a metaloprotease.In recent years there has been a significant increase in the incidence of melanoma. The therapies currently available against this disease, unfortunately, do not significantly increase patient survival, and therefore, new therapeutic alternatives are needed. Immunosuppressive factors present in the tumor microenvironment impairs the antitumor immune response in addition to reducing the effectiveness of anti-tumor immunotherapies already in use today. Immunomodulators are attractive alternatives for neutralizing the immunosuppression of the tumor microenvironment, by activating effectors of the immune response. Studies carried out with different proteases have shown that some of them are able to activate cells of the immune system. Our group demonstrated that metalloproteases, both bacterial and eukaryotic, when used for the in vivo treatment of murine melanoma B16F10-Nex2, significantly reduce the growth of this tumor model, by modulating the immune system. Arazyme of bacterial origin, and thimet oligopeptidase (TOP) cloned from murine cells, were able to activate cells of the immune system, even in their inactive form, through interaction with the TLR-4 receptor and Myd88/TRIF/MAPK pathway-dependent signaling, inducing a T-lymphocyte- and interferon--dependent tumor response. A previous study by our group showed that Oligopeptidase A (Opda), a bacterial metalloprotease obtained from a different microorganism, also significantly reduced the number of pulmonary metastatic nodules. OpdA was able to activate dendritic cells (DC) in vitro, increasing the production of pro-inflammatory cytokines, nitric oxide, and also the expression of costimulatory molecules on DC surface. This effect was independent of its proteolytic activity, but dependent on the interaction with TLR-4 and MyD88 / TRIF signaling pathways. In this work, complementing the studies with OpdA, we show that the antitumor effect of OpdA depends on tumor-specific CD4+ and CD8+ T lymphocytes, and on IFN- induced by treatment with metalloprotease.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal de São PauloRodrigues, Elaine Guadelupe [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/6913514130496062http://lattes.cnpq.br/0142838062979577Silva, Gabrielli Novaes [UNIFESP]2022-10-14T17:48:10Z2022-10-14T17:48:10Z2022info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion77 f.application/pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65744porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-12T00:29:03Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/65744Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-12T00:29:03Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
Immunomodulatory effect of bacterial metaloprotease oligopeptidase A in the treatment of murine melanoma B16F10-NEX2
title Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
spellingShingle Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
Silva, Gabrielli Novaes [UNIFESP]
Melanoma murino B16F10-Nex2
Metaloprotease
Oligopeptidase A
Imunomodulação
Atividade antitumoral
title_short Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
title_full Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
title_fullStr Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
title_full_unstemmed Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
title_sort Efeito imunomodulador da metaloprotease bacteriana oligopeptidase A no tratamento do melanoma murino B16F10-NEX2
author Silva, Gabrielli Novaes [UNIFESP]
author_facet Silva, Gabrielli Novaes [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Rodrigues, Elaine Guadelupe [UNIFESP]
http://lattes.cnpq.br/6913514130496062
http://lattes.cnpq.br/0142838062979577
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Gabrielli Novaes [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Melanoma murino B16F10-Nex2
Metaloprotease
Oligopeptidase A
Imunomodulação
Atividade antitumoral
topic Melanoma murino B16F10-Nex2
Metaloprotease
Oligopeptidase A
Imunomodulação
Atividade antitumoral
description Nos últimos anos houve um aumento significativo na incidência do melanoma. As terapias disponíveis atualmente contra essa doença, infelizmente, não aumentam significativamente a sobrevida dos pacientes, e, portanto, novas alternativas terapêuticas são necessárias. Fatores imunossupressores presentes no microambiente tumoral fazem com que a resposta imune antitumoral não seja efetiva, além de também reduzirem a eficácia das imunoterapias antitumorais já em uso atualmente. Imunomoduladores são alternativas atraentes para a neutralização da imunossupressão do microambiente tumoral, através da ativação de efetores da resposta imune. Estudos realizados com diferentes proteases demonstraram que estas são capazes de ativar células do sistema imune. Nosso grupo demonstrou que metaloproteases, tanto de origem bacteriana como eucariótica, quando utilizadas para o tratamento in vivo do melanoma murino B16F10-Nex2, reduzem significativamente o crescimento desse modelo tumoral, pela modulação do sistema imunológico. A arazima, de origem bacteriana, e a thimet oligopeptidase (TOP) clonada a partir de células murinas, foram capazes de ativar células do sistema imune, mesmo em sua forma inativa, através da interação com o receptor TLR-4 e sinalização dependente da via Myd88/TRIF/MAPK, e inibir o desenvolvimento do melanoma murino através de uma resposta dependente de linfócitos T e interferon-. Estudo anterior do nosso grupo demonstrou que a Oligopeptidase A (Opda), uma outra metaloprotease bacteriana, também reduziu significativamente o número de nódulos metastáticos pulmonares. A OpdA foi capaz de ativar células dendríticas in vitro, aumentando a produção de citocinas pró-inflamatórias, óxido nítrico, e, também, a expressão de moléculas coestimuladoras na superfície celular, em efeito independente de sua atividade proteolítica, e também pela interação com TLR-4 e de vias de sinalização dependentes de MyD88/TRIF. Neste trabalho, complementando os estudos com a OpdA, mostramos que o efeito antitumoral da OpdA depende de linfócitos T CD4+ e CD8+ tumor-específicos, e do IFN- induzido pelo tratamento com a metaloprotease.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-10-14T17:48:10Z
2022-10-14T17:48:10Z
2022
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65744
url https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65744
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 77 f.
application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv São Paulo
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv biblioteca.csp@unifesp.br
_version_ 1814268433784635392