Tempo de compressão da artéria radial pós-cinecoronariografia : influência sobre homostasia e ocorrências de complicações vasculares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Maria Aparecida de Carvalho [UNIFESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5485128
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50500
Resumo: A técnica de acesso transradial é a mais segura na realização de procedimentos percutâneos por cateter. Dispositivos mecânicos têm sido utilizados com o propósito de promover hemostasia eficaz e no menor tempo possível, visando à manutenção da patência da artéria radial sem complicações no sítio de punção. Todavia a compressão realizada com curativos customizados mantidos por diferentes tempos de permanência é amplamente utilizada nos países em desenvolvimento. Assim, questiona-se se o tempo de compressão da artéria radial pode ter impacto na ocorrência de hemostasia e de complicações vasculares. Objetivo: Comparar dois tempos de compressão da artéria radial pós-cinecoronariografia eletiva quanto à ocorrência de hemostasia e complicações vasculares. Método: Estudo clínico, prospectivo, randomizado e controlado realizado em pacientes submetidos à cinecoronariografia eletiva pelo acesso transradial, alocados em dois grupos de estudo: G30, cujo curativo compressivo foi mantido por 30 minutos, e G60, no qual o curativo compressivo foi mantido por 60 minutos, ambos até a primeira avaliação de hemostasia. Foram avaliadas variáveis relativas aos pacientes, procedimento, ocorrência de hemostasia e complicações. A patência da artéria radial foi avaliada com ultrassonografia vascular com doppler, imediatamente após a retirada da compressão e após 30 dias do procedimento. As variáveis contínuas foram expressas segundo média, mediana e desvio-padrão, utilizando-se teste t de Student, e as variáveis categóricas em valores absolutos e relativos, sendo comparadas com os testes do qui-quadrado de Pearson e exato de Fischer, com nível de significância p<0,05. Resultados: A amostra foi composta por 152 pacientes no G30 e 151 no G60, distribuídos homogeneamente nos dois grupos de estudo, tendo sio avaliados quanto às características demográficas, do procedimento, ocorrência de hemostasia e complicações vasculares. A hemostasia foi obtida em 76,3% dos pacientes do G30 e em 84,2% do G60 na primeira avaliação. A ocorrência de hematoma do tipo I e II foi identificada em 14,5% dos pacientes do G30 e em 20,5% do G60, enquanto a oclusão imediata da artéria radial em 13,2% dos pacientes do G30 e em 11,9% do G60. Na avaliação de 30 dias, foram identificadas 18 oclusões tardias, sendo 7 (5,5%) no G30 e 11 (8,2%) no G60. Conclusão: Os diferentes tempos de compressão da artéria radial após cinecoronariografia não influenciaram significativamente a ocorrência de hemostasia e complicações vasculares imediatas e tardias.
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Todavia a compressão realizada com curativos customizados mantidos por diferentes tempos de permanência é amplamente utilizada nos países em desenvolvimento. Assim, questiona-se se o tempo de compressão da artéria radial pode ter impacto na ocorrência de hemostasia e de complicações vasculares. Objetivo: Comparar dois tempos de compressão da artéria radial pós-cinecoronariografia eletiva quanto à ocorrência de hemostasia e complicações vasculares. Método: Estudo clínico, prospectivo, randomizado e controlado realizado em pacientes submetidos à cinecoronariografia eletiva pelo acesso transradial, alocados em dois grupos de estudo: G30, cujo curativo compressivo foi mantido por 30 minutos, e G60, no qual o curativo compressivo foi mantido por 60 minutos, ambos até a primeira avaliação de hemostasia. Foram avaliadas variáveis relativas aos pacientes, procedimento, ocorrência de hemostasia e complicações. A patência da artéria radial foi avaliada com ultrassonografia vascular com doppler, imediatamente após a retirada da compressão e após 30 dias do procedimento. As variáveis contínuas foram expressas segundo média, mediana e desvio-padrão, utilizando-se teste t de Student, e as variáveis categóricas em valores absolutos e relativos, sendo comparadas com os testes do qui-quadrado de Pearson e exato de Fischer, com nível de significância p<0,05. Resultados: A amostra foi composta por 152 pacientes no G30 e 151 no G60, distribuídos homogeneamente nos dois grupos de estudo, tendo sio avaliados quanto às características demográficas, do procedimento, ocorrência de hemostasia e complicações vasculares. A hemostasia foi obtida em 76,3% dos pacientes do G30 e em 84,2% do G60 na primeira avaliação. A ocorrência de hematoma do tipo I e II foi identificada em 14,5% dos pacientes do G30 e em 20,5% do G60, enquanto a oclusão imediata da artéria radial em 13,2% dos pacientes do G30 e em 11,9% do G60. Na avaliação de 30 dias, foram identificadas 18 oclusões tardias, sendo 7 (5,5%) no G30 e 11 (8,2%) no G60. Conclusão: Os diferentes tempos de compressão da artéria radial após cinecoronariografia não influenciaram significativamente a ocorrência de hemostasia e complicações vasculares imediatas e tardias.Transradial access is the safest technique to perform arterial percutaneous diagnostic and interventional procedures. Mechanical devices are used for effective and in shortest time patent hemostasis, increasing late radial artery patency. However, custom dressing gauze compression is widely used in developing countries for cost containment with ideal time for hemostasis, effectiveness of patent occlusion and effect on late radial artery occlusion largely unknown. Objective: We aimed to compare two different compression times of the radial artery after elective coronary angiography using customized compressive dressing regarding the achievement of hemostasis and vascular immediate and late complications. Method: In a prospective, randomized and controlled study in patients submitted to transradial elective coronary angiography, which were allocated to two study groups: compressive dressing maintained for 30 minutes (G30) or compressive dressing maintained for 60 minutes (G60). Variables related to patients, procedure, occurrence of hemostasis and complications were assessed. Radial artery patency was evaluated with Doppler vascular ultrasonography at the time of removal of the compression as well as at 30 days of follow-up. Results: The sample was consisted of 152 patients in the G30 and 151 in the G60, homogeneously distributed in those two studied groups, which have been through demographic, procedural, hemostasis and also vascular complications characteristics. Hemostasis was obtained in 76.3% from the G30 patients and in 84.2% from the G60 patients in the first evaluation. The occurrence of type I and II hematoma was identified in 14.5% from G30 and 20.5% of patients from the G60 while the immediate radial artery occlusion was found in 13.2% from G30 patients and in 11.9% % from the G60. In the 30-day evaluation, 18 late occlusions were identified, 7 (5.5%) from the G30 and 11 (8.2%) from the G60.Conclusion: The different times of radial artery compression after coronary angiography have not significantly influenced the occurrence of hemostasis and vascular immediate and late complications.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017)80 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Cateterismo cardíacoArtéria radialHemostasiaOclusão da artéria radialComplicaçõesEnfermagemCardiac catheterizationRadial arteryHemostasisRadial artery occlusionComplicationsNursingTempo de compressão da artéria radial pós-cinecoronariografia : influência sobre homostasia e ocorrências de complicações vascularesCompressiontimer after transradial coronary angiography : influence on hemostasis and vascular compicationsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Enfermagem (EPE)EnfermagemEnfermagem, Cuidado e SaúdeCuidado Clínico de Enfermagem e Saúde (Ccdes)ORIGINALMaria Aparecida de Carvalho Campos PDF A.pdfMaria Aparecida de Carvalho Campos PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf2615271${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50500/1/Maria%20Aparecida%20de%20Carvalho%20Campos%20PDF%20A.pdfe582839bd8a1cb0e053a2a74b935e482MD51open access11600/505002023-09-22 10:37:49.919open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/50500Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-09-22T13:37:49Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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