Estudo da qualidade de vida nos pacientes com urticária crônica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9531 |
Resumo: | Introdução: A urticária é denominada crônica (UC) quando apresenta urticas diárias ou quase diárias por período maior do que seis semanas. Compromete o doente por interferir nas atividades diárias, prejudicar a autoestima e as relações interpessoais. Os profissionais de saúde subestimam o impacto da UC na qualidade de vida dos doentes. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida dos doentes com UC com questionário específico (DLQI) e genérico (SF-36). Comparar a qualidade de vida entre os tipos clínicos de UC e o resultado dos doentes deste estudo com a literatura. Avaliar se o angioedema piora a qualidade de vida. Doentes e métodos: Avaliou-se a qualidade de vida com a aplicação dos questionários em 62 doentes do Ambulatório de Urticária do Departamento de Dermatologia da UNIFESP, no período de maio/2007 a fevereiro/2009, que apresentaram sinais e sintomas da doença até sete dias da consulta. Estes foram divididos conforme o tipo clínico em urticária crônica comum (UCC), urticária crônica física (UCF) e urticária crônica mista (UCM). Resultados: Observou-se predominância de mulheres (72,6%) e idade média de 39,8 anos. Apresentaram nível superior de escolaridade 17,7% dos doentes. O tempo de doença variou entre 2 e 256 meses. Observou-se que 32,3% dos doentes apresentavam a doença entre um e cinco anos e 30,6% há mais de cinco anos. O tempo de acompanhamento no ambulatório variou desde primeira consulta como até 136 meses. O angioedema associou-se ao curso da UC em 75,8% dos doentes. Os doentes com UCC apresentaram mais angioedema do que os com UCF (p=0,011) e as mulheres apresentaram mais angioedema dos que os homens (p=0,024). Quanto aos tipos clínicos, 32,3% apresentaram UCC, 27,4% UCF e 40,3% UCM. O escore médio total do DLQI foi 10,4. Os domínios “Sintomas e sentimentos” e “Atividades diárias” foram os mais comprometidos. No SF-36, os domínios mais comprometidos foram “Aspectos físicos” e “Vitalidade”. As mulheres mostraram pior qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com até 30 anos de idade apresentaram comprometimento apenas no DLQI. Os doentes com menor escolaridade apresentaram melhor qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com até um ano de doença e os em primeira consulta apresentaram pior qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com UC e angioedema foram mais comprometidos do que os sem. O SF-36 e o DLQI mostraram comprometimento significante da qualidade de vida para os doentes com UC em relação aos com AR, psoríase, DA e LE sem lesões cutâneas ativas. No SF-36, os doentes com LE e lesões ativas apresentaram pior qualidade de vida do que os com UC. Conclusões: Os doentes com UC apresentaram um comprometimento da qualidade de vida medido pelos questionários DLQI e SF-36. Não houve diferença estatisticamente significante na qualidade de vida entre os tipos clínicos da UC. A presença do angioedema no curso da UC conferiu pior qualidade de vida aos doentes. O prejuízo à qualidade de vida dos doentes com UC foi consenso em todos os estudos da literatura, com diferenças estatisticamente significantes. Houve uma correlação estatisticamente significante entre os escores do DLQI e do SF-36, que demonstra a validação dos questionários, reforçando que estes são complementares. |
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Estudo da qualidade de vida nos pacientes com urticária crônicaQuality of life study in patients with chronic urticariaAngioedemaPerfil de impacto da doençaQualidade de vidaQuestionáriosUrticáriaIntrodução: A urticária é denominada crônica (UC) quando apresenta urticas diárias ou quase diárias por período maior do que seis semanas. Compromete o doente por interferir nas atividades diárias, prejudicar a autoestima e as relações interpessoais. Os profissionais de saúde subestimam o impacto da UC na qualidade de vida dos doentes. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida dos doentes com UC com questionário específico (DLQI) e genérico (SF-36). Comparar a qualidade de vida entre os tipos clínicos de UC e o resultado dos doentes deste estudo com a literatura. Avaliar se o angioedema piora a qualidade de vida. Doentes e métodos: Avaliou-se a qualidade de vida com a aplicação dos questionários em 62 doentes do Ambulatório de Urticária do Departamento de Dermatologia da UNIFESP, no período de maio/2007 a fevereiro/2009, que apresentaram sinais e sintomas da doença até sete dias da consulta. Estes foram divididos conforme o tipo clínico em urticária crônica comum (UCC), urticária crônica física (UCF) e urticária crônica mista (UCM). Resultados: Observou-se predominância de mulheres (72,6%) e idade média de 39,8 anos. Apresentaram nível superior de escolaridade 17,7% dos doentes. O tempo de doença variou entre 2 e 256 meses. Observou-se que 32,3% dos doentes apresentavam a doença entre um e cinco anos e 30,6% há mais de cinco anos. O tempo de acompanhamento no ambulatório variou desde primeira consulta como até 136 meses. O angioedema associou-se ao curso da UC em 75,8% dos doentes. Os doentes com UCC apresentaram mais angioedema do que os com UCF (p=0,011) e as mulheres apresentaram mais angioedema dos que os homens (p=0,024). Quanto aos tipos clínicos, 32,3% apresentaram UCC, 27,4% UCF e 40,3% UCM. O escore médio total do DLQI foi 10,4. Os domínios “Sintomas e sentimentos” e “Atividades diárias” foram os mais comprometidos. No SF-36, os domínios mais comprometidos foram “Aspectos físicos” e “Vitalidade”. As mulheres mostraram pior qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com até 30 anos de idade apresentaram comprometimento apenas no DLQI. Os doentes com menor escolaridade apresentaram melhor qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com até um ano de doença e os em primeira consulta apresentaram pior qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com UC e angioedema foram mais comprometidos do que os sem. O SF-36 e o DLQI mostraram comprometimento significante da qualidade de vida para os doentes com UC em relação aos com AR, psoríase, DA e LE sem lesões cutâneas ativas. No SF-36, os doentes com LE e lesões ativas apresentaram pior qualidade de vida do que os com UC. Conclusões: Os doentes com UC apresentaram um comprometimento da qualidade de vida medido pelos questionários DLQI e SF-36. Não houve diferença estatisticamente significante na qualidade de vida entre os tipos clínicos da UC. A presença do angioedema no curso da UC conferiu pior qualidade de vida aos doentes. O prejuízo à qualidade de vida dos doentes com UC foi consenso em todos os estudos da literatura, com diferenças estatisticamente significantes. Houve uma correlação estatisticamente significante entre os escores do DLQI e do SF-36, que demonstra a validação dos questionários, reforçando que estes são complementares.Introduction: Chronic urticaria is characterized by occurrence of weals daily or almost daily for a period of at least 6 weeks. Like other skin conditions, chronic urticaria can adversely affect quality of life. Because urticaria is a largely non-life-threatening, and any disfigurement is temporary, its impact may be underestimated by medical staff. Thus, it is important to quantify the patient’s perspective of the severity of their disease. Objectives: Assess quality of life in patients with chronic urticaria with one generic (SF-36) and one disease-specific (DLQI) health-related quality of life instrument. Compare quality of life and disability in different types of urticaria. Compare our results to other similar studies. Assess if associated angioedema impairs quality of life. Patients and methods: Sixty two patients were recruited from the Urticaria Clinics of Department of Dermatology of UNIFESP from may/2007 to february/2009. Using the DLQI and SF-36, patients were asked how their lives have been affected by chronic urticaria over the preceding week. Results: Of the 62 patients, who completed the DLQI and SF-36 over the study period, 72.6% were female and the mean age of subjects was 39.8 years. Duration of disease range from 2 to 256 months. We observed that 32.3% of patients have active disease for 1-5 years and 30.6% for longer than 5 years. Angioedema was associated with chronic urticaria in 75.8% of the patients. Subjects with ordinary urticaria associated with angioedema had greater quality of life impairment compared with subjects with physical urticaria and angioedema. Women also presented more angioedema associated to chronic urticaria than men. Among the studied patients 32.3% presented ordinary chronic urticaria, 27.4% physical chronic urticaria and 40.3% both types. The mean DLQI total score was 10.4. For DLQI, the subdomains “Symptoms and feelings” and “Activities and clothing” were more disabled. For SF-36, the more disable subdomains were “Physical Role” and “Vitality”. Women were more disabled in both questionnaires. Patients aged below 30 years were more disable only in DLQI. Subjects with chronic urticaria associated with angioedema had greater quality of life impairment compared with subjects without concurrent angioedema. Patients attending at Urticaria Clinics for the first time were more disabled as well as patients suffering from chronic urticaria until one year. Chronic urticaria patients were more disable in quality of life in both questionnaires than patients with rheumatoid arthritis, psoriasis, lupus erythematosus without active cutaneous lesions, comparing data in literature. Conclusions: The present study confirms a remarkable decrease of quality of life in urticaria patients. Chronic urticaria can cause significant quality of life impairment. Both instruments confirmed that chronic urticaria have an adverse impact on patient’s health-related quality of life. The differences between the mean scores in the different clinical types of urticaria were not significant. Angioedema did impaired quality of life. The estimated correlations between the instruments were in the expected direction and mostly significant.TEDEBV UNIFESP: Teses e dissertaçõesUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Rotta, Osmar [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Almeida, Ana Paula Ue Pereira de [UNIFESP]2015-07-22T20:50:06Z2015-07-22T20:50:06Z2009-09-30info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion145 p.application/pdfapplication/pdfALMEIDA, Ana Paula Ue Pereira de. Estudo da qualidade de vida nos pacientes com urticária crônica. 2009. 145 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.Publico-00278a.pdfPublico-00278b.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9531porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-29T06:57:20Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/9531Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-29T06:57:20Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Introdução: A urticária é denominada crônica (UC) quando apresenta urticas diárias ou quase diárias por período maior do que seis semanas. Compromete o doente por interferir nas atividades diárias, prejudicar a autoestima e as relações interpessoais. Os profissionais de saúde subestimam o impacto da UC na qualidade de vida dos doentes. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida dos doentes com UC com questionário específico (DLQI) e genérico (SF-36). Comparar a qualidade de vida entre os tipos clínicos de UC e o resultado dos doentes deste estudo com a literatura. Avaliar se o angioedema piora a qualidade de vida. Doentes e métodos: Avaliou-se a qualidade de vida com a aplicação dos questionários em 62 doentes do Ambulatório de Urticária do Departamento de Dermatologia da UNIFESP, no período de maio/2007 a fevereiro/2009, que apresentaram sinais e sintomas da doença até sete dias da consulta. Estes foram divididos conforme o tipo clínico em urticária crônica comum (UCC), urticária crônica física (UCF) e urticária crônica mista (UCM). Resultados: Observou-se predominância de mulheres (72,6%) e idade média de 39,8 anos. Apresentaram nível superior de escolaridade 17,7% dos doentes. O tempo de doença variou entre 2 e 256 meses. Observou-se que 32,3% dos doentes apresentavam a doença entre um e cinco anos e 30,6% há mais de cinco anos. O tempo de acompanhamento no ambulatório variou desde primeira consulta como até 136 meses. O angioedema associou-se ao curso da UC em 75,8% dos doentes. Os doentes com UCC apresentaram mais angioedema do que os com UCF (p=0,011) e as mulheres apresentaram mais angioedema dos que os homens (p=0,024). Quanto aos tipos clínicos, 32,3% apresentaram UCC, 27,4% UCF e 40,3% UCM. O escore médio total do DLQI foi 10,4. Os domínios “Sintomas e sentimentos” e “Atividades diárias” foram os mais comprometidos. No SF-36, os domínios mais comprometidos foram “Aspectos físicos” e “Vitalidade”. As mulheres mostraram pior qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com até 30 anos de idade apresentaram comprometimento apenas no DLQI. Os doentes com menor escolaridade apresentaram melhor qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com até um ano de doença e os em primeira consulta apresentaram pior qualidade de vida nos dois questionários. Os doentes com UC e angioedema foram mais comprometidos do que os sem. O SF-36 e o DLQI mostraram comprometimento significante da qualidade de vida para os doentes com UC em relação aos com AR, psoríase, DA e LE sem lesões cutâneas ativas. No SF-36, os doentes com LE e lesões ativas apresentaram pior qualidade de vida do que os com UC. Conclusões: Os doentes com UC apresentaram um comprometimento da qualidade de vida medido pelos questionários DLQI e SF-36. Não houve diferença estatisticamente significante na qualidade de vida entre os tipos clínicos da UC. A presença do angioedema no curso da UC conferiu pior qualidade de vida aos doentes. O prejuízo à qualidade de vida dos doentes com UC foi consenso em todos os estudos da literatura, com diferenças estatisticamente significantes. Houve uma correlação estatisticamente significante entre os escores do DLQI e do SF-36, que demonstra a validação dos questionários, reforçando que estes são complementares. |
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