Quem tem medo de Luiz Gama? Conflitos do abolicionista na imprensa (1864-1882)

• Autor(a) principal: Rezende, Joana de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61653
• topic: Luiz Gama; abolicionismo.; imprensa; contramovimento; escravidão; periódicos; republicanismo; maçonaria; império; Brasil; século XIX

Em meio à efervescência política de meados do século XIX, a imprensa mostrou-se como principal veículo público de informações e debates. Constituiu um espaço de poder que, embora majoritariamente apropriado pela elite branca e letrada, foi ocupado por intelectuais negros, como Luiz Gama que, por meio de seus artigos evidenciou a ilegalidade da escravidão e denunciou instituições, indivíduos de alta significância social e a sociedade como um todo, que via como cúmplice na perpetuação do crime do cativeiro. Suas publicações, muitas vezes, foram respondidas na imprensa por seus antagonistas - mais ou menos radicalmente opostos a ele - de forma a conformar debates públicos entre o abolicionismo e o escravismo. A pesquisa a seguir visa analisar tais debates; os argumentos de cada uma das partes; a identidade dos interlocutores, observando, para além da atuação jornalística de Luiz Gama, quem eram aqueles que se ocuparam de contrapor-se a ele; e o papel da imprensa paulista como palco retórico de visões que permearam a política e culminaram na Abolição e na República.