CRÔNICAS DO ESTADO NOVO: GRACILIANO RAMOS E A REVISTA CULTURA POLÍTICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinheiro de Vasconcelos, Francisco Fábio
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Souza Santos, Luciene
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: EntreLetras
Texto Completo: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/entreletras/article/view/8036
Resumo: As crônicas publicadas por Graciliano Ramos e reunidas postumamente em dois livros Linhas tortas e Viventes das Alagoas são a viga mestra da investigação deste artigo. O escritor alagoano se serviu do gênero cronístico em três momentos distintos. Primeiro como laboratório literário na sua primeira viagem ao Rio de Janeiro, depois na sua volta a Alagoas e por fim quando dela se serve como meio de sobrevivência. Em Viventes das Alagoas aparecem os textos produzidos para a revista Cultura Política, publicação subordinada ao Departamento de Imprensa e Propaganda da ditadura Vargas. Averiguou-se essa agência e seu papel, além de perquirir as circunstâncias que levaram Graciliano Ramos a colaborar por quatro anos em um Aparelho Ideológico do Estado, regime que o encarcerou. Para alguns estudiosos, necessidade econômica, para outros, alinhamento político-ideológico. Detectou-se a ironia e o tom acrimonioso que desconstruía o projeto de nacionalidade estado-novista e, portanto, esvaziam-se as insinuações de emparelhamento do escritor ao projeto cultural da revista.
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