Caracterização epidemiológica da COVID-19 na macrorregião de Uberaba/MG

• Autor(a) principal: SILVA, Bruna Raphaela Oliveira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
• Texto Completo: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1640
• topic: COVID-19.; Epidemiologia.; SARS-CoV-2.; Triângulo Mineiro, Brasil.; COVID-19.; Epidemiology.; SARS-CoV-2.; Triângulo Mineiro, Brazil.; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE

A COVID-19 (COronaVIrus Disease-19), é uma doença infecciosa viral de caráter pandêmico causada pelo betacoronavírus chamado de SARS-COV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome-COronaVirus-2), o novo coronavírus. Desde o surgimento da doença em 2019, em Wuhan na China, vários estudos tem sido realizados para compreender a doença e sua epidemiologia, no entanto, para algumas regiões, não está completamente claro como ela progride, qual a sua incidência e as suas repercussões. Essa limitação ganha contornos mais significantes em países como o Brasil visto que as medidas de controle, prevenção e tratamentos não são uniformes e são delineadas de maneira particular em cada região ou município. Este trabalho visa descrever o perfil epidemiológico de pacientes com COVID-19 na Macrorregião de Triângulo Sul, Estado de Minas Gerais, a fim de contribuir para o entendimento da epidemiologia da doença e fornecer ferramentas para planejar e manejar a detecção, prevenção e tratamento da infecção. Entre 25 de março a 21 de outubro de 2020, no município de Uberaba/MG, foram coletados dados de 395 pacientes internados e que supostamente apresentavam as formas moderadas e graves da doença. Foram analisados descritiva e estatisticamente os dados desses 395 pacientes internados nos hospitais do município que estavam habilitados para internação e tratamento dos enfermos. Dos 395 casos suspeitos, 82% foram confirmados como positivos para COVID-19. A média de idade dos pacientes positivos foi de 58,4 anos, sendo 60,76% do sexo masculino. Acompanhando esses pacientes ao longo de sua internação, observou-se uma taxa de mortalidade de 31,3%. Na população positiva para COVID-19, o risco de morte aumentou 4% para cada ano de idade do paciente. Da mesma forma, quanto mais velho o paciente, maior o tempo de internação e maior o risco de desenvolver insuficiência respiratória aguda. Entre os tratamentos testados em pacientes, a heparina foi associada à proteção contra mortalidade, e a ausência de uso de anticoagulante foi associada a um risco de morte mais de seis vezes maior. Por fim, as comorbidades em pacientes com COVID-19 foram positivamente correlacionadas com o aumento do tempo de internação. Em resumo, este estudo revelou que idade, presença de comorbidades, tempo de internação e tratamento medicamentoso alteraram consideravelmente a letalidade do COVID-19. Para entender as taxas de infecção e os fatores envolvidos na letalidade da COVID-19, é necessário o conhecimento da epidemiologia local.