Transtorno cognitivo leve e atividade física em idosos residentes no município de Uberaba, MG.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM |
Texto Completo: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/82 |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivos identificar: a) a prevalência de inatividade física; b) a relação da atividade física com as funções cognitivas; c) o poder preditivo do tempo em práticas de atividades físicas para o transtorno cognitivo leve; c) a prevalência de transtornos cognitivos leves e, d) a relação dos transtornos cognitivos leves com as variáveis sociodemográficas, de saúde e atividade física habitual. Caracterizou-se como estudo observacional de corte transversal e do tipo analítico, utilizando-se de métodos exploratórios surveys e testes de desempenho físico. A população desse estudo compreendeu 10.683 pessoas, de ambos os sexos, com idade ≥60 anos, residentes no aglomerado urbano do município de Uberaba, MG. A amostra, estratificada de forma aleatória, foi constituída por 622 indivíduos cadastrados em uma das 35 Equipes de Saúde da Família (ESF) do município. A coleta dos dados foi realizada por um questionário aplicado em forma de entrevista individual, com informações sociodemográficas de saúde física e mental, medidas antropométricas, capacidade funcional e atividade física habitual. O nível de atividade física habitual nos domínios doméstico, lazer, trabalho e transporte foi avaliado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), na versão longa e adaptado para idosos. O transtorno cognitivo leve e as funções cognitivas (orientação, atenção e cálculo, evocação e linguagem) foram inferidos pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Para a análise dos dados, foram utilizados procedimentos da estatística descritiva (média e desvio padrão) e inferencial (teste U de Mann-Whitney, Qui-quadrado, curva ROC e modelos de regressão logística de Poisson), p≤0,05. A prevalência de inatividade física (<150 minutos/semana) foi de 35,7%, sendo as mulheres 32,4%, e os homens 41,7%; Já para os transtornos cognitivos leves, a prevalência foi de 16,7%, sendo 14,7% para os homens, e 17,8% para as mulheres. A inatividade física foi associada às funções cognitiva de orientação e linguagem. O transtorno cognitivo leve foi associado à faixa etária mais avançada (≥80 anos), nível intermediário de escolaridade, valores mais baixos nos escores de preensão manual e a inatividade física. A atividade física de intensidade moderada ou vigorosa acumulada em diferentes domínios durante o tempo >200 min/sem, no domínio doméstico (>150 min/sem), transporte (>45min/sem) e no tempo sentado (581 a 640 min/dia) para mulheres e o tempo total despendido em práticas de atividades (>50 min/sem), domínio de transporte (>40min/sem) e no tempo sentado (625 a 655 min/dia) para os homens apresentaram-se com os melhores pontos de corte para predizer a ausência de transtornos cognitivos leves. Os achados desta investigação adicionam, ao corpo de conhecimento disponível, importantes evidências da relação entre o transtorno cognitivo leve e a prática de atividade física habitual, fornece informações que contribuem para a formulação de estratégias intervencionistas mais efetivas que visam à manutenção da saúde mental dos idosos e fortalece o importante papel do profissional de Educação Física nas ações de promoção à saúde. |
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Transtorno cognitivo leve e atividade física em idosos residentes no município de Uberaba, MG.Atividade físicaTranstorno cognitivoIdosoCurva ROCPhysical activityCognitive disorderElderlyROC curveCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICAO presente estudo teve como objetivos identificar: a) a prevalência de inatividade física; b) a relação da atividade física com as funções cognitivas; c) o poder preditivo do tempo em práticas de atividades físicas para o transtorno cognitivo leve; c) a prevalência de transtornos cognitivos leves e, d) a relação dos transtornos cognitivos leves com as variáveis sociodemográficas, de saúde e atividade física habitual. Caracterizou-se como estudo observacional de corte transversal e do tipo analítico, utilizando-se de métodos exploratórios surveys e testes de desempenho físico. A população desse estudo compreendeu 10.683 pessoas, de ambos os sexos, com idade ≥60 anos, residentes no aglomerado urbano do município de Uberaba, MG. A amostra, estratificada de forma aleatória, foi constituída por 622 indivíduos cadastrados em uma das 35 Equipes de Saúde da Família (ESF) do município. A coleta dos dados foi realizada por um questionário aplicado em forma de entrevista individual, com informações sociodemográficas de saúde física e mental, medidas antropométricas, capacidade funcional e atividade física habitual. O nível de atividade física habitual nos domínios doméstico, lazer, trabalho e transporte foi avaliado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), na versão longa e adaptado para idosos. O transtorno cognitivo leve e as funções cognitivas (orientação, atenção e cálculo, evocação e linguagem) foram inferidos pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Para a análise dos dados, foram utilizados procedimentos da estatística descritiva (média e desvio padrão) e inferencial (teste U de Mann-Whitney, Qui-quadrado, curva ROC e modelos de regressão logística de Poisson), p≤0,05. A prevalência de inatividade física (<150 minutos/semana) foi de 35,7%, sendo as mulheres 32,4%, e os homens 41,7%; Já para os transtornos cognitivos leves, a prevalência foi de 16,7%, sendo 14,7% para os homens, e 17,8% para as mulheres. A inatividade física foi associada às funções cognitiva de orientação e linguagem. O transtorno cognitivo leve foi associado à faixa etária mais avançada (≥80 anos), nível intermediário de escolaridade, valores mais baixos nos escores de preensão manual e a inatividade física. A atividade física de intensidade moderada ou vigorosa acumulada em diferentes domínios durante o tempo >200 min/sem, no domínio doméstico (>150 min/sem), transporte (>45min/sem) e no tempo sentado (581 a 640 min/dia) para mulheres e o tempo total despendido em práticas de atividades (>50 min/sem), domínio de transporte (>40min/sem) e no tempo sentado (625 a 655 min/dia) para os homens apresentaram-se com os melhores pontos de corte para predizer a ausência de transtornos cognitivos leves. Os achados desta investigação adicionam, ao corpo de conhecimento disponível, importantes evidências da relação entre o transtorno cognitivo leve e a prática de atividade física habitual, fornece informações que contribuem para a formulação de estratégias intervencionistas mais efetivas que visam à manutenção da saúde mental dos idosos e fortalece o importante papel do profissional de Educação Física nas ações de promoção à saúde.The present study aimed to identify: a) the prevalence of physical inactivity; b) the relationship between physical activity and cognitive functions; c) the predictive power of time in practices of physical activities for mild cognitive impairment; d) the prevalence of mild cognitive disorders and e) the relationship of mild cognitive disorders with socio demographic variables of health and habitual physical activity. It was a cross-sectional observational and analytical type study, using exploratory surveys methods and physical performance testing. The population of this study involved 10,683 people, of both sexes, aged >60 years, living in the urban agglomeration of the city of Uberaba, MG. The sample, stratified at random, consisted of 622 subjects, enrolled in one of the 35 Family Health Teams (FHT) in the city. Data collection was performed by a questionnaire in individual interviews dealing with socio demographic information, physical and mental health, anthropometric measurements, functional capacity and habitual physical activity. The level of habitual physical activity in the fields household, leisure, work and transport was evaluated using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), the long version and adapted for elderly. The mild cognitive impairment and cognitive functions (orientation, attention and calculation, recall and language) were inferred by the Mini Mental State Examination (MMSE). For the data analysis, procedures involved descriptive statistics (mean and standard deviation) and inferential statistics (U test of Mann- Whitney, Chi-square, ROC curve and Poisson s logistic regression models), p<0,05. The prevalence of physical inactivity (<150 minutes/week) was 35,7%, women 32,4%, and men 41,7%. As for the mild cognitive disorders, the prevalence was 16,7%, men 14,7%, and women 17,8%. Physical inactivity was associated with the cognitive functions of orientation and language. The mild cognitive impairment was associated with older age group (≥80 anos), intermediate level of schooling, lower values in the scores of handgrip and physical inactivity. Physical activity of moderate intensity or vigorous, accumulated in various fields during the time >200 minutes/week, in the field household (>150 minutes/week), in transport (>45 minutes/week) and in the sitting time (581 to 640 minutes/day) for women, and the total time spent on practices of activities (>50 minutes/week), on the field of transport (>40 minutes/week) and on the sitting time (625 to 655 minutes/day) for men presented themselves the best cutoff points for predicting the absence of mild cognitive disorders. The findings of this study add relevant evidence of the relationship between mild cognitive impairment and habitual physical activity to the body of knowledge available. Furthermore, they provide information to contribute to formulating more effective interventional strategies aimed at maintaining the mental health of the elderly and strengthen the important role of Physical Education professionals in the actions to promote health.Universidade Federal do Triângulo MineiroInstituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação FísicaBRUFTMPrograma de Pós-Graduação em Educação FísicaVIRTUOSO JUNIOR, Jair SindraCPF:03476757609http://lattes.cnpq.br/2963442062396778PAULO, Thaís Reis Silva de2015-11-27T18:52:43Z2013-06-252012-06-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfPAULO, Thaís Reis Silva de. Transtorno cognitivo leve e atividade física em idosos residentes no município de Uberaba, MG.. 2012. 91 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2012.http://localhost:8080/tede/handle/tede/82porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2019-07-22T18:59:19Zoai:bdtd.uftm.edu.br:tede/82Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2019-07-22T18:59:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false |
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O presente estudo teve como objetivos identificar: a) a prevalência de inatividade física; b) a relação da atividade física com as funções cognitivas; c) o poder preditivo do tempo em práticas de atividades físicas para o transtorno cognitivo leve; c) a prevalência de transtornos cognitivos leves e, d) a relação dos transtornos cognitivos leves com as variáveis sociodemográficas, de saúde e atividade física habitual. Caracterizou-se como estudo observacional de corte transversal e do tipo analítico, utilizando-se de métodos exploratórios surveys e testes de desempenho físico. A população desse estudo compreendeu 10.683 pessoas, de ambos os sexos, com idade ≥60 anos, residentes no aglomerado urbano do município de Uberaba, MG. A amostra, estratificada de forma aleatória, foi constituída por 622 indivíduos cadastrados em uma das 35 Equipes de Saúde da Família (ESF) do município. A coleta dos dados foi realizada por um questionário aplicado em forma de entrevista individual, com informações sociodemográficas de saúde física e mental, medidas antropométricas, capacidade funcional e atividade física habitual. O nível de atividade física habitual nos domínios doméstico, lazer, trabalho e transporte foi avaliado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), na versão longa e adaptado para idosos. O transtorno cognitivo leve e as funções cognitivas (orientação, atenção e cálculo, evocação e linguagem) foram inferidos pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Para a análise dos dados, foram utilizados procedimentos da estatística descritiva (média e desvio padrão) e inferencial (teste U de Mann-Whitney, Qui-quadrado, curva ROC e modelos de regressão logística de Poisson), p≤0,05. A prevalência de inatividade física (<150 minutos/semana) foi de 35,7%, sendo as mulheres 32,4%, e os homens 41,7%; Já para os transtornos cognitivos leves, a prevalência foi de 16,7%, sendo 14,7% para os homens, e 17,8% para as mulheres. A inatividade física foi associada às funções cognitiva de orientação e linguagem. O transtorno cognitivo leve foi associado à faixa etária mais avançada (≥80 anos), nível intermediário de escolaridade, valores mais baixos nos escores de preensão manual e a inatividade física. A atividade física de intensidade moderada ou vigorosa acumulada em diferentes domínios durante o tempo >200 min/sem, no domínio doméstico (>150 min/sem), transporte (>45min/sem) e no tempo sentado (581 a 640 min/dia) para mulheres e o tempo total despendido em práticas de atividades (>50 min/sem), domínio de transporte (>40min/sem) e no tempo sentado (625 a 655 min/dia) para os homens apresentaram-se com os melhores pontos de corte para predizer a ausência de transtornos cognitivos leves. Os achados desta investigação adicionam, ao corpo de conhecimento disponível, importantes evidências da relação entre o transtorno cognitivo leve e a prática de atividade física habitual, fornece informações que contribuem para a formulação de estratégias intervencionistas mais efetivas que visam à manutenção da saúde mental dos idosos e fortalece o importante papel do profissional de Educação Física nas ações de promoção à saúde. |
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