Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
Texto Completo: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/400
Resumo: É comum após a ocorrência de um Acidente Vascular Encefálico (AVE) uma tendência em evitar o uso do membro superior parético. Além do déficit motor, podem influenciar nesta escolha a lateralidade, os requisitos espaciais da tarefa e o desempenho de cada membro, onde destaca-se o tempo de reação de escolha (TRE) e a atividade muscular. Uma avaliação precoce deste processo torna-se importante, tendo em vista a maior propensão ao aprendizado durante a fase inicial pós ictus. Assim, objetivou-se primeiramente, um conhecimento maior do TRE no pós AVE e, ao emprega-la como meio de avaliação, verificar como ocorre a seleção do membro superior no desempenho da tarefa de alcance em indivíduos pós AVE, em fase subaguda de recuperação, e em indivíduos saudáveis, relacionando os resultados obtidos às características espaciais da tarefa, aos valores de TRE obtidos e à atividade eletromiográfica durante o movimento. Para tal, foi realizada uma revisão sistemática verificando a utilização do TRE nos últimos dez anos, como ferramenta avaliativa pós AVE. Dos 1.363 artigos encontrados, 14 foram incluídos para análise, onde foi constatado pouco detalhamento da tarefa de TRE utilizada, além da escassez de seu uso como ferramenta de avaliação da capacidade cognitiva, em detrimento da capacidade motora. Foi então realizado um segundo estudo que utilizou o TRE na avaliação do processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance em indivíduos pós AVE e indivíduos saudáveis, onde foi observada uma preferência pelo uso do membro dominante, por alcances ipsilaterais em ambos os grupos e pelo uso do membro parético no grupo AVE. Além disso, TRE se apresentou significativamente maior no grupo AVE comparado ao grupo saudável (z=-2,814; p=0,005) e no membro parético comparado ao não parético (z=-1,962; p=0,05). Na análise do RMS, para o músculo deltoide esta variável se apresentou significativamente maior no membro dominante (z=-2,477; p=0,013) e menor no membro parético (z=- 3,140; p=0,02); para o músculo bíceps braquial foi significativamente maior no grupo AVE (z=-5,648; p=0,00) e no membro dominante (z=-2,046; p=0,041), e menor no membro parético (z=-2,725; p=0,006); e para o músculo tríceps braquial, o RMS se apresentou menor no membro parético comparado ao não parético (z=-2,430; p=0,015). Assim, o primeiro estudo contribuiria para a prática clínica enfatizando o uso do TRE como ferramenta avaliativa, e o segundo estudo, direcionando ações terapêuticas.
id UFTM_3919d050b15f4c8f5227b05dc443a17e
oai_identifier_str oai:bdtd.uftm.edu.br:tede/400
network_acronym_str UFTM
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
repository_id_str
spelling Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)Acidente Vascular Encefálico.Alcance.Tempo de Reação de Escolha.Eletromiografia.Stroke.Reaching.Choice Reaction Time.Electromyography.Fisioterapia e Terapia OcupacionalÉ comum após a ocorrência de um Acidente Vascular Encefálico (AVE) uma tendência em evitar o uso do membro superior parético. Além do déficit motor, podem influenciar nesta escolha a lateralidade, os requisitos espaciais da tarefa e o desempenho de cada membro, onde destaca-se o tempo de reação de escolha (TRE) e a atividade muscular. Uma avaliação precoce deste processo torna-se importante, tendo em vista a maior propensão ao aprendizado durante a fase inicial pós ictus. Assim, objetivou-se primeiramente, um conhecimento maior do TRE no pós AVE e, ao emprega-la como meio de avaliação, verificar como ocorre a seleção do membro superior no desempenho da tarefa de alcance em indivíduos pós AVE, em fase subaguda de recuperação, e em indivíduos saudáveis, relacionando os resultados obtidos às características espaciais da tarefa, aos valores de TRE obtidos e à atividade eletromiográfica durante o movimento. Para tal, foi realizada uma revisão sistemática verificando a utilização do TRE nos últimos dez anos, como ferramenta avaliativa pós AVE. Dos 1.363 artigos encontrados, 14 foram incluídos para análise, onde foi constatado pouco detalhamento da tarefa de TRE utilizada, além da escassez de seu uso como ferramenta de avaliação da capacidade cognitiva, em detrimento da capacidade motora. Foi então realizado um segundo estudo que utilizou o TRE na avaliação do processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance em indivíduos pós AVE e indivíduos saudáveis, onde foi observada uma preferência pelo uso do membro dominante, por alcances ipsilaterais em ambos os grupos e pelo uso do membro parético no grupo AVE. Além disso, TRE se apresentou significativamente maior no grupo AVE comparado ao grupo saudável (z=-2,814; p=0,005) e no membro parético comparado ao não parético (z=-1,962; p=0,05). Na análise do RMS, para o músculo deltoide esta variável se apresentou significativamente maior no membro dominante (z=-2,477; p=0,013) e menor no membro parético (z=- 3,140; p=0,02); para o músculo bíceps braquial foi significativamente maior no grupo AVE (z=-5,648; p=0,00) e no membro dominante (z=-2,046; p=0,041), e menor no membro parético (z=-2,725; p=0,006); e para o músculo tríceps braquial, o RMS se apresentou menor no membro parético comparado ao não parético (z=-2,430; p=0,015). Assim, o primeiro estudo contribuiria para a prática clínica enfatizando o uso do TRE como ferramenta avaliativa, e o segundo estudo, direcionando ações terapêuticas.It is common after a stroke occurrence a tendency to avoid the use of the paretic upper limb. In addition to the motor deficit, can be influenced in this choice the laterality, the task spatial requirements and the each arm performance, which the choice reaction time (CRT) and muscle activity are highlighted. An early evaluation of this process becomes important, in view of the greater propensity to learn during the post-stroke initial phase. Thus, it was a first goal to obtain a better understanding of the CRT in post-stroke and, when it used as a means of evaluation, to verify how the upper limb selection occurs in the reaching task performance in post-stroke individuals on the subacute recovery phase and in healthy individuals, relating the obtained results to the task spatial characteristics, the CRT values obtained and the electromyographic activity during the movement. For this, a systematic review was carried out to verify the CRT use in the last ten years, as an evaluation tool after stroke. Of the 1,363 articles found, 14 were included for analysis, which it was found a little detail of the CRT tasks used, besides the scarcity of its use as a tool to cognitive ability assessment, in detriment of motor capacity assessment. Then, a second study was carried out using the CRT in the assessment of the upper limb selection process during the reaching task in post stroke individuals and healthy individuals, which a preference for the use of the dominant limb was observed, besides for ipsilateral reaches in both groups and for the use of the paretic arm in the stroke group. In addition, CRT was significantly higher in the stroke group when it compared to the healthy group (z = -2.814, p = 0.005) and in the paretic arm when it compared to the nonparetic arm (z = -1,962, p = 0.05). In the RMS analysis, for deltoid muscle, this variable was significantly higher in the dominant arm (z = -2.477, p = 0.013) and lower in the paretic arm (z = -3,140, p = 0.02); for the biceps brachii muscle was significantly higher in the stroke group (z = -5.648, p = 0.00) and in the dominant arm (z = -2.046, p = 0.041), and lower in the paretic arm (z = -2.725; = 0.006); and for the triceps brachii muscle, RMS was lower in the paretic arm compared to the nonparetic arm (z = -2.430, p = 0.015). Thus, the first study would contribute to clinical practice emphasizing the use of CRT as an evaluation tool, and the second study, directing therapeutic actions.Universidade Federal do Triângulo MineiroInstituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação FísicaBrasilUFTMPrograma de Pós-Graduação em Educação FísicaSOUZA, Luciane Aparecida Pascucci Sande25966071829http://lattes.cnpq.br/7897091763745373VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos2017-09-22T14:35:15Z2017-04-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfVIEIRA, Paula Cíntia dos Santos. Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE). 2017. 72f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017.http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/400porASHWORTH, B. Preliminary trial of carisoprodol in multiple sclerosis. The Practitioner, v. 192, p. 540–542, abr. 1964. BOURBONNAIS, D.; VANDEN NOVEN, S. Weakness in patients with hemiparesis. The American Journal of Occupational Therapy: Official Publication of the American Occupational Therapy Association, v. 43, n. 5, p. 313–319, maio 1989. CANNING, C. G.; ADA, L.; O’DWYER, N. J. Abnormal muscle activation characteristics associated with loss of dexterity after stroke. Journal of the Neurological Sciences, v. 176, n. 1, p. 45–56, 1 maio 2000. CAREY, D. P.; HARGREAVES, E. L.; GOODALE, M. A. Reaching to ipsilateral or contralateral targets: within-hemisphere visuomotor processing cannot explain hemispatial differences in motor control. Experimental Brain Research, v. 112, n. 3, p. 496–504, dez. 1996. CHANG, W.-H. et al. Role of the premotor cortex in leg selection and anticipatory postural adjustments associated with a rapid stepping task in patients with stroke. Gait & Posture, v. 32, n. 4, p. 487–493, out. 2010. CIRSTEA, M. C.; LEVIN, M. F. Compensatory strategies for reaching in stroke. Brain: A Journal of Neurology, v. 123 ( Pt 5), p. 940–953, maio 2000. COELHO, C. J. et al. Hemispheric differences in the control of limb dynamics: a link between arm performance asymmetries and arm selection patterns. Journal of Neurophysiology, v. 109, n. 3, p. 825–838, fev. 2013. DROMERICK, A. W. et al. Very Early Constraint-Induced Movement during Stroke Rehabilitation (VECTORS): A single-center RCT. Neurology, v. 73, n. 3, p. 195–201, 21 jul. 2009.56 FELLOWS, S. J. et al. Agonist and antagonist EMG activation during isometric torque development at the elbow in spastic hemiparesis. Electroencephalography and Clinical Neurophysiology, v. 93, n. 2, p. 106–112, abr. 1994. GABBARD, C.; RABB, C. What determines choice of limb for unimanual reaching movements? The Journal of General Psychology, v. 127, n. 2, p. 178–184, abr. 2000. GLADSTONE, D. J.; DANELLS, C. J.; BLACK, S. E. The Fugl-Meyer assessment of motor recovery after stroke: a critical review of its measurement properties. Neurorehabilitation and Neural Repair, v. 16, n.3, p.232-240, 2002. GUIARD, Y.; DIAZ, G.; BEAUBATON, D. Left-hand advantage in right-handers for spatial constant error: Preliminary evidence in a unimanual ballistic aimed movement. Neuropsychologia, v. 21, n. 1, p. 111–115, 1983. HARRIS, J. E.; ENG, J. J. Individuals with the dominant hand affected following stroke demonstrate less impairment than those with the non-dominant hand affected. Neurorehabilitation and neural repair, v. 20, n. 3, p. 380–389, set. 2006. HERMENS, H. J. et al. Development of recommendation for SEMG sensors and sensors placement procedures. Journal of Electromyograpgy and Kinesiology, v.10, p.361-374, 2000. HUNTER, S. M.; CROME, P. Hand function and stroke. Reviews in Clinical Gerontology, v.12, n.1, p.68-81, 2002. KUTUCKU, Y. et al. Simple and choice reaction time in Parkinson's disease. Brain Research, v. 815, n. 9, p. 367-372, 1999. LEVIN, M. F. Interjoint coordination during pointing movements is disrupted in spastic hemiparesis. Brain: A Journal of Neurology, v. 119 ( Pt 1), p. 281–293, fev. 1996. MANI, S. et al. Contralesional Arm Preference Depends on Hemisphere of Damage and Target Location in Unilateral Stroke Patients. Neurorehabilitation and Neural Repair, v. 28, n. 6, p. 584–593, 11 fev. 2014. MCCREA, P. H.; ENG, J. J.; HODGSON, A. J. Saturated muscle activation contributes to compensatory reaching strategies following stroke. Journal of neurophysiology, v. 94, n. 5, p. 2999–3008, nov. 2005. MERCIER, L. et al. Impact of Motor, Cognitive, and Perceptual Disorders on Ability to Perform Activities of Daily Living After. Stroke, v. 32, n. 11, p. 2602–2608, 1 nov. 2001. OLDFIELD, R. C. The assessment and analysis of handedness: the Edinburgh inventory. Neuropsychologia, v. 9, n. 1, p. 97–113, mar. 1971. PAGE, S. J. et al. Mental practice combined with physical practice for upper-limb motor deficit in subacute stroke. Physical Therapy, v. 81, n. 8, p. 1455–1462, ago. 2001.57 PAULEY, T. et al. The influence of a concurrent cognitive task on lower limb reaction time among stroke survivors with right- or left-hemiplegia. Topics in Stroke Rehabilitation, v. 22, n. 5, p. 342–348, out. 2015. PRZYBYLA, A. et al. Sensorimotor performance asymmetries predict hand selection. Neuroscience, v. 228, p. 349–360, 3 jan. 2013. PULLMAN, S. L. et al. Dopaminergic effects on simple and choice reaction time performance in Parkinson’s disease. Neurology, v. 38, n. 2, p. 249–249, 1 fev. 1988. RINEHART, J. K. et al. Arm use after left or right hemiparesis is influenced by hand preference. Stroke; a Journal of Cerebral Circulation, v. 40, n. 2, p. 545–550, fev. 2009. SACCO, R. L. et al. An updated definition of stroke for the 21st century: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke; a Journal of Cerebral Circulation, v. 44, n. 7, p. 2064–2089, jul. 2013. SENIAM - Surface Electomyography for the Non-invasive Assessment of Muscles. Disponível em: <http://www.seniam.org>, Acesso em 04 de junho de 2016. SILVA, A. N. et al. Metodologia para o estudo de variáveis que influenciam a medida do limiar do reflexo de estiramento tônico. In: XXIV Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica, 2014, Uberlandia - MG. Anais do XXIV Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica. Bauru - SP: Canal6 Editora, 2014. v. 1. p. 2413-2416. WAGNER, J. M. et al. Upper Extremity Muscle Activation during Recovery of Reaching in Subjects with Post-stroke Hemiparesis. Clinical neurophysiology : official journal of the International Federation of Clinical Neurophysiology, v. 118, n. 1, p. 164–176, jan. 2007.http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2018-03-23T19:00:11Zoai:bdtd.uftm.edu.br:tede/400Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2018-03-23T19:00:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false
dc.title.none.fl_str_mv Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
title Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
spellingShingle Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos
Acidente Vascular Encefálico.
Alcance.
Tempo de Reação de Escolha.
Eletromiografia.
Stroke.
Reaching.
Choice Reaction Time.
Electromyography.
Fisioterapia e Terapia Ocupacional
title_short Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
title_full Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
title_fullStr Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
title_full_unstemmed Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
title_sort Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE)
author VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos
author_facet VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv SOUZA, Luciane Aparecida Pascucci Sande
25966071829
http://lattes.cnpq.br/7897091763745373
dc.contributor.author.fl_str_mv VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente Vascular Encefálico.
Alcance.
Tempo de Reação de Escolha.
Eletromiografia.
Stroke.
Reaching.
Choice Reaction Time.
Electromyography.
Fisioterapia e Terapia Ocupacional
topic Acidente Vascular Encefálico.
Alcance.
Tempo de Reação de Escolha.
Eletromiografia.
Stroke.
Reaching.
Choice Reaction Time.
Electromyography.
Fisioterapia e Terapia Ocupacional
description É comum após a ocorrência de um Acidente Vascular Encefálico (AVE) uma tendência em evitar o uso do membro superior parético. Além do déficit motor, podem influenciar nesta escolha a lateralidade, os requisitos espaciais da tarefa e o desempenho de cada membro, onde destaca-se o tempo de reação de escolha (TRE) e a atividade muscular. Uma avaliação precoce deste processo torna-se importante, tendo em vista a maior propensão ao aprendizado durante a fase inicial pós ictus. Assim, objetivou-se primeiramente, um conhecimento maior do TRE no pós AVE e, ao emprega-la como meio de avaliação, verificar como ocorre a seleção do membro superior no desempenho da tarefa de alcance em indivíduos pós AVE, em fase subaguda de recuperação, e em indivíduos saudáveis, relacionando os resultados obtidos às características espaciais da tarefa, aos valores de TRE obtidos e à atividade eletromiográfica durante o movimento. Para tal, foi realizada uma revisão sistemática verificando a utilização do TRE nos últimos dez anos, como ferramenta avaliativa pós AVE. Dos 1.363 artigos encontrados, 14 foram incluídos para análise, onde foi constatado pouco detalhamento da tarefa de TRE utilizada, além da escassez de seu uso como ferramenta de avaliação da capacidade cognitiva, em detrimento da capacidade motora. Foi então realizado um segundo estudo que utilizou o TRE na avaliação do processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance em indivíduos pós AVE e indivíduos saudáveis, onde foi observada uma preferência pelo uso do membro dominante, por alcances ipsilaterais em ambos os grupos e pelo uso do membro parético no grupo AVE. Além disso, TRE se apresentou significativamente maior no grupo AVE comparado ao grupo saudável (z=-2,814; p=0,005) e no membro parético comparado ao não parético (z=-1,962; p=0,05). Na análise do RMS, para o músculo deltoide esta variável se apresentou significativamente maior no membro dominante (z=-2,477; p=0,013) e menor no membro parético (z=- 3,140; p=0,02); para o músculo bíceps braquial foi significativamente maior no grupo AVE (z=-5,648; p=0,00) e no membro dominante (z=-2,046; p=0,041), e menor no membro parético (z=-2,725; p=0,006); e para o músculo tríceps braquial, o RMS se apresentou menor no membro parético comparado ao não parético (z=-2,430; p=0,015). Assim, o primeiro estudo contribuiria para a prática clínica enfatizando o uso do TRE como ferramenta avaliativa, e o segundo estudo, direcionando ações terapêuticas.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-09-22T14:35:15Z
2017-04-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos. Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE). 2017. 72f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017.
http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/400
identifier_str_mv VIEIRA, Paula Cíntia dos Santos. Processo de seleção de membro superior durante tarefa de alcance pós acidente vascular encefálico (AVE). 2017. 72f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017.
url http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/400
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv ASHWORTH, B. Preliminary trial of carisoprodol in multiple sclerosis. The Practitioner, v. 192, p. 540–542, abr. 1964. BOURBONNAIS, D.; VANDEN NOVEN, S. Weakness in patients with hemiparesis. The American Journal of Occupational Therapy: Official Publication of the American Occupational Therapy Association, v. 43, n. 5, p. 313–319, maio 1989. CANNING, C. G.; ADA, L.; O’DWYER, N. J. Abnormal muscle activation characteristics associated with loss of dexterity after stroke. Journal of the Neurological Sciences, v. 176, n. 1, p. 45–56, 1 maio 2000. CAREY, D. P.; HARGREAVES, E. L.; GOODALE, M. A. Reaching to ipsilateral or contralateral targets: within-hemisphere visuomotor processing cannot explain hemispatial differences in motor control. Experimental Brain Research, v. 112, n. 3, p. 496–504, dez. 1996. CHANG, W.-H. et al. Role of the premotor cortex in leg selection and anticipatory postural adjustments associated with a rapid stepping task in patients with stroke. Gait & Posture, v. 32, n. 4, p. 487–493, out. 2010. CIRSTEA, M. C.; LEVIN, M. F. Compensatory strategies for reaching in stroke. Brain: A Journal of Neurology, v. 123 ( Pt 5), p. 940–953, maio 2000. COELHO, C. J. et al. Hemispheric differences in the control of limb dynamics: a link between arm performance asymmetries and arm selection patterns. Journal of Neurophysiology, v. 109, n. 3, p. 825–838, fev. 2013. DROMERICK, A. W. et al. Very Early Constraint-Induced Movement during Stroke Rehabilitation (VECTORS): A single-center RCT. Neurology, v. 73, n. 3, p. 195–201, 21 jul. 2009.56 FELLOWS, S. J. et al. Agonist and antagonist EMG activation during isometric torque development at the elbow in spastic hemiparesis. Electroencephalography and Clinical Neurophysiology, v. 93, n. 2, p. 106–112, abr. 1994. GABBARD, C.; RABB, C. What determines choice of limb for unimanual reaching movements? The Journal of General Psychology, v. 127, n. 2, p. 178–184, abr. 2000. GLADSTONE, D. J.; DANELLS, C. J.; BLACK, S. E. The Fugl-Meyer assessment of motor recovery after stroke: a critical review of its measurement properties. Neurorehabilitation and Neural Repair, v. 16, n.3, p.232-240, 2002. GUIARD, Y.; DIAZ, G.; BEAUBATON, D. Left-hand advantage in right-handers for spatial constant error: Preliminary evidence in a unimanual ballistic aimed movement. Neuropsychologia, v. 21, n. 1, p. 111–115, 1983. HARRIS, J. E.; ENG, J. J. Individuals with the dominant hand affected following stroke demonstrate less impairment than those with the non-dominant hand affected. Neurorehabilitation and neural repair, v. 20, n. 3, p. 380–389, set. 2006. HERMENS, H. J. et al. Development of recommendation for SEMG sensors and sensors placement procedures. Journal of Electromyograpgy and Kinesiology, v.10, p.361-374, 2000. HUNTER, S. M.; CROME, P. Hand function and stroke. Reviews in Clinical Gerontology, v.12, n.1, p.68-81, 2002. KUTUCKU, Y. et al. Simple and choice reaction time in Parkinson's disease. Brain Research, v. 815, n. 9, p. 367-372, 1999. LEVIN, M. F. Interjoint coordination during pointing movements is disrupted in spastic hemiparesis. Brain: A Journal of Neurology, v. 119 ( Pt 1), p. 281–293, fev. 1996. MANI, S. et al. Contralesional Arm Preference Depends on Hemisphere of Damage and Target Location in Unilateral Stroke Patients. Neurorehabilitation and Neural Repair, v. 28, n. 6, p. 584–593, 11 fev. 2014. MCCREA, P. H.; ENG, J. J.; HODGSON, A. J. Saturated muscle activation contributes to compensatory reaching strategies following stroke. Journal of neurophysiology, v. 94, n. 5, p. 2999–3008, nov. 2005. MERCIER, L. et al. Impact of Motor, Cognitive, and Perceptual Disorders on Ability to Perform Activities of Daily Living After. Stroke, v. 32, n. 11, p. 2602–2608, 1 nov. 2001. OLDFIELD, R. C. The assessment and analysis of handedness: the Edinburgh inventory. Neuropsychologia, v. 9, n. 1, p. 97–113, mar. 1971. PAGE, S. J. et al. Mental practice combined with physical practice for upper-limb motor deficit in subacute stroke. Physical Therapy, v. 81, n. 8, p. 1455–1462, ago. 2001.57 PAULEY, T. et al. The influence of a concurrent cognitive task on lower limb reaction time among stroke survivors with right- or left-hemiplegia. Topics in Stroke Rehabilitation, v. 22, n. 5, p. 342–348, out. 2015. PRZYBYLA, A. et al. Sensorimotor performance asymmetries predict hand selection. Neuroscience, v. 228, p. 349–360, 3 jan. 2013. PULLMAN, S. L. et al. Dopaminergic effects on simple and choice reaction time performance in Parkinson’s disease. Neurology, v. 38, n. 2, p. 249–249, 1 fev. 1988. RINEHART, J. K. et al. Arm use after left or right hemiparesis is influenced by hand preference. Stroke; a Journal of Cerebral Circulation, v. 40, n. 2, p. 545–550, fev. 2009. SACCO, R. L. et al. An updated definition of stroke for the 21st century: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke; a Journal of Cerebral Circulation, v. 44, n. 7, p. 2064–2089, jul. 2013. SENIAM - Surface Electomyography for the Non-invasive Assessment of Muscles. Disponível em: <http://www.seniam.org>, Acesso em 04 de junho de 2016. SILVA, A. N. et al. Metodologia para o estudo de variáveis que influenciam a medida do limiar do reflexo de estiramento tônico. In: XXIV Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica, 2014, Uberlandia - MG. Anais do XXIV Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica. Bauru - SP: Canal6 Editora, 2014. v. 1. p. 2413-2416. WAGNER, J. M. et al. Upper Extremity Muscle Activation during Recovery of Reaching in Subjects with Post-stroke Hemiparesis. Clinical neurophysiology : official journal of the International Federation of Clinical Neurophysiology, v. 118, n. 1, p. 164–176, jan. 2007.
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
instname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)
instacron:UFTM
instname_str Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)
instacron_str UFTM
institution UFTM
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)
repository.mail.fl_str_mv bdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.br
_version_ 1797221133775273984