Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua na deglutição na fase aguda do acidente vascular cerebral
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM |
Texto Completo: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1712 |
Resumo: | Introdução: Em todo o mundo, há uma incidência crescente de Acidente Vascular Cerebral (AVC), que é uma das principais causas de incapacidade, morbidade e mortalidade. O sintoma mais comum do AVC é a disfagia, representando cerca de 30-65% de todas as complicações com o alimento ingerido não alcançando o estômago. Embora existam registros sobre as disfagias nos pacientes internados com AVC, não há maiores informações sobre o impacto destas alterações na qualidade de vida destes usuários, associados com o uso da estimulação transcraniana por corrente contínua e fonoterapia, na fase aguda do AVC. Objetivo: Avaliar o efeito da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) na deglutição dos pacientes acometidos com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico na fase aguda. Metodologia: Estudo experimental, randomizado e controlado. Participaram 16 pacientes com disfagia após AVC isquêmico na fase aguda. Os pacientes foram randomizados e divididos em dois grupos e submetidos à avaliação clínica da deglutição à beira leito, escala de avaliação do déficit neurológico no AVC (NIHSS), Escala Funcional de Ingestão Oral (FOIS) e Protocolo de Qualidade de Vida (SWAL-QOL), submetidos à terapia fonoaudiológica convencional, associada à ETCC anódica no Grupo Anódico (GA) e modo sham no Grupo Sham (GS). Resultados: 65% de homens no GA E 50% no GS, com idade de 59 à 74 anos. 25% dos pacientes do grupo anódico apresentaram AVC prévio. Verificou-se uma diferença significativa em relação à melhora da pontuação do NIHSS, tanto do grupo anódico (p =0,000) quanto do grupo sham (p=0,000). Observamos uma melhora em relação à qualidade de vida, tanto do grupo anódico (p =0,001) quanto no grupo sham (p=0,001). Melhora do nível da FOIS dos pacientes, tanto do grupo anódico (p =0,000) quanto do grupo sham (p=0,000). Via alternativa de alimentação permaneceu em 4 pacientes (25%) no grupo sham e retirada total no grupo anódico; a dieta oral manteve-se exclusiva em 8 pacientes do grupo anódico. Em relação à comparação intergrupos não foram observadas diferenças significativas antes e depois da intervenção (p= 0,080). Conclusão: Os achados apresentados reforçam que a ETCC anódica associada à terapia fonoaudiológica, poderá proporcionar maior conforto e segurança na assistência aos pacientes com disfagia decorrente de um AVC na fase aguda, bem como a reduzir os riscos de complicações pulmonares que a disfagia possa causar nos pacientes. Em estudos futuros, sugere-se que sejam realizados ensaios clínicos randomizados, com amostras maiores, visto a necessidade de se investigar os efeitos a curto e longo prazo da técnica associada à terapia fonoaudiológica na disfagia pós AVC na fase aguda. |
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Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua na deglutição na fase aguda do acidente vascular cerebralDisfagia.Acidente Vascular Cerebral.Fonoterapia.Eletroterapia.Dysphagia.Stroke.Speech therapy.Electrotherapy.CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::FISIOLOGIAIntrodução: Em todo o mundo, há uma incidência crescente de Acidente Vascular Cerebral (AVC), que é uma das principais causas de incapacidade, morbidade e mortalidade. O sintoma mais comum do AVC é a disfagia, representando cerca de 30-65% de todas as complicações com o alimento ingerido não alcançando o estômago. Embora existam registros sobre as disfagias nos pacientes internados com AVC, não há maiores informações sobre o impacto destas alterações na qualidade de vida destes usuários, associados com o uso da estimulação transcraniana por corrente contínua e fonoterapia, na fase aguda do AVC. Objetivo: Avaliar o efeito da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) na deglutição dos pacientes acometidos com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico na fase aguda. Metodologia: Estudo experimental, randomizado e controlado. Participaram 16 pacientes com disfagia após AVC isquêmico na fase aguda. Os pacientes foram randomizados e divididos em dois grupos e submetidos à avaliação clínica da deglutição à beira leito, escala de avaliação do déficit neurológico no AVC (NIHSS), Escala Funcional de Ingestão Oral (FOIS) e Protocolo de Qualidade de Vida (SWAL-QOL), submetidos à terapia fonoaudiológica convencional, associada à ETCC anódica no Grupo Anódico (GA) e modo sham no Grupo Sham (GS). Resultados: 65% de homens no GA E 50% no GS, com idade de 59 à 74 anos. 25% dos pacientes do grupo anódico apresentaram AVC prévio. Verificou-se uma diferença significativa em relação à melhora da pontuação do NIHSS, tanto do grupo anódico (p =0,000) quanto do grupo sham (p=0,000). Observamos uma melhora em relação à qualidade de vida, tanto do grupo anódico (p =0,001) quanto no grupo sham (p=0,001). Melhora do nível da FOIS dos pacientes, tanto do grupo anódico (p =0,000) quanto do grupo sham (p=0,000). Via alternativa de alimentação permaneceu em 4 pacientes (25%) no grupo sham e retirada total no grupo anódico; a dieta oral manteve-se exclusiva em 8 pacientes do grupo anódico. Em relação à comparação intergrupos não foram observadas diferenças significativas antes e depois da intervenção (p= 0,080). Conclusão: Os achados apresentados reforçam que a ETCC anódica associada à terapia fonoaudiológica, poderá proporcionar maior conforto e segurança na assistência aos pacientes com disfagia decorrente de um AVC na fase aguda, bem como a reduzir os riscos de complicações pulmonares que a disfagia possa causar nos pacientes. Em estudos futuros, sugere-se que sejam realizados ensaios clínicos randomizados, com amostras maiores, visto a necessidade de se investigar os efeitos a curto e longo prazo da técnica associada à terapia fonoaudiológica na disfagia pós AVC na fase aguda.Introduction: Worldwide, there is an increasing incidence of stroke, which is a leading cause of disability, morbidity and mortality. The most common symptom of stroke is dysphagia, accounting for about 30-65% of all complications with ingested food not reaching the stomach. Although there are records on dysphagia in stroke patients, there is no further information on the impact of these changes on the quality of life of these users, associated with the use of transcranial direct current stimulation and speech therapy in the acute phase of stroke. Objective: To evaluate the effect of Direct Current Electrical Stimulation (DCES) on the swallowing of patients with ischemic stroke in the acute phase. Methodology: Experimental, randomized and controlled study. Sixteen patients with dysphagia after acute phase ischemic stroke participated. The patients were randomized and divided into two groups and underwent bedside clinical evaluation of swallowing, neurological deficit assessment scale in stroke (NIHSS), Functional Oral Intake Scale (FOIS) and Quality of Life Protocol (SWAL-QOL), and underwent conventional speech therapy associated with anodic CTE in the Anodic Group (AG) and sham mode in the Sham Group (SG). Results: 65% men in the GA and 50% in the SG, with ages ranging from 59 to 74 years. 25% of the patients in the anodic group had had previous strokes. There was a significant difference regarding the improvement of NIHSS scores in both the anodic group (p=0.000) and the sham group (p=0.000). We observed an improvement regarding quality of life in both the anodic group (p =0.001) and the sham group (p=0.001). Improvement in the patients' FOIS level in both the anodic group (p =0.000) and the sham group (p=0.000). Alternative route of feeding remained in 4 patients (25%) in the sham group and total withdrawal in the anodic group; oral diet remained exclusive in 8 patients in the anodic group. Regarding intergroup comparison, no significant differences were observed before and after the intervention (p= 0.080). Conclusion: The findings presented reinforce that anodal tDCS associated with speech therapy can provide greater comfort and safety in the care of patients with dysphagia resulting from a stroke in the acute phase, as well as reducing the risks of pulmonary complications that dysphagia can cause in patients. In future studies, it is suggested that randomized clinical trials be carried out, with larger samples, given the need to investigate the short and long-term effects of the technique associated with speech therapy on post-stroke dysphagia in the acute phase.Universidade Federal do Triângulo MineiroInstituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em EnfermagemBrasilUFTMPrograma de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à SaúdeSIMOES, Ana Lucia de Assis75515440625http://lattes.cnpq.br/2379544650823103SANTOS, Luciana Avila dos2024-07-22T12:47:21Z2023-04-252024-07-22T12:47:21Z2023-04-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1712porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2024-07-23T02:02:45Zoai:bdtd.uftm.edu.br:123456789/1712Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2024-07-23T02:02:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false |
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