Perfil da resposta imune local em pacientes com lesão intraepitelial cervical de baixo grau, alto grau e neoplasia invasiva.
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM |
Texto Completo: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/19 |
Resumo: | O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção comum em mulheres em todo o mundo. Contudo, apenas uma pequena porcentagem de mulheres, com infecção persistente por genótipos oncogênicos de HPV, irão desenvolver lesões intraepiteliais escamosas de baixo (LSIL) e alto grau (HSIL) podendo progredir para o câncer cervical. Os componentes genéticos e imunológicos individuais parecem ser importantes na relação entre a infecção persistente pelo HPV e a carcinogênese. A resposta imune é fundamentalmente importante no desenvolvimento, manutenção e/ou progressão do câncer cervical. Dependendo do padrão de citocinas produzidas, estas podem levar à tolerância imunológica, indução e manutenção de mecanismos imunopatológicos, como desenvolvimento das neoplasias intraepitelial cervical (NIC) propiciando a evolução para o câncer cervical. Portanto, o objetivo desse estudo foi traçar qual perfil imunológico (Th1, Th2 ou Treg) poderia estar envolvido nas lesões cervicais de baixo e alto grau e no câncer cervical. Verificando assim, a expressão das citocinas: IL-2, IL-12, IFN-γ, TNF-α, IL-10, IL-4, TGF-β1, TGF-β2 e TGF-β3, utilizando a técnica da RT-PCR e posteriormente à PCR com condições e primers específicos para cada citocina. O estudo foi realizado com biópsias de 28 pacientes com lesões intraepitelial cervical de baixo (HPV/NIC I), 53 alto grau (NIC II e NIC III), 25 com câncer (Invasivo) e 20 mulheres normais (grupo controle), ou seja, sem lesões do colo do útero induzidas pelo HPV. As biópsias foram realizadas somente na presença de zona transformação anormal pela colposcopia, estas foram inclusa em 1 mL de Trizol, para a extração do DNA e RNA. Todas as amostras de RNA foram submetidas a RT-PCR para β-actina e citocinas. O DNA foi utilizado para pesquisa de HPV 16 e/ou 18 utilizando a técnica de PCR. Após a PCR as amostras foram submetidas à eletroforese em gel de poliacrilamida e coradas por nitrato de prata. A idade das mulheres que participaram do estudo variou entre 16 a 78 anos (média=31,73 anos), no grupo daquelas que apresentavam lesões cervicais, e 39 a 66 anos (média=48,6 anos) no grupo controle. Todas as amostras com lesões cervicais e controles foram submetidas a RT-PCR para β-actina como controle das reações e 100% delas se mostraram positivas. A amplificação do IFN-γ e da IL-2 foram positivas em 21 (19,81%) pacientes com lesões cervicais sendo que para o IFN-γ : 6 (21,43%) eram do grupo LSIL, 8 (15,10%) HSIL e 7 (28%) câncer cervical. Para a IL-2, 3 (10,71%) faziam parte do grupos LSIL, 14 (26,42%) HSIL e apenas 4 (16%) eram do grupo de lesões invasivas. No grupo controle apenas 1 (5%) paciente do grupo controle foi positiva para IFN-γ e 6 (30%) para a IL-2. Tiveram 34 (32,08%) amostras positivas no grupo das pacientes com lesões cervicais para a IL-12, sendo que, 7 (25%) eram do grupo LSIL, 22 (41,51%) HSIL e 5 (20%) tinham câncer cervical. No grupo controle 12 (60%) amostras foram positivas para essa citocina (p=0,0174). Para o TNF-α 39 (36,79%) pacientes com lesões cervicais foram positivas para esta citocina, sendo que, 9 (32,14%) eram do grupo LSIL, 27 (50,94%) HSIL e somente 3 (12%) no grupo de lesões invasivas. No grupo controle 14 (70%) pacientes foram também positivas para esta citocina (p=0,0058). A IL-10, 81 (76,42%) amostras do grupo das pacientes com lesões cervicais foram positivas, destas 19 (67,86%) eram do grupo LSIL, 39 (73,58%) HSIL e 23 (92%) do grupo dos invasivos. No grupo controle 17 (85%) pacientes apresentaram positividade para IL-10. A IL-4 apresentou expressão em 30 (28,30%) pacientes do grupo com lesões cervicais, destas 10 (35,71%) tinham LSIL, 14 (26,42%) HSIL, e 6 (24%) câncer cervical; somente 2 (10%) amostras controles foram positivas para tal citocina. Para o TGF-β1 48 pacientes (45,28%) apresentaram expressão, sendo 11 (39,29%) LSIL, 25 (47,17%) HSIL e 12 (48%) para câncer cervical, enquanto que nenhuma amostra controle foi positiva (p=0,0001). Para o TGF-β2, 61 (57,55%) amostras foram positivas para o grupo das pacientes com lesões cervicais, destas, 14 (50%) eram do grupo LSIL, 30 (56,60%) HSIL e 17 (68%) câncer cervical; apenas 2 (10%) amostras do grupo controle foram positivas para esta citocina (p<0,0001). Com relação ao TGF-β3, 35 (33,02%) pacientes foram positivas, sendo 5 (17,86%) LSIL, 16 (30,19%) HSIL e 14 (56%) com câncer cervical. Todas as amostras controles foram negativas para esta citocina (p<0,0001). Então, ao analisarmos o perfil de resposta imune local das pacientes com lesões induzidas pelo HPV em relação às pacientes controles, pode-se observar que somente 11 (10,38%) das 106 pacientes com lesões apresentaram perfil do tipo Th1, já as pacientes controles 15 (75%) delas apresentaram este perfil (p<0,0001). O perfil Th2 foi determinado em 30 (28,30%) pacientes com lesões e em apenas 2 (10%) das pacientes controles (p=0,0846). Com uma diferença altamente significante (p=0,0002) o perfil Treg foi caracterizado em 58 (54,72%) pacientes com lesões induzidas pelo HPV e em apenas 2 (10%) pacientes controles. Apenas 7 (6,60%) pacientes com lesões e 1 (5%) paciente controle foram caracterizadas como um perfil indeterminado (p=0,7873). As pacientes que apresentaram perfil indeterminado foram aquelas que apresentaram apenas a expressão da citocina IL-10, que, portanto não é uma citocina característica de nem um dos três perfis analisados, podendo esta apresentar-se associada ao IFN-γ e caracterizar o perfil Th1, associada a IL-4 caracterizando o perfil Th2 ou associada aos TGF-β caracterizando, neste caso, um perfil de resposta imune Tregulatório (Treg). Conclusões: A citocina mais prevalente dentre os grupos LSIL/HSIL/ Invasivos e controles foi a IL-10; Nas Lesões Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau (LSIL) não houve um perfil de resposta imune local predominante, pois a proporção entre Th2 e Treg foi igual (35,71%); Nas Lesões Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (HSIL) e na Neoplasia Invasiva o perfil de resposta imune local que prevaleceu foi o Treg, com 58,49% e 68%, respectivamente; Houve diferença estatisticamente significante entre o perfil de resposta imune Treg e os outros perfis (Th1, Th2 e indeterminado) de todos os grupos: LSIL, HSIL e Invasivo; O perfil de resposta imune local das pacientes controles foi caracterizado como sendo Th1 em 75% das amostras; Com o aumento do grau da lesão induzida pelo HPV, a resposta imune local se caracteriza em Tregulatório (Treg). |
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Perfil da resposta imune local em pacientes com lesão intraepitelial cervical de baixo grau, alto grau e neoplasia invasiva.Neoplasia Intra-epitelial CervicalLSILHSILCitocinasPerfil da Resposta Imune.Cervical Intraepithelial NeoplasiaLSILHSILCytokinesCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::ANATOMIA PATOLOGICA E PATOLOGIA CLINICAO Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção comum em mulheres em todo o mundo. Contudo, apenas uma pequena porcentagem de mulheres, com infecção persistente por genótipos oncogênicos de HPV, irão desenvolver lesões intraepiteliais escamosas de baixo (LSIL) e alto grau (HSIL) podendo progredir para o câncer cervical. Os componentes genéticos e imunológicos individuais parecem ser importantes na relação entre a infecção persistente pelo HPV e a carcinogênese. A resposta imune é fundamentalmente importante no desenvolvimento, manutenção e/ou progressão do câncer cervical. Dependendo do padrão de citocinas produzidas, estas podem levar à tolerância imunológica, indução e manutenção de mecanismos imunopatológicos, como desenvolvimento das neoplasias intraepitelial cervical (NIC) propiciando a evolução para o câncer cervical. Portanto, o objetivo desse estudo foi traçar qual perfil imunológico (Th1, Th2 ou Treg) poderia estar envolvido nas lesões cervicais de baixo e alto grau e no câncer cervical. Verificando assim, a expressão das citocinas: IL-2, IL-12, IFN-γ, TNF-α, IL-10, IL-4, TGF-β1, TGF-β2 e TGF-β3, utilizando a técnica da RT-PCR e posteriormente à PCR com condições e primers específicos para cada citocina. O estudo foi realizado com biópsias de 28 pacientes com lesões intraepitelial cervical de baixo (HPV/NIC I), 53 alto grau (NIC II e NIC III), 25 com câncer (Invasivo) e 20 mulheres normais (grupo controle), ou seja, sem lesões do colo do útero induzidas pelo HPV. As biópsias foram realizadas somente na presença de zona transformação anormal pela colposcopia, estas foram inclusa em 1 mL de Trizol, para a extração do DNA e RNA. Todas as amostras de RNA foram submetidas a RT-PCR para β-actina e citocinas. O DNA foi utilizado para pesquisa de HPV 16 e/ou 18 utilizando a técnica de PCR. Após a PCR as amostras foram submetidas à eletroforese em gel de poliacrilamida e coradas por nitrato de prata. A idade das mulheres que participaram do estudo variou entre 16 a 78 anos (média=31,73 anos), no grupo daquelas que apresentavam lesões cervicais, e 39 a 66 anos (média=48,6 anos) no grupo controle. Todas as amostras com lesões cervicais e controles foram submetidas a RT-PCR para β-actina como controle das reações e 100% delas se mostraram positivas. A amplificação do IFN-γ e da IL-2 foram positivas em 21 (19,81%) pacientes com lesões cervicais sendo que para o IFN-γ : 6 (21,43%) eram do grupo LSIL, 8 (15,10%) HSIL e 7 (28%) câncer cervical. Para a IL-2, 3 (10,71%) faziam parte do grupos LSIL, 14 (26,42%) HSIL e apenas 4 (16%) eram do grupo de lesões invasivas. No grupo controle apenas 1 (5%) paciente do grupo controle foi positiva para IFN-γ e 6 (30%) para a IL-2. Tiveram 34 (32,08%) amostras positivas no grupo das pacientes com lesões cervicais para a IL-12, sendo que, 7 (25%) eram do grupo LSIL, 22 (41,51%) HSIL e 5 (20%) tinham câncer cervical. No grupo controle 12 (60%) amostras foram positivas para essa citocina (p=0,0174). Para o TNF-α 39 (36,79%) pacientes com lesões cervicais foram positivas para esta citocina, sendo que, 9 (32,14%) eram do grupo LSIL, 27 (50,94%) HSIL e somente 3 (12%) no grupo de lesões invasivas. No grupo controle 14 (70%) pacientes foram também positivas para esta citocina (p=0,0058). A IL-10, 81 (76,42%) amostras do grupo das pacientes com lesões cervicais foram positivas, destas 19 (67,86%) eram do grupo LSIL, 39 (73,58%) HSIL e 23 (92%) do grupo dos invasivos. No grupo controle 17 (85%) pacientes apresentaram positividade para IL-10. A IL-4 apresentou expressão em 30 (28,30%) pacientes do grupo com lesões cervicais, destas 10 (35,71%) tinham LSIL, 14 (26,42%) HSIL, e 6 (24%) câncer cervical; somente 2 (10%) amostras controles foram positivas para tal citocina. Para o TGF-β1 48 pacientes (45,28%) apresentaram expressão, sendo 11 (39,29%) LSIL, 25 (47,17%) HSIL e 12 (48%) para câncer cervical, enquanto que nenhuma amostra controle foi positiva (p=0,0001). Para o TGF-β2, 61 (57,55%) amostras foram positivas para o grupo das pacientes com lesões cervicais, destas, 14 (50%) eram do grupo LSIL, 30 (56,60%) HSIL e 17 (68%) câncer cervical; apenas 2 (10%) amostras do grupo controle foram positivas para esta citocina (p<0,0001). Com relação ao TGF-β3, 35 (33,02%) pacientes foram positivas, sendo 5 (17,86%) LSIL, 16 (30,19%) HSIL e 14 (56%) com câncer cervical. Todas as amostras controles foram negativas para esta citocina (p<0,0001). Então, ao analisarmos o perfil de resposta imune local das pacientes com lesões induzidas pelo HPV em relação às pacientes controles, pode-se observar que somente 11 (10,38%) das 106 pacientes com lesões apresentaram perfil do tipo Th1, já as pacientes controles 15 (75%) delas apresentaram este perfil (p<0,0001). O perfil Th2 foi determinado em 30 (28,30%) pacientes com lesões e em apenas 2 (10%) das pacientes controles (p=0,0846). Com uma diferença altamente significante (p=0,0002) o perfil Treg foi caracterizado em 58 (54,72%) pacientes com lesões induzidas pelo HPV e em apenas 2 (10%) pacientes controles. Apenas 7 (6,60%) pacientes com lesões e 1 (5%) paciente controle foram caracterizadas como um perfil indeterminado (p=0,7873). As pacientes que apresentaram perfil indeterminado foram aquelas que apresentaram apenas a expressão da citocina IL-10, que, portanto não é uma citocina característica de nem um dos três perfis analisados, podendo esta apresentar-se associada ao IFN-γ e caracterizar o perfil Th1, associada a IL-4 caracterizando o perfil Th2 ou associada aos TGF-β caracterizando, neste caso, um perfil de resposta imune Tregulatório (Treg). Conclusões: A citocina mais prevalente dentre os grupos LSIL/HSIL/ Invasivos e controles foi a IL-10; Nas Lesões Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau (LSIL) não houve um perfil de resposta imune local predominante, pois a proporção entre Th2 e Treg foi igual (35,71%); Nas Lesões Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (HSIL) e na Neoplasia Invasiva o perfil de resposta imune local que prevaleceu foi o Treg, com 58,49% e 68%, respectivamente; Houve diferença estatisticamente significante entre o perfil de resposta imune Treg e os outros perfis (Th1, Th2 e indeterminado) de todos os grupos: LSIL, HSIL e Invasivo; O perfil de resposta imune local das pacientes controles foi caracterizado como sendo Th1 em 75% das amostras; Com o aumento do grau da lesão induzida pelo HPV, a resposta imune local se caracteriza em Tregulatório (Treg).The Human Papillomavirus (HPV) infection is common in women worldwide. However, only a small percentage of women with persistent infection by oncogenic genotypes of HPV, will develop low squamous intraepithelial lesions (LSIL) and high grade (HSIL) can progress to cervical cancer. The individual immunological and genetic components appear to be important in the relationship between persistent HPV infection and carcinogenesis. The immune response is fundamentally important in the development, maintenance and/or progression of cervical cancer. Depending on the pattern of cytokines produced, they can lead to immune tolerance, induction and maintenance of immunopathological mechanisms, such as development of cervical intraepithelial neoplasia (CIN) leading to changes to cervical cancer. Therefore, the objective of this study was mapping which immunological profile (Th1, Th2 or Tregulatory - Treg) could be involved in cervical lesions of low and high grade and in cervical cancer. Noting this, the expression of cytokines: IL-2, IL-12, IFN-γ, TNF-α, IL-10, IL-4, TGF-β1, TGF-β2 and TGF-β3, using the technique of RT-PCR and subsequent PCR with the conditions and primers specific for each cytokine. The study was performed with biopsies of 28 patients with cervical intraepithelial lesions of low (HPV/CIN I), 53 high grade (CIN II and CIN III), 25 with cancer and 20 normal women (control group), or without lesions of the cervix caused by HPV. The biopsies were performed only in the presence of abnormal transformation zone for colposcopy, these were included in 1 mL of TRIzol for extraction of RNA. All RNA samples were subjected to RT-PCR for β-actin and cytokines. After PCR the samples were subjected to electrophoresis on a polyacrylamide gel and stained by silver nitrate. The age of the women who participated in the study ranged from 16 to 80 years (mean = 35.20 + 13.31 years), the group of those who had cervical lesions, and 30 to 80 years (mean = 48.6 + 7.89 years) in the control group. All samples with cervical lesions and controls were subjected to RT-PCR for β-actin as control of reactions and 100% of them were positive. The amplification of IFN-γ and IL-2 were positive in 21 (19.81%) patients with cervical lesions for which the IFN-γ: 6 (21.43%) were LSIL group, 8 (15.10%) HSIL and 7 (28%) cervical cancer. For IL-2, 3 (10.71%) groups were part of LSIL, 14 (26.42%) HSIL and only 4 (16%) were the group of invasive lesions. In the control group only 1 (5%) patient in the control group was positive for IFN-γ and 6 (30%) for IL-2. Had 34 (32.08%) positive samples in the group of patients with cervical lesions to the IL-12, where 7 (25%) were LSIL group, 22 (41.51%) HSIL and 5 (20%) had cervical cancer. In the control group 12 (60%) samples were positive for this cytokine (p=0.0174). For the TNF-α 39 (36.79%) patients with cervical lesions were positive for this cytokine, and, 9 (32.14%) were LSIL group, 27 (50.94%) HSIL and only 3 (12% ) in the group of invasive lesions. In the control group 14 (70%) patients were positive for this cytokine (p=0.0058). The IL-10, 81 (76.42%) samples of the group of patients with cervical lesions were positive, of these 19 (67.86%) were LSIL group, 39 (73.58%) HSIL and 23 (92%) the invasive group. In the control group 17 (85%) patients were positive for IL-10. The IL-4 showed expression in 30 (28.30%) patients in the group with cervical lesions, these 10 (35.71%) had LSIL, 14 (26.42%) HSIL, and 6 (24%) cervical cancer; only 2 (10%) control samples were positive for this cytokine. TGF-β1 for the 48 patients (45.28%) showed expression, while 11 (39.29%) LSIL, 25 (47.17%) HSIL and 12 (48%) for cervical cancer, whereas no control sample was positive (p=0.0001). For the TGF-β2, 61 (57.55%) samples were positive for the group of patients with cervical lesions, of these, 14 (50%) were LSIL group, 30 (56.60%) HSIL and 17 (68%) cervical cancer, only 2 (10%) samples of the control group were positive for this cytokine (p<0.0001). With respect to TGF-β3, 35 (33.02%) patients were positive, and 5 (17.86%) LSIL, 16 (30.19%) HSIL and 14 (56%) with cervical cancer. All control samples were negative for this cytokine (p<0.0001). So, when we look at the profile of local immune response of patients with lesions caused by HPV for patients controls, you can see that only 11 (10.38%) of 106 patients with lesions showed Th1-type profile, since the patients controls 15 (75%) of them had this profile (p<0.0001). The Th2 profile was determined in 30 (28.30%) patients with lesions and in only 2 (10%) of control patients (p=0.0846). With a highly significant difference (p=0.0002) the delivery profile was characterized in 58 (54.72%) patients with lesions induced by HPV and only 2 (10%) control patients. Only 7 (6.60%) patients with lesions and 1 (5%) control patients were characterized as an indeterminate profile (p = 0.7873). The patients who had indeterminate profile were those that showed only the expression of cytokine IL-10, which therefore is not characteristic of a cytokine or one of the three profiles analyzed, which may present themselves associated with IFN-γ and characterize the Th1 profile, associated with IL-4 characterizing the profile associated with Th2 and TGF-βs characterized, in this case, a profile of immune response Tregulatory (Treg). Conclusions: The squamous intraepithelial lesions of low-grade (LSIL) there was a profile of predominant local immune response, because the proportion of Th2 and delivery was equal; In squamous intraepithelial lesions of high grade (HSIL) and Invasive Neoplasia in the profile of response local immune that prevailed was the delivery. The profile of immune response of patients local control was characterized as Th1 Increasing the degree of injury induced by HPV, the immune response is characterized by local Tregulatory.Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas GeraisUniversidade Federal do Triângulo MineiroPatologia GeralBRUFTMPrograma de Pós-Graduação em PatologiaMICHELIN, Márcia AntoniaziCPF:11828808865http://lattes.cnpq.br/2599409028588669MURTA, Eddie Fernando CândidoCPF:47668032649MURTA, Eddie Fernando CândidoPEGHINI, Bethânea Crema2015-11-27T18:47:30Z2009-10-282009-04-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfPEGHINI, Bethânea Crema. Perfil da resposta imune local em pacientes com lesão intraepitelial cervical de baixo grau, alto grau e neoplasia invasiva.. 2009. 140 f. Tese (Doutorado em Patologia Geral) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2009.http://localhost:8080/tede/handle/tede/19porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2019-07-22T18:14:43Zoai:bdtd.uftm.edu.br:tede/19Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2019-07-22T18:14:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false |
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O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção comum em mulheres em todo o mundo. Contudo, apenas uma pequena porcentagem de mulheres, com infecção persistente por genótipos oncogênicos de HPV, irão desenvolver lesões intraepiteliais escamosas de baixo (LSIL) e alto grau (HSIL) podendo progredir para o câncer cervical. Os componentes genéticos e imunológicos individuais parecem ser importantes na relação entre a infecção persistente pelo HPV e a carcinogênese. A resposta imune é fundamentalmente importante no desenvolvimento, manutenção e/ou progressão do câncer cervical. Dependendo do padrão de citocinas produzidas, estas podem levar à tolerância imunológica, indução e manutenção de mecanismos imunopatológicos, como desenvolvimento das neoplasias intraepitelial cervical (NIC) propiciando a evolução para o câncer cervical. Portanto, o objetivo desse estudo foi traçar qual perfil imunológico (Th1, Th2 ou Treg) poderia estar envolvido nas lesões cervicais de baixo e alto grau e no câncer cervical. Verificando assim, a expressão das citocinas: IL-2, IL-12, IFN-γ, TNF-α, IL-10, IL-4, TGF-β1, TGF-β2 e TGF-β3, utilizando a técnica da RT-PCR e posteriormente à PCR com condições e primers específicos para cada citocina. O estudo foi realizado com biópsias de 28 pacientes com lesões intraepitelial cervical de baixo (HPV/NIC I), 53 alto grau (NIC II e NIC III), 25 com câncer (Invasivo) e 20 mulheres normais (grupo controle), ou seja, sem lesões do colo do útero induzidas pelo HPV. As biópsias foram realizadas somente na presença de zona transformação anormal pela colposcopia, estas foram inclusa em 1 mL de Trizol, para a extração do DNA e RNA. Todas as amostras de RNA foram submetidas a RT-PCR para β-actina e citocinas. O DNA foi utilizado para pesquisa de HPV 16 e/ou 18 utilizando a técnica de PCR. Após a PCR as amostras foram submetidas à eletroforese em gel de poliacrilamida e coradas por nitrato de prata. A idade das mulheres que participaram do estudo variou entre 16 a 78 anos (média=31,73 anos), no grupo daquelas que apresentavam lesões cervicais, e 39 a 66 anos (média=48,6 anos) no grupo controle. Todas as amostras com lesões cervicais e controles foram submetidas a RT-PCR para β-actina como controle das reações e 100% delas se mostraram positivas. A amplificação do IFN-γ e da IL-2 foram positivas em 21 (19,81%) pacientes com lesões cervicais sendo que para o IFN-γ : 6 (21,43%) eram do grupo LSIL, 8 (15,10%) HSIL e 7 (28%) câncer cervical. Para a IL-2, 3 (10,71%) faziam parte do grupos LSIL, 14 (26,42%) HSIL e apenas 4 (16%) eram do grupo de lesões invasivas. No grupo controle apenas 1 (5%) paciente do grupo controle foi positiva para IFN-γ e 6 (30%) para a IL-2. Tiveram 34 (32,08%) amostras positivas no grupo das pacientes com lesões cervicais para a IL-12, sendo que, 7 (25%) eram do grupo LSIL, 22 (41,51%) HSIL e 5 (20%) tinham câncer cervical. No grupo controle 12 (60%) amostras foram positivas para essa citocina (p=0,0174). Para o TNF-α 39 (36,79%) pacientes com lesões cervicais foram positivas para esta citocina, sendo que, 9 (32,14%) eram do grupo LSIL, 27 (50,94%) HSIL e somente 3 (12%) no grupo de lesões invasivas. No grupo controle 14 (70%) pacientes foram também positivas para esta citocina (p=0,0058). A IL-10, 81 (76,42%) amostras do grupo das pacientes com lesões cervicais foram positivas, destas 19 (67,86%) eram do grupo LSIL, 39 (73,58%) HSIL e 23 (92%) do grupo dos invasivos. No grupo controle 17 (85%) pacientes apresentaram positividade para IL-10. A IL-4 apresentou expressão em 30 (28,30%) pacientes do grupo com lesões cervicais, destas 10 (35,71%) tinham LSIL, 14 (26,42%) HSIL, e 6 (24%) câncer cervical; somente 2 (10%) amostras controles foram positivas para tal citocina. Para o TGF-β1 48 pacientes (45,28%) apresentaram expressão, sendo 11 (39,29%) LSIL, 25 (47,17%) HSIL e 12 (48%) para câncer cervical, enquanto que nenhuma amostra controle foi positiva (p=0,0001). Para o TGF-β2, 61 (57,55%) amostras foram positivas para o grupo das pacientes com lesões cervicais, destas, 14 (50%) eram do grupo LSIL, 30 (56,60%) HSIL e 17 (68%) câncer cervical; apenas 2 (10%) amostras do grupo controle foram positivas para esta citocina (p<0,0001). Com relação ao TGF-β3, 35 (33,02%) pacientes foram positivas, sendo 5 (17,86%) LSIL, 16 (30,19%) HSIL e 14 (56%) com câncer cervical. Todas as amostras controles foram negativas para esta citocina (p<0,0001). Então, ao analisarmos o perfil de resposta imune local das pacientes com lesões induzidas pelo HPV em relação às pacientes controles, pode-se observar que somente 11 (10,38%) das 106 pacientes com lesões apresentaram perfil do tipo Th1, já as pacientes controles 15 (75%) delas apresentaram este perfil (p<0,0001). O perfil Th2 foi determinado em 30 (28,30%) pacientes com lesões e em apenas 2 (10%) das pacientes controles (p=0,0846). Com uma diferença altamente significante (p=0,0002) o perfil Treg foi caracterizado em 58 (54,72%) pacientes com lesões induzidas pelo HPV e em apenas 2 (10%) pacientes controles. Apenas 7 (6,60%) pacientes com lesões e 1 (5%) paciente controle foram caracterizadas como um perfil indeterminado (p=0,7873). As pacientes que apresentaram perfil indeterminado foram aquelas que apresentaram apenas a expressão da citocina IL-10, que, portanto não é uma citocina característica de nem um dos três perfis analisados, podendo esta apresentar-se associada ao IFN-γ e caracterizar o perfil Th1, associada a IL-4 caracterizando o perfil Th2 ou associada aos TGF-β caracterizando, neste caso, um perfil de resposta imune Tregulatório (Treg). Conclusões: A citocina mais prevalente dentre os grupos LSIL/HSIL/ Invasivos e controles foi a IL-10; Nas Lesões Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau (LSIL) não houve um perfil de resposta imune local predominante, pois a proporção entre Th2 e Treg foi igual (35,71%); Nas Lesões Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (HSIL) e na Neoplasia Invasiva o perfil de resposta imune local que prevaleceu foi o Treg, com 58,49% e 68%, respectivamente; Houve diferença estatisticamente significante entre o perfil de resposta imune Treg e os outros perfis (Th1, Th2 e indeterminado) de todos os grupos: LSIL, HSIL e Invasivo; O perfil de resposta imune local das pacientes controles foi caracterizado como sendo Th1 em 75% das amostras; Com o aumento do grau da lesão induzida pelo HPV, a resposta imune local se caracteriza em Tregulatório (Treg). |
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