A violência relacionada ao trabalho no contexto das equipes de saúde da família de Uberaba/MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Renata Cobo de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
Texto Completo: http://localhost:8080/tede/handle/tede/150
Resumo: A violência relacionada ao trabalho caracteriza-se por situações nas quais os trabalhadores sofrem ameaças, abusos ou ataques no ambiente de trabalho, incluindo o trajeto, que colocam em perigo sua segurança, seu bem-estar e sua saúde, implícita ou explicitamente. Este estudo teve como objetivo descrever a violência relacionada ao trabalho dos trabalhadores das equipes de saúde da família de Uberaba/MG. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e com abordagem quantitativa. Utilizou-se um questionário construído com base no estudo realizado por Cezar (2005). A coleta de dados foi realizada de fevereiro a julho de 2011. Para fins de análise utilizou-se estatística descritiva e para verificar a associação entre: violência no trabalho e categoria profissional, violência no trabalho e segurança no ambiente de trabalho foram utilizados o teste Qui-quadrado, exato de Fisher e razão de prevalência. A população foi constituída por 162 agentes comunitários de saúde, 27 enfermeiros, 20 técnicos de enfermagem, 10 médicos, 7 dentistas e 7 auxiliares de saúde bucal, totalizando 233 trabalhadores das 42 equipes de saúde da família. A maioria (90,1%) eram mulheres, 59,2% de cor branca, 39,9% casados, 63,5% afirmaram ter de 9 a 11 anos de estudo, 57,9% tinham menos de três anos de tempo de serviço, 87,1% não possuíam outro vínculo empregatício e a média de idade foi de 36,9 anos. Aproximadamente 40% dos trabalhadores referiram ter sofrido violência relacionada ao trabalho, as formas mais citadas foram agressão verbal (76,6%), competição entre colegas (40%), e assédio moral (38,8%), sendo a média de relatos de 2,1 casos por trabalhador. Os maiores agressores foram os clientes/usuários, adultos, sendo equitativo para ambos os sexos, e ocorreram dentro das unidades de saúde da família. A maioria referiu insegurança no local de trabalho, e também, durante o trajeto. Quase 40% omitiram informações sobre casos vivenciados de violência relacionada ao trabalho à chefia. Entretanto, a maioria (95,7%) estava consciente sobre a importância de notificar. Apenas 54,9% dos trabalhadores tinham recebido orientação ou treinamento sobre o enfrentamento de situações violentas, sendo os agentes comunitários de saúde a categoria menos informada. Os enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde foram as categorias profissionais mais vulneráveis às situações de violência relacionada ao trabalho. Enfim, contribuir para a redução da violência relacionada ao trabalho significa a troca de informações entre trabalhadores, usuários e comunidade, que favoreçam a construção de novas propostas para a prevenção da violência e contribuam para o planejamento de um ambiente mais seguro para os trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família.
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A coleta de dados foi realizada de fevereiro a julho de 2011. Para fins de análise utilizou-se estatística descritiva e para verificar a associação entre: violência no trabalho e categoria profissional, violência no trabalho e segurança no ambiente de trabalho foram utilizados o teste Qui-quadrado, exato de Fisher e razão de prevalência. A população foi constituída por 162 agentes comunitários de saúde, 27 enfermeiros, 20 técnicos de enfermagem, 10 médicos, 7 dentistas e 7 auxiliares de saúde bucal, totalizando 233 trabalhadores das 42 equipes de saúde da família. A maioria (90,1%) eram mulheres, 59,2% de cor branca, 39,9% casados, 63,5% afirmaram ter de 9 a 11 anos de estudo, 57,9% tinham menos de três anos de tempo de serviço, 87,1% não possuíam outro vínculo empregatício e a média de idade foi de 36,9 anos. 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Os enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde foram as categorias profissionais mais vulneráveis às situações de violência relacionada ao trabalho. Enfim, contribuir para a redução da violência relacionada ao trabalho significa a troca de informações entre trabalhadores, usuários e comunidade, que favoreçam a construção de novas propostas para a prevenção da violência e contribuam para o planejamento de um ambiente mais seguro para os trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família.The work-related violence is characterized by situations in which workers have suffered harassment, abuse or attacks in the workplace, including the path, which endanger their safety, their welfare and their health, implicitly or explicitly. This study aimed to describe the violence related to the work of family health teams of Uberaba / MG. It is a descriptive, transversal and quantitative approach. We used a questionnaire built on the study by Cezar (2005). Data collection was conducted from February to July 2011. For purposes of analysis used descriptive statistics and to determine the association between: workplace violence and occupational category, workplace violence and safety in the workplace were used the chi-square and Fisher exact prevalence ratio. The population consisted of 162 community health workers, 27 nurses, 20 nursing technicians, 10 physicians, 7 dentists and 7 dental assistants, a total of 233 workers from 42 family health teams. Most (90.1%) were women, 59.2% white, 39.9% were married, 63.5% reported having 9 to 11 years of study, 57.9% had less than three years time service, 87.1% had no other employment and the average age was 36.9 years. Approximately 40% of workers reported having experienced violence related to work, the most frequent forms were verbal abuse (76.6%), competition among peers (40%) and bullying (38.8%), and the average reported of 2.1 cases per worker. The biggest offenders were the customers / users, adults, and fair to both sexes, and occurred within the family health units. The majority said that insecurity in the workplace, and also along the way. Almost 40% experienced omitted information on cases of violence related to head to work. However, most (95.7%) was aware of the importance of notifying. Only 54.9% of workers had received guidance or training on the face of violent situations, and the community health workers under the category entered. The nurses, nursing technicians and community health workers were the occupational groups most vulnerable to violent situations related to work. Finally, to help reduce work-related violence means the exchange of information between workers, users and community, to encourage the construction of new proposals for the prevention of violence and contribute to the planning of a safer environment for workers in the Strategy Family Health.Universidade Federal do Triângulo MineiroAtenção à Saúde das PopulaçõesBRUFTMPrograma de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à SaúdeIwamoto, Helena HemikoCPF:74443313834http://lattes.cnpq.br/9992154160330998Oliveira, Renata Cobo de2015-11-27T18:54:15Z2012-05-092012-02-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfOLIVEIRA, Renata Cobo de. The work-related violence in the context of family health teams in Uberaba/MG. 2012. 82 f. Dissertação (Mestrado em Atenção à Saúde das Populações) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2012.http://localhost:8080/tede/handle/tede/150porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2015-11-28T03:04:13Zoai:bdtd.uftm.edu.br:tede/150Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2015-11-28T03:04:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false
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